Todos sentimos tristeza e ficamos “para baixo” de vez em quando. São estados normais que podem decorrer da perda de um parente, de alguma doença que nos abale ou mesmo diante de alguma situação ruim que tenha nos acontecido. Mas se a tristeza for exagerada ou demorar a desaparecer, pode ser sinal de depressão.
Nesses casos, a presença da família é fundamental durante todo o processo, seja em uma depressão leve ou mais grave. “Muitas vezes é a família que leva o paciente para os consultórios. Os familiares devem ter uma aliança com o doente e uma parceria com o médico para que o tratamento seja eficiente. Dar apoio, carinho e incentivar a ressocialização do paciente ajuda muito”, explica o psiquiatra e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Luiz Antonio Martins.
Quando a pessoa está em depressão, ela costuma se distanciar dos amigos, deixa de realizar atividades que gostava, perde o interesse pelo trabalho e acredita que nada vai mudar. “Neste momento, existe uma diferença entre querer e poder. O doente não faz suas atividades porque não consegue. O apoio da família é essencial nesse momento porque ajuda o doente a retomar sua vida normal e o impede de buscar soluções erradas, como as drogas, por exemplo”.
Como surge a doença
O transtorno depressivo, como é chamado, atinge mais de 17% da população mundial, independente de idade. Segundo o psiquiatra Luiz Antonio Martins, nem todas as pessoas estão suscetíveis a o transtorno.
“Existe uma predisposição genética para desenvolver o transtorno. A pessoa em depressão pode ficar com fobias ou apresentar outros sintomas. O meio em que ela nasceu e onde vive, o tipo de relação que tem com a família, os fatores genéticos e da gestação fazem com que a pessoa possa desenvolver a depressão em algum momento da vida”, explica.
Pesquisas apontam que alterações químicas também podem ser causas da depressão. No cérebro existem mensageiros químicos chamados neurotransmissores que ajudam a controlar as emoções. Essa hipótese pressupõe que quando um deles está em desequilíbrio, poderiam surgir sintomas do transtorno.
Sintomas psíquicos
Os principais sintomas psíquicos da depressão são:
- sensação de tristeza
- depreciação
- sentimentos de culpa
- apatia
- fadiga e falta de energia
- insegurança para tomar decisões
- dificuldade de concentração
Sintomas fisiológicos
Os principais sintomas físicos da depressão são:
- pouca libido
- alterações no sono
- perda de apetite ou comer em excesso.
Alterações no comportamento
- retraimento social
- choro
O paciente com depressão costuma apresentar os sintomas acima, mas é necessário frisar que eles variam em cada caso.
Tratamento
Luiz Antonio Martins explica que a depressão pode se manifestar em vários graus. Desde os mais leves em que o tratamento é mais rápido, até os casos mais graves nos quais há riscos maiores, inclusive em relação à vida do paciente. Quando a pessoa tem uma depressão leve, o tratamento é feito com o uso de medicamentos antidepressivos associados à psicoterapia para compreender o transtorno.
O médico diz que no Congresso da Associação Psiquiátrica Americana (APA), no ano passado, foi apresentada pesquisa que apontava a melhora dos casos de depressão com a combinação de medicamentos e psicoterapia. Nos casos graves, às vezes é necessária a internação do paciente para que o tratamento seja acompanhado de perto.
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