Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

O jornalista é um contador de histórias reais

Fellipe Awi | Jornalista

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Há cinco anos na profissão, o repórter da área de esportes do O Globo, Fellipe Awi, afirma que o jornalista é um grande contador de histórias e se considera um privilegiado por poder participar de perto de acontecimentos importantes.

Formado pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fellipe iniciou a carreira como estagiário do Jornal do Brasil e já trabalhou, entre outros lugares, na Revista Placar, Jornal dos Sports e Jornal Extra.

Com a experiência voltada para a área de jornalismo esportivo, Fellipe acredita que a principal qualidade de um jornalista é a curiosidade. "O jornalista corre o risco de ser chato, mas nunca pode estar satisfeito com meia informação", diz.

Fellipe concorreu ao Prêmio Embratel de Jornalismo com a reportagem intitulada "Quando os craques morrem no berço", sobre o perfil dos meninos que ingressam no futebol. Ele ressalta a importância da leitura na formação do profissional: "É fundamental ter acesso boa literatura para escrever bem".

A faculdade de Jornalismo tem a duração média de quatro anos e pode ser cursada nas principais Universidades do país. Durante o curso, o aluno estuda desde matérias gerais como sociologia e antropologia às específicas como produção gráfica, rádio, TV e fotojornalismo.

 Por que você resolveu ser jornalista?

Desde criança gosto de ler e escrever. O interesse pela leitura aliado à minha vontade de viajar e conhecer coisas novas foram os principais motivos que me fizeram optar pelo jornalismo.

Quais são as suas maiores alegrias e frustrações como jornalista?

A minha principal alegria como jornalista é poder participar de perto de acontecimentos importantes. No caso da editoria de esporte, é estar em um campo de futebol no final de um campeonato. É muito bom saber antes os assuntos que as pessoas vão comentar durante a semana inteira. O jornalista é um contador de histórias reais. Ser pago para isso é um privilégio.

A maior frustração como jornalista é a privação de um convívio maior com a família e amigos. No caso de quem trabalha com esporte, isso é mais constante já que nos finais de semana acontecem os principais eventos esportivos e o trabalho é redobrado. Muitas vezes o profissional esbarra na opinião do veículo para o qual trabalha. Os veículos de comunicação têm interesses comerciais que tendem a falar mais alto que o comprometimento com a verdade e, em alguns casos, a preocupação com a concorrência é maior do que com o leitor. Esta realidade não é uma regra, mas pode ser muito frustrante para o jornalista.

Quais foram os principais problemas no início da sua carreira?

O início da faculdade costuma ser desestimulante porque o estudante não tem muito contato com o jornalismo. A maioria das matérias é teórica. Apenas no quinto período pude estudar matérias relativas à profissão. O mercado de trabalho é extremamente competitivo e restrito. Isso me assustou no início. O que me fez ter certeza do que queria foi o primeiro estágio no JB. Foi na redação que me apaixonei pelo jornalismo.

Qual deve ser as principais qualidades de quem deseja ingressar nesta profissão?

Quem quer ser jornalista tem que, acima de tudo, ser um curioso. O profissional tem que ter senso crítico, jogo de cintura e, em algumas situações, passar por chato na busca da informação. Ele tem que ter capacidade para contextualizar os fatos e não pode aceitar com facilidade o que lhe for dito. O constante questionamento é importante para a apuração correta dos fatos. Para escrever com qualidade é fundamental gostar da leitura e ter acesso a bons autores. Também tem que ter muita disposição para o trabalho já que o jornalismo demanda bastante tempo e esforço do profissional.

Como você avalia o mercado de trabalho para quem, está iniciando?

Como ocorre na maioria das profissões, o panorama não é muito otimista, principalmente para quem deseja trabalhar em jornais e revistas. Uma boa opção é o mercado de internet e as assessorias de imprensa, onde as oportunidades e os salários são maiores.

Que conselhos você dá para quem está prestes a ingressar na faculdade?

O mais importante para quem quer ingressar no jornalismo é estar ciente das dificuldades. O início da faculdade pode ser desestimulante, mas ninguém deve desistir da carreira sem antes passar um mês numa redação. A profissão é muito gratificante.



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