Saúde

Livre-se das fobias!

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Medos exagerados têm cura

Medos, todo mundo tem! E é bom mesmo que tenha, pois eles nos fazem cautelosos e nos ajudam a preservar a vida. Mas, quando o medo atrapalha, limita as atividades e prejudica o desempenho da pessoa, é sinal de que se tornou patológico, diz a psicóloga Elvira Gross, especialista em tratamentos de fobias.

Consideramos fobia um medo excessivo e persistente relacionado a algo que não representa um perigo real. Estima-se que a população de fóbicos seja muito grande; uma em cada nove pessoas adultas. As fobias mais comuns são as específicas como andar de elevador, dirigir carro, viajar de avião, entrar em hospitais, ir a dentistas, permanecer em lugares altos, escuros ou  fechados, ficar próximo de certos animais, conviver com certas situações atmosféricas, etc” , explica Elvira.

Mas para quem tem fobia de elevador, por exemplo, é irrelevante saber que eles não despencam e matam pessoas a toda hora, ou se o medo é de avião, não basta conhecer as estatísticas que confirmam ser muitíssimo pequeno o volume de acidentes aéreos para o número diário de voos no mundo inteiro, porque o medo não é racional e sim emocional.

As fobias surgem de medos aprendidos, direta ou indiretamente, seja por imitação ou por conselhos que impressionam e amedrontam. Elas se desenvolvem de forma gradativa e continuada. Em períodos de estresse, fica-se ainda mais suscetível ao aprendizado do medo. A ansiedade é uma resposta condicionada aos estímulos para os quais se aprendeu a temer.

As pessoas que sofrem de uma fobia especíifica levam uma vida normal quando não estão em contato com a situação fóbica. Contudo, basta imaginarem ou anteciparem o confronto com o que lhes apavora, que os sintomas aparecem. “Só de saber da possibilidade de uma viagem de avião, o fóbico passa a sofrer na mesma hora”, exemplifica a psicóloga.

As fobias, em geral, trazem consigo a ansiedade e o comportamento de esquiva (evitação), pois os fóbicos procuram lugares “seguros”, onde não tenham que se confrontar com a causa de seu medo exacerbado. “Assim, além de provocar constrangimentos, a fobia acaba prejudicando a vida social e profissional porque diante do estímulo que  apavora, o paciente  apresenta um sofrimento intenso que pode desencadear sintomas físicos, comportamentais e cognitivos muito ruins”, relata Elvira.

Taquicardia, falta de ar, tremores, tensão, tonturas, sudorese, secura na boca e garganta, arrepios, urgência para urinar, formigamento dos membros e sensação de fadiga são algumas das reações físicas comuns nessas situações. Entre os sintomas comportamentais, estão reações como sair correndo, se esconder ou, ainda, entrar em desespero.

Já os sintomas cognitivos são percebidos não só pelo comportamento, mas através da expressão verbal das catástrofes imaginadas em relação ao objeto da fobia: “eu vou passar mal no avião” ou “o avião vai cair” ; “não vou conseguir subir a ladeira, o carro vai voltar” ou “não vou conseguir passar entre dois carros”; “o elevador vai parar e eu não vou poder sair” ou  “o elevador vai cair”, etc

Como curar?

A boa notícia é que mesmo desconhecendo a origem da fobia, ela é perfeitamente curável, garante Elvira Gross, que tem uma longa experiência no assunto. “No programa medo de avião, por exemplo, o nosso objetivo é preparar a pessoa para que supere o medo de voar e possa viajar de forma natural e descontraída depois do tratamento”, diz.

O tratamento é feito em grupos pequenos e dura em média de dois a três meses. Cada paciente passa inicialmente por uma entrevista de diagnóstico. Os procedimentos seguem as técnicas da Psicologia Comportamental e Cognitiva, desenvolvendo o controle sobre os comportamentos indesejáveis e identificando os pensamentos que geram emoções negativas.

O processo terapêutico compreende orientação psicológica, técnicas para diminuir a ansiedade, relaxamento e visitas, no caso do medo de voar, ao aeroporto, culminando com uma viagem de avião acompanhada pelo psicólogo.

A evolução do tratamento é determinada pelo ritmo de cada paciente e suas possibilidades de enfrentar situações novas. “Em nenhum momento as pessoas são forçadas a enfrentar situações que não estejam à vontade para fazer”, esclarece Elvira.

 



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