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Os caminhos que a arte leva

Flávio Mendes | Artista Plástico

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O caminho para quem escolhe trabalhar com arte no Brasil pode não ser fácil, mas é atraente. A vontade de desenvolver uma vocação artística conciliando gostos e vontades levou Flávio Mendes, 31 anos, para o curso de Educação Artística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tornou-se bacharel em Artes Plásticas e trabalha com o que gosta.

Flávio faz ilustrações e diagramações na Beat Press Editora e na Gumpy Comunicação, uma agência de publicidade. O artista também já trabalhou fazendo artesanato, com desing em um estúdio, além ser free-lancer e prestar serviços direto aos clientes, sem estar vinculado a nenhuma firma.

O curso de Licenciatura em Educação Artística oferece habilitações em Artes Plásticas, Desenho e Música. A educação artística procura oferecer uma formação pedagógica capaz de fazer com que os futuros professores compreendam a situação da escola, das disciplinas a serem ensinadas e dos alunos, além do papel da arte na liberação da criatividade, no convívio social e na formação da cidadania.

Por que você escolheu cursar Educação Artística? Foi vocação?

Como todo jovem, na época do vestibular eu estava confuso. Era aquele garoto da família que todo mundo dizia: "Nossa!  Como ele desenha bem!", mas não sabia ao certo se tentava desenho industrial ou partia para Belas Artes, num curso de pintura ou gravura. Para complicar também estava muito interessado em música.  Foi então num teste de orientação vocacional que eu tomei conhecimento do curso de Educação Artística. Ele parecia o ideal pra mim, pois era um apanhado de tudo que eu gostava.

Fale um pouco sobre as matérias e o curso.

O curso da UFRJ tem três habilitações: Desenho, Música e Artes Plásticas.  Existem disciplinas comuns às três, que são as da área pedagógica (Didática, Sociologia, Filosofia, Português) e as da área artística, divididas em teóricas (História da Arte, Estética) e práticas (oficinas, Metodologia Visual, Desenho Geométrico). Na habilitação que cursei, Artes Plásticas, tive aulas de pintura, gravura, escultura, design, modelo vivo, música. O trunfo é a aposta na pluralidade, que traz como benefício a possibilidade de cursar disciplinas de Desenho Industrial, Cenografia e Belas Artes.

O aluno precisa ter algum perfil para cursar Educação Artística?

O objetivo do curso é formar professores, então se imagina que a pretensão de quem ingressa no curso é dar aulas. Para as habilitações em Artes Plásticas e Desenho é natural que o interesse de quem já tem afinidade com desenho seja maior, mas não é uma regra. Tendo uma técnica razoável você consegue bons resultados em sala.

Como anda o mercado de trabalho?

Especificamente para professores de Artes Plásticas é um pouco fechado, mas o curso oferece embasamento para partir em outras direções afins.
 
Como é exatamente o seu trabalho?

Complementei minha formação em Educação Artística fazendo cursos livres de História em Quadrinhos e Ilustração e não parei mais. Migrei para o ramo editorial e adquiri experiência como diagramador, utilizando softwares como Pagemaker, Quark, Photoshop e Corel Draw. Na editora assinei o projeto gráfico de algumas revistas e trabalho diagramando, ilustrando desde folhetos até publicações maiores. Na agência de publicidade crio a identidade visual de empresas e seus produtos, ilustro e diagramo. Meu trabalho é basicamente transformar idéias em imagem.

Como é o retorno financeiro na sua profissão?

É muito relativo. Grandes empresas pagam bem, mas a popularização de grande parte dos softwares usados no ramo provocou uma enxurrada de semiprofissionais no mercado, trazendo a ilusão de que não é necessária formação acadêmica e nivelando por baixo o padrão de preços no circuito de empregadores de médio e pequeno porte. Para aqueles que seguem a carreira de professor, não é segredo que a remuneração no Brasil deixa a desejar.
 
Os recém-formados enfrentam alguma dificuldade para entrar no mercado de trabalho?

No campo das artes gráficas e webdesign, por exemplo, a oferta de profissionais é muito grande e nem sempre o empregador tem idéia de o quanto um profissional com curso superior na bagagem pode render. No magistério, os concursos públicos sempre serão boas opções. Estado e município ainda mantêm Educação Artística em suas grades. Sem descartar também a possibilidade de Mestrado em História da Arte.
 
Que dicas você daria para quem está ingressando na faculdade e quer seguir a sua área?

Busque sempre mais do que a universidade pode oferecer, especialmente na prática.



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