Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Trabalho em equipe muito criativo

Leandro Joras | Cineasta

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Leandro Joras, de 26 anos, cursou Cinema na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, e já participou de dez curtas-metragens sendo diretor de fotografia em três deles. Hoje Leandro trabalha como fotógrafo e editor de vídeo na 4° Grau Produção e Eventos, no Rio de Janeiro.

O profissional destaca que no curso de Cinema o aluno entra em contato com todas as fases da criação cinematográfica. Disciplinas específicas como teoria cinematográfica e história da arte são ensinadas juntamente com outras mais técnicas, como gerenciamento e produção. A maior parte do curso é de aulas práticas em laboratórios de fotografia, montagem e sonorização. Um profissional formado pode atuar nas áreas de animação, direção, direção de arte, fotografia, montagem, produção, roteiro e sonorização.

O estudante precisa ter um perfil determinado para seguir essa carreira?


Acho o trabalho num set de filmagem uma coisa bastante democrática. O criativo pode se dedicar à criação de roteiros, o cara que tem uma certa organização e liderança pode ser um ótimo diretor, ou quem não gosta muito de movimento pode se tornar um ótimo montador. Tudo depende da pessoa saber aplicar seus talentos da melhor forma possível na área que escolher.

 

Como é o trabalho de um cineasta e em que áreas ele pode atuar?

O cineasta tem uma formação que contempla todo processo de produção de uma obra audiovisual. Logo, seu trabalho vai estar condicionado diretamente à área de atuação à qual decida se dedicar. As pessoas costumam sempre se lembrar dos diretores dos filmes. Mas tem os técnicos de fotografia, som, os roteiristas, os produtores e vários outros profissionais fundamentais para a produção de um filme. Além de atuar na produção de filmes para exibição na sala dos cinemas, esses profissionais atuam também na televisão, na produção de peças publicitárias para a tv e cinema ou em produtoras independentes, que podem atender as mais variadas necessidades.

Nos últimos anos houve alguma mudança no campo de trabalho do cineasta?

Penso que a chegada do cinema digital foi um marco importante para o trabalho do cineasta moderno. Principalmente para o cineasta que visa produções de baixo orçamento, que é a maioria dos casos brasileiros. A introdução dessa nova tecnologia trouxe uma possibilidade de intervenção na imagem sem limites. George Lucas disse em uma entrevista que hoje pode fazer tudo o que gostaria de fazer quando filmou Guerras nas Estrelas, em 1977.

Qual a sua maior realização?

Meu primeiro filme, como diretor de fotografia, pode ser considerado uma grande realização. É como um filho que a gente vê crescer.

E quanto às angústias, quais são as mais frequentes no dia a dia de sua profissão?


Sem dúvida, a maior angústia que um cineasta pode ter é se vai ou não conseguir finalizar seu filme. Esse desejo está subordinado a vários fatores, que vão desde o patrocínio financeiro para iniciar as filmagens até os imprevistos que podem acontecer num set.

São visíveis as mudanças no cinema brasileiro. O mercado de trabalho hoje está melhor do que há anos atrás?

Depois que o Collor extinguiu a Embrafilme, a produção cinematográfica foi a praticamente zero. Para se ter uma ideia, no início dos anos 90, a Universidade Federal Fluminense foi uma das maiores produtoras de filmes do Brasil. Hoje, com a criação de mecanismos de incentivo à cultura, a criação da Ancine, a produção cinematográfica brasileira está bem mais ativa. Sob esta análise, pode-se considerar que a produção cinematográfica praticamente ressuscitou na última década.

Qual a dificuldade de um recém-formado para entrar no mercado de trabalho?

A principal dificuldade é de se enquadrar num mercado que ainda é bastante incipiente. Não existe ainda uma produção industrial cinematográfica no Brasil. Isto é um problema histórico. A cinematografia brasileira viveu de ciclos, que começou com o ciclo da Atlântida, depois do Cinema Novo, depois da Pornochanchada e agora do cinema que estamos assistindo.

Que dicas você dá para quem está ingressando na faculdade e quer seguir sua área?

Primeira dica: você deve gostar de assistir filmes. Segunda dica: você deve ter vontade de fazer filmes. Terceira dica: ter consciência de que você vai percorrer um longo caminho para realizar esse objetivo, mas que a satisfação final vale todo o esforço.



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