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Sociologia: interesse constante pelas mudanças

Giovane Assunção | Sociólogo

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O professor de Sociologia Giovane Assunção, formado pela faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve sua primeira graduação em Física até se apaixonar pelos conceitos que envolvem sua atual profissão. Ele se encantou pelo universo politizado e humanista da Sociologia.

Giovane se identifica com a possibilidade de estudar o impacto da ciência nas sociedades, principalmente o tema da pobreza no Brasil. Segundo ele, o mercado para o sociólogo se expandiu e hoje muitos profissionais são requisitados para agências de publicidade e para prestar consultoria para empresas.

O primeiro requisito para quem está interessado em cursar Sociologia, segundo Giovane, é ler muito, estar sempre “antenado” e ser politizado. Isso vai facilitar para que o estudante seja questionador, mas não a ponto de interferir na carreira.

O que o levou a escolher a carreira de Sociologia?

Minha primeira graduação foi em Física. Tive muito contato com o pessoal da Sociologia na faculdade e, além disso, cursei quase quatro anos de teatro. Lá havia um grupo de alunos de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que me mostrou a paixão por uma carreira que na minha época tinha uma carga bastante politizada, mas também uma preocupação com o humanismo que me envolveu profundamente.

Qual é sua especialidade? E como decidiu escolhê-la?

A minha especialidade é em Sociologia da Ciência e da Tecnologia. A escolha é simplesmente uma sobrevivência da Física em mim. Me identifico muito com a  possibilidade de estudar o impacto dessa ciência em certas sociedades. Atualmente, tenho me preocupado em amadurecer um projeto que analise ciência e pobreza no Brasil.

Na sua opinião, como deve ser o perfil do estudante que pretende seguir esta carreira?

Antenado, desculpe a simplicidade do termo. Um grande leitor. Politizado, mas não a ponto de permitir que isso interfira na carreira. Antigamente, diziam que isso era profissão para comunista ou maluco. Isso acabou.

Como é o trabalho de um sociólogo? Ele pode dar aulas, trabalhar em comunidades...

Pode dar aulas desde que possua o mestrado. Normalmente, os sociólogos preferem a prática da pesquisa, a sala de aula seria um complemento. Quanto ao trabalho em comunidades, isso é muito pessoal. Eu, particularmente, me aproximo mais da sala de aula e da pesquisa.

Nos últimos anos houve alguma mudança no campo de trabalho do sociólogo?

Hoje, são requisitados por empresas para consultoria  e em Institutos de Pesquisa para trabalhos mais específicos em análise de dados qualitativos e quantitativos. Até mesmo as agências de publicidade requisitam o trabalho de sociólogos. Evidentemente, estamos longe do padrão dos países centrais, o Canadá, por exemplo, que requisita o trabalho de sociólogos em quase todas as esferas do mercado.

Qual a sua maior realização como sociólogo?

Difícil de responder. Tenho grande satisfação em sala de aula. Mas tenho sido muito bem recebido em áreas que aparentemente estão longe do ambiente sociológico, as empresa de tecnologia como HP, Terra, BanK Boston. Recentemente, fui a Fortaleza participar de um evento com algumas dessas empresas e no final da maratona de dois dias de trabalho, fui um dos que mais recebeu e-mails e pedidos de palestra. Me senti ajudando a abrir mais um espaço de trabalho para futuros profissionais.

E quanto às angústias, quais são as mais frequentes no dia a dia de sua profissão?

As angústias são mais frequentes na solidão ou em sala de aula. O descaso com as leituras. Os programas das universidades estão precisando se adequar. São muito pesados para os alunos de hoje.

Como anda o mercado de trabalho para o sociólogo no Brasil?

O mercado tende a melhorar. É preciso estudar e estudar. Ter disciplina, antes de mais nada, preocupação com os acontecimentos e profundidade nas análises.

Que dicas o senhor dá para quem está ingressando na faculdade e quer seguir sua área?

Conversar com profissionais já no mercado. Na universidade, procurar os professores com os quais se identifica e pedir orientação bibliográfica. Já ir amadurecendo os temas que os incomodem ou apaixonam, pois na verdade só escreveremos sobre eles.



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