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Sandra Maciel estudou pedagogia para poder aprofundar seus conhecimentos sobre educação

Sandra Maciel de Almeida | Pedagogia

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 Aos 29 anos, a pedagoga Sandra Maciel de Almeida pode dizer que nunca teve dúvidas sobre o que gostaria de fazer na vida. Ainda criança, passava horas brincando no quadro-negro e dando aulas para as amigas. No ensino médio, optou por fazer o curso profissionalizante para professores, chamado de Normal. Começou a dar aulas para crianças, mas sentia que precisava complementar a sua formação com um curso superior. A escolha natural seria por Pedagogia, mas Sandra não sabia se a faculdade corresponderia às suas expectativas.

Correspondeu. Em quatro anos de estudo na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, aprendeu Didática, Metodologia e, principalmente, Pesquisa. Durante a graduação, ganhou uma bolsa de iniciação científica e engajou-se num projeto de pesquisa sobre fracasso escolar. O trabalho com a pesquisa incentivou sua entrada no mestrado em educação, concluído em 1998 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Por que você escolheu Pedagogia?

Eu já era professora. Havia feito o curso Normal, de formação de professores para o ensino fundamental. Trabalhava como professora auxiliar numa creche. Sempre gostei de criança. Mas sentia que precisava de mais informações, mais conhecimento sobre o que eu estava fazendo. Queria me sentir mais segura na profissão. No início, tive uma certa resistência ao curso de Pedagogia, não sabia se era bom. Mas eu me surpreendi porque o curso da UFF é ótimo.

De que forma a faculdade contribuiu para a sua formação?

Foi na faculdade que descobri a pesquisa. As pessoas pensam que o pedagogo só pode dar aulas, quando na verdade existe um campo de possibilidades muito maior. Hoje, a minha principal atividade não é dar aulas. O pedagogo também pode trabalhar na televisão, em presídios, em ongs, em empresas...

Como foi a sua pesquisa?

Já havia um grupo de professores da UFF que trabalhava com a questão do fracasso escolar entre crianças carentes. Acabei ganhando uma bolsa de iniciação científica para trabalhar com eles. Procuramos entender, através da pesquisa, alguns fatores que podem levar ao fracasso escolar no universo da escola e, especialmente, da sala de aula.

Em que você trabalha atualmente?

Estou há duas semanas no programa Salto para o Futuro, no canal da TV Escola/MEC, trabalhando como analista educacional. Também dou aula na Universidade Católica de Petrópolis e faço um trabalho voluntário num abrigo de São Cristóvão. Trabalhei lá durante um ano e meio como pedagoga, mas agora vou ao abrigo uma vez por semana. Junto com a equipe técnica do Abrigo, eu elaboro projetos para conseguir financiamentos para a casa. Além disso, criei junto com outro voluntário, o professor Domingo Gonzales Cruz, o Clube do Livro infantil. As crianças podem ler lá mesmo ou levar o livro para casa. O importante é que elas tenham contato com a leitura.

Que tipo de criança o abrigo atende?

São meninas em situação de risco social, ou seja, que sofrem violência em casa, que perderam a família ou que moram num lugar de risco. Existe também o caso das que têm uma família desestruturada e precisam ficar provisoriamente abrigadas, dentre outros motivos.

Qual a principal característica ou habilidade de um pedagogo?

Em primeiro lugar, ele precisa gostar de Educação, e como em qualquer área, precisa estar sempre estudando, atento ao que ocorre no mundo. Mas também acho que o pedagogo tem que gostar da criança brasileira, trabalhar com a realidade dela e não tentar adaptá-la a um modelo pré-estabelecido.

O que você acha da situação atual da educação brasileira?

A situação da educação no Brasil ainda tem muitas questões a serem resolvidas como o fracasso escolar, repetência, formação de professores, mas o governo tem feito tentativas para mudar esse quadro.

Qual a dica que você daria para quem vai cursar Pedagogia?

Ele deve procurar conhecer os professores e saber o que eles estão fazendo profissionalmente. Também precisa manter-se sempre por dentro do que acontece na área, buscando livros atualizados. Desde o início, é bom se engajar em algum grupo de pesquisa ou num estágio em pedagogia. E, acima de tudo, nunca desistir de atuar na área.



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