Saúde

Diabetes: a prevenção

Por que aumenta a glicose no sangue?

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A frequência de casos de diabetes nas famílias, tornou a enfermidade relativamente conhecida. Quase todo mundo sabe que a doença provoca o aumento de açúcar (glicose) no sangue e que seus portadores vivem numa dieta rigorosa para evitar as graves consequências do excesso de glicose.

Mas este conhecimento é insuficiente para combater o mal que virou problema de saúde pública, devido ao número de pessoas afetadas.  E isto, porque há uma relação muito forte entre a obesidade e o diabetes. Apesar de se tratar de uma doença familiar, de componentes hereditários, a obesidade é uma porta de entrada, que ajuda a desencadear o problema.

O diabetes ganhou vulto não só no Brasil, onde o número de obesos aumentou dramaticamente conforme estatísticas do IBGE, como também no mundo ocidental. Hoje, é considerado uma doença da civilização devido ao estilo de vida que as pessoas levam nas grandes cidades: hábitos sedentários, alimentação pouco saudável, falta de tempo e estresse. Estes vilões são os principais responsáveis pelo crescimento da doença.  

Por que aumenta a glicose no sangue?

Grande parte dos alimentos que ingerimos são transformados em glicose que é transportada pelo sangue até as células para ser usada como fonte de energia. Para facilitar esse transporte, o organismo produz uma substância chamada insulina. Quando esta substância não é produzida  ou é produzida em quantidade insuficiente, ou ainda, apesar de produzida, não funciona adequadamente, a glicose se acumula no sangue, e vai sendo eliminada pela urina.

No diabetes, conhecido como  Tipo I, a falta de insulina ocorre por escassez ou falta de produção. O próprio organismo destrói, por engano, as células produtoras de insulina, considerando-as corpos estranhos. Os pesquisadores ainda não sabem explicar exatamente por que isto acontece, mas uma das razões é genética. Para restaurar o equilíbrio, é necessária a aplicação frequente de insulina, o que costuma ser feito pela própria pessoa com orientação médica. Esta forma de diabetes é mais comum em crianças e jovens e representa cerca de 10% dos casos.

No diabetes do Tipo II, o pâncreas produz continuamente insulina, mas ela não funciona de forma adequada porque alguns mecanismos resistem à sua ação, e o principal deles é a obesidade. Este tipo é o que vem crescendo no mundo (representa 90% dos casos), e geralmente aparece na fase adulta. É tratado com dieta, medicamentos orais e em algumas situações com insulina.

Outra forma comum de diabetes é o gestacional, onde alterações das taxas de açúcar no sangue são observadas  pela primeira vez na gravidez, em algumas mulheres. O problema pode persistir ou desaparecer após o parto. A mulher diabética tem um pré-natal diferenciado porque sua gestação é considerada de risco.

Os principais sintomas são aumento de sede, vontade exagerada de comer, necessidade frequente de urinar, perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual), cansaço inexplicável, visão turva, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose. Algumas vezes não há sintomas, ou eles são vagos, especialmente no diabetes do Tipo II. Daí a importância de exame laboratorial para medir a glicemia nas pessoas acima dos 40 anos, especialmente aquelas que têm história familiar da doença e, principalmente se os doentes forem pai, mãe e irmão.

Quem tem diabetes tem um quebra-cabeça diário para resolver. Toda vez que come, sua glicemia aumenta. Para mantê-la sob controle é preciso observar uma alimentação adequada, fazer atividade física, controlar o peso e, em alguns casos, tomar medicamentos, sejam comprimidos ou insulina. Também precisa fazer exames periódicos de acompanhamento.

O relaxamento em relação ao controle tem consequências graves para o paciente porque o diabetes é fator de risco para muitas doenças, principalmente as cardiovasculares. A glicemia permanentemente elevada pode danificar os vasos arteriais e os nervos e, como eles estão em todas as partes do corpo, qualquer órgão pode ser afetado, causando cegueira, gangrena, doenças renais,etc.

Como prevenir

Os custos físicos, sociais e emocionais com a doença fazem com que valha a pena alguns sacrifícios para evitá-la, quando se pode.  A prática regular de atividade física e a reeducação alimentar são fundamentais e devem incluir todos da família, até as crianças. 



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