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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Urbanismo

Alline Serpa | Urbanista

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As cidades estão crescendo, a população aumentando e a confusão tem sido grande, principalmente nos maiores centros urbanos. É nessa hora que entra em cena o urbanista, profissional na organização do espaço das cidades para permitir uma melhor qualidade de vida aos seus habitantes. Alline Serpa é urbanista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e vai contar os detalhes dessa profissão que vem se destacando tanto na arrumação de cidades, como também na ordenação de condomínios e universidades, dentre outras áreas.

Qual é a formação necessária para um profissional de urbanismo?

Em geral, um urbanista se forma a partir de um curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Para atuar no mercado não é necessária especialização, apesar de ser um campo de trabalho com muita necessidade de aprendizado e capacitação constantes.

Por que você optou pelo urbanismo?

Gosto de me afastar do foco e entender o contexto das questões para poder sugerir mudanças e aplicar intervenções. A atuação em arquitetura é tentadora, pois queremos deixar uma marca num ambiente ou num objeto arquitetônico como um todo, mas sempre me deparo com a ligação desse objeto com a cidade em que ele está inserido. Assim, e inclusive pelas minhas experiências em projetos urbanos desde o início de minha atuação profissional (13 anos), minha paixão tem sido por estudar o meio urbano e promover reordenamento, além da possibilidade de trabalhar em equipe com múltiplas visões - outro grande ponto positivo.

Quais são as opções de trabalho para um urbanista?

Mais do que nunca o trabalho de um urbanista tem se tornado essencial para o mundo. Digo isso porque, no passado, apesar do histórico de intervenções e planejamentos urbanos (desde o século XIX) nas principais cidades do planeta, é fato que não vivíamos os desafios de hoje - densidade demográfica exagerada, escassez de recursos naturais, desigualdade social e crescente expansão de núcleos precários no interior da cidade (processo de favelização), a complexidade de grandes deslocamentos casa-trabalho, etc

O que faz um urbanista?

Essencialmente, estudar e intervir no meio urbano, seja ele uma cidade mais ou menos complexa, seja um local com dinâmica própria e restrita, como um campus universitário ou industrial. Em geral, além de caracterizar as dinâmicas mencionadas na questão anterior, o urbanista aponta as soluções disponíveis destacando os riscos e as potencialidades previstas, o custo de implantação e o prazo para execução.

Quais são as características mais importantes de um bom urbanista?

Não só um bom urbanista, mas principalmente um bom profissional deve saber escutar e aprender. Não importa a idade profissional, há sempre muito o que se aprender, ainda mais num mundo de constante pesquisa e transformação. Para coordenar projetos, é necessário ser imparcial e compreender a importância de diferentes visões e preocupações, tomando decisões quando de sua competência.

Como está o mercado de trabalho para o urbanista?

Nosso cliente muitas vezes será o estado, o governo, ou um órgão público que gerencie essas questões em um meio urbano. Eventualmente, o planejamento de grandes condomínios entram com algumas dessas necessidades em que o urbanista pode atuar. Em cidades com obrigatoriedade de elaboração de planos diretores e necessidade de intervenções urbanas em função de crescimento econômico (por exemplo por exploração de petróleo, ou turismo crescente) as chances são maiores. Em geral o poder público contrata escritórios de arquitetura (que têm em seu quadro profissionais urbanistas) para elaboração de planos diretores, planos urbanos e projetos urbanos (em origem de detalhamento e execução).

Quanto ganha, em média, um urbanista?

Isso é extremamente variado, já que nem sempre é obedecido o salário mínimo profissional. O conselho de classe do Urbanista é o mesmo do Arquiteto, ou seja, o CONFEA / CREA, e seu piso salarial é previsto em 9 salários mínimos para 40h semanais, ou seja, R$4.590,00 (ver www.sarj.org.br/pagina/cartilha-do-salrio-mnimo-profissional). Mas a realidade pode não ser assim, ainda mais quando o profissional não está regularizado no emprego, ou trabalha de forma autônoma na prestação de serviços cobrando honorários para cada produto contratado.

Quais são as perspectivas para o futuro na profissão?

Penso que são otimistas, visto a crescente necessidade de superação de desafios nas grandes e médias cidades e a busca por alternativas novas e sustentáveis na resolução de velhos problemas. Em geral, as propostas são resultado de muita pesquisa e mudança de paradigmas, o que é especialmente interessante para quem quer fazer uma contribuição positiva e essencial para o mundo de hoje.



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