Saúde

Música para aliviar a dor

Relação da música com a saúde é milenar.

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Que a música é uma ótima forma de alegrar o dia, distrair e trazer emoção, todo mundo sabe. O que poucos têm conhecimento é que a música vem sendo usada em tratamentos médicos para melhorar as condições de saúde dos pacientes. É o que mostra recente estudo publicado pela Cochrane Collaboration, rede mundial de colaboradores voltada à área de saúde. Nele, 30 pacientes que lutam contra o câncer participaram de uma terapia musical e apresentaram redução das dores e da ansiedade, além da melhora do humor e da qualidade de vida.

Esse não é o primeiro trabalho de avaliação dos efeitos da musicoterapia no tratamento de doenças. Na Alemanha, o Hospital Sportklinik Hellersen vem pesquisando há mais de 40 anos a influência de canções como instrumento terapêutico em pacientes que passaram por cirurgias. Um dos estudos expôs pacientes a sessões musicais de 15 minutos antes de serem operados, o que provocou uma sensação de bem-estar e permitiu a redução no uso de anestésicos e sedativos em até 50%.

A música também pode ser um remédio eficaz para aliviar a dor nas costas. É o que diz uma pesquisa feita pela Universidade de Salzburgo, na Áustria, com 65 pacientes que sofriam de dores reumáticas, divididos em dois grupos. O primeiro foi submetido a sessões de músicas todas as noites durante 25 minutos, enquanto o segundo apenas recebeu tratamentos usuais de fisioterapia. No final de 3 semanas, os pacientes do primeiro grupo se queixaram menos de dores do que os do segundo, havendo também considerável melhora nos transtornos do sono.

Relação da música com a saúde é milenar

O uso da terapia musical para o tratamento de pacientes é mais antigo do que se imagina. O filósofo Platão no século IV a.C. já usava as canções para eliminar as suas angústias. Séculos depois, nos anos de 1700, a música começou a ser usada em tratamentos hospitalares, embora apenas no século XIX, os cientistas tenham dado os primeiros passos para saberem a relação das canções com os temas fisiológicos e patológicos.

No Brasil, o Conservatório Brasileiro de Música no Rio de Janeiro é o pioneiro em formar terapeutas musicais, tendo começado os seus trabalhos ainda no início da década de 70. Chamado de musicoterapeuta, esse profissional atua em clínicas, hospitais, escolas e empresas, ajudando a reduzir níveis de estresse, no tratamento de dependentes químicos e de pessoas hospitalizadas.

Em São Paulo, a Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas tem um trabalho com pacientes portadores de Mal de Alzheimer, que resgata aspectos da memória através de canções e sons de rotina. Já o Hospital do Coração recebe em dias pré-determinados músicos de diversos estilos que executam peças dirigidas aos pacientes.

Como se pode ver, os prazeres das notas musicais vão muito além do dia-a-dia de pessoas saudáveis. Além de aumentarem a disposição de atletas e trabalhadores, as canções podem ser um remédio importante na luta de pacientes contra problemas tão graves como o câncer e o mal Alzheimer.

Está de baixo astral ou com enxaqueca? Coloque aquela música que traz alegria. Ela pode ser o primeiro passo para você deixar os problemas para trás e ver a vida com outros olhos.

 



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