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Uma vida dedicada ao estudo da Literatura e da Comunicação

Telenia Teresinha de Senna Hill | Professora, Ensaísta e Crítica Literária

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A professora, ensaísta e crítica literária Telenia Teresinha de Senna Hill tem um currículo extenso e variado. Sua formação inicial é em Letras, mas ela também fez incursões em áreas como Ciências Sociais e hoje dá aulas na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A professora fez seu mestrado em Linguística, na UFRJ, em 1970. O Doutorado foi em Letras, na mesma universidade, em 1975. Não satisfeita — Telenia diz que não consegue parar de estudar — , ela ainda pleiteou uma bolsa para a França e completou seu Pós-Doutorado em Ciências Sociais e Humanas, pela Sorbonne, em 1990.

Em sua carreira, Telenia publicou livros e recebeu diversos prêmios. Entre as obras lançadas, estão Perspectivas e Manual de Teoria Literária, "Castro Alves e o poema lírico", e "O trajeto da imanência". Em preparação, está o livro "Homem, cultura e sociedade". Telenia foi premiada pela Academia Brasileira de Letras com os prêmios Sílvio Romero, de crítica literária, e Assis Chateaubriand, por textos publicados na imprensa.

Por que você escolheu estudar Letras?

Eu sempre me interessei muito pelo estudo de línguas. Como naquela época não tinha condição financeira para fazer cursos extras, resolvi ingressar no Curso de Letras Neolatinas, que hoje corresponde a um Departamento. Gostaria de esclarecer que há cerca de dezoito anos venho me dedicando também aos estudos de Comunicação e, hoje, estou mais voltada para os estudos de Comunicação e Cultura.

Quais devem ser as principais qualidades de um estudante de Letras?

Creio que a principal qualidade de um estudante de nível superior é, antes de tudo, ter amor pela carreira que pretende seguir. Associado a isso, naturalmente, é inteirar-se das leituras essenciais ao seguimento de seu Curso, num aprofundamento e reflexão gradativos.

Qual o papel da Literatura para a sociedade?
 
Gostaria de responder a essa pergunta em tese, porque creio que a sociedade se tece de maneira tão complexa que se torna necessário que ela se construa por meio do entrecruzamento de saberes. A literatura se apresenta como a sublimação dos referidos saberes, uma vez que, fenomenologicamente, ela se compõe dos múltiplos extratos do Conhecimento.
 
Como era o mercado de trabalho quando você se formou e como está hoje?
 
É um pouco difícil avaliar. Quando me formei, ainda não havia escolas de Comunicação. Com relação à Letras, havia menos opções de trabalho, mas em compensação, o número de concorrentes que competiam, parece-me que era bem menor.
 
O que o estudante que quer prestar vestibular para Letras já pode ir lendo para se preparar para o curso?
 
As regras do vestibular mudam de tempos em tempos. No ano passado, incluíram a redação. Agora, retiraram novamente porque disseram que estava havendo muito problema. Há oscilação em relação a isso. Quem quer entrar num curso de Letras deve ter uma boa bagagem antes de começar o curso. O ideal seria ler os clássicos: Machado de Assis, José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida, Osman Lins e Graciliano Ramos, entre outros. Esses são autores que dão uma ótima base para o estudante.
 
E no caso dos Estudos da Comunicação? Quais seriam os autores fundamentais?
 
No caso de Comunicação, alguns dos autores que eles já podem ir lendo para adquirir uma visão crítica sobre a mídia são: Jean Baudrillard, Roland Barthes, Paul Virilio, John Tompson e Muniz Sodré.
 
E para quem pretende fazer um curso de Pós-Graduação? Quais são os autores recomendados?
 
Todo ano, numa data prevista, é baixado um Edital que prescreve o Regulamento Geral Específico do Concurso, contendo, inclusive, os títulos da Bibliografia, que deverá ser utilizada na Prova Escrita. De um ano para outro, pode haver certa variação de títulos. Este ano, por exemplo, foram indicados autores como Baudrillard, Barthes, Bauman, Canclini, Castells, Deleuze, Dizard, Foucault, Habermas, Heidegger, Ianni, Lévy, Mainguenau, Martín-Barbero, McLuhan e Virilio. 



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