Saúde

Tuberculose

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O Ministério da Saúde vem intensificando o combate às chamadas "doenças negligenciadas". A tuberculose é uma delas, e nos últimos 10 anos foi registrada queda de 16% no número total de casos e redução de 23,4% nos óbitos relacionadas à doença.

Doença infecciosa comum e mortal causada por uma microbactéria, erroneamente acredita-se que ela ataque apenas os pulmões, quando na verdade também pode afetar o sistema nervoso central, os sistemas linfático, circulatório e gastrointestinal , os ossos e até a pele, dependendo do tipo.

A distribuição da tuberculose pelo mundo não é uniforme: cerca de 80% dos casos estão concentrados em países em desenvolvimento na Ásia e África, embora o contágio venha crescendo nos países desenvolvidos por conta de abuso de drogas e da AIDS.

Silenciosa e traiçoeira

A doença é transmitida através do ar pelo bacilo de Koch, e pode atingir todos os órgãos do corpo. Nos pulmões, porém, encontra o cenário perfeito para se desenvolver, em função da grande presença de oxigênio. A transmissão só ocorre através de quem tem a infecção nesta região. Os espirros e a tosse constante jogam no ar milhões de bacilos da doença, que permanecem suspensos por horas.

Quem entra em contato com eles pela primeira vez ainda não possui defesas naturais, mas se o corpo não estiver debilitado consegue destrui-los. Assim, não só se elimina o microorganismo como também é criada uma defesa para posteriores infecções.

Apesar da bactéria agressiva, a maioria dos casos não se desenvolve para o quadro completo da doença. A infecção latente e assintomática é a mais comum, e apenas 10% destes casos progredirão para a doença ativa, que quando não tratada mata a metade dos pacientes.

Quando o organismo está debilitado e não consegue destruir o bacilo, após 15 dias forma-se a tuberculose primária, caracterizada por pequenos nódulos nos pulmões. Com o passar tempo, e muitas vezes sem saber de seu estado, os nódulos crescem e se transformam em pequenas cavernas, que freqüentemente sangram. A tosse, antes seca, agora traz pus e eventualmente sangue.

É bom lembrar que os primeiros sinais da doença podem levar a um diagnóstico equivocado de febre ou gripe, e o doente já está transmitindo o bacilo. Como temos a auto-medicação como tradição, é preciso atenção se os sintomas persistirem. Tosse constante por mais de 3 semanas? Procure o médico.

Atenção aos sintomas

- Febre noturna excessiva (chega a molhar o lençol)
- Perda de apetite e conseqüente perda de peso
- Fraqueza
- Tosse constante e seca por mais de 3 semanas

Resistência aos medicamentos, o grande problema

O Brasil já consegue identificar os novos casos dentro dos padrões internacionais, mas apresenta um grave problema em sua campanha de erradicação: um grande número dos doentes não leva o tratamento até o final. Uma das razões é sua longa duração, em torno de 6 meses. Após o desaparecimento dos sintomas iniciais (febre, intensos suores noturnos, falta de apetite, perda de peso), muitos abandonam os remédios por já se sentirem curados. A conseqüência é uma manifestação mais agressiva da doença, que volta com força e já apresenta resistência aos medicamentos, uma vez que não foi totalmente curada na primeira vez.

Vale lembrar que mais de 40 milhões de brasileiros estão infectados com o bacilo, e temos cerca de 6 mil mortes por anos em função da doença em nosso país. O tratamento, quando seguido à risca, é eficiente em mais de 95% dos casos.



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