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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

O Jornalismo no Mundo Atual

Regina Perez | Jornalista

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O jornalismo sempre foi uma profissão com forte atração sobre os vestibulandos. A possibilidade de acompanhar os fatos diariamente, extraindo deles as informações mais relevantes e por vezes emitindo opiniões, é o sonho de grande parte destes estudantes. Basta consultar a relação candidatos/vagas nas principais universidades.

A expansão da Internet e das assessorias de imprensa cria novos nichos de trabalho a cada dia, abrindo possibilidades e ampliando os horizontes desta já variada carreira. Regina Perez também é um exemplo de diversidade: começou cursando Direito mas logo percebeu que as palavras lhe falavam mais. Optou pelo Jornalismo e não mais voltou, como você pode conferir na entrevista abaixo.

Faça um breve resumo de sua formação e carreira

Comecei fazendo Direito, mas fui trabalhar como revisora numa gráfica e acabei me interessando por Jornalismo. Cheguei a mudar de curso, mas como já trabalhava e fui mudando de função dentro da profissão, acabei conseguindo (por exercício comprovado) o registro profissional de Jornalista. Com isso, a faculdade se tornou redundante e eu acabei desistindo. Até porque já tinha uma filha e precisava trabalhar para me sustentar.

Com a saturação do mercado, diferenciação é fundamental. Que qualidades diferenciam um bom jornalista dos outros?

O bom jornalista precisa ter senso crítico, precisa sempre desconfiar da informação que recebe. Costumo dizer que o jornalista tem que fazer o papel de advogado do diabo: ser de esquerda quando entrevista alguém de direita e de direita quando entrevista alguém de esquerda. Só assim, sempre pensando pelo outro lado, é possível checar as informações para dar a notícia mais precisa possível.
 
Quais as principais áreas no jornalismo atualmente?

Os veículos de comunicação dos grandes centros urbanos, além de concentrados em poucas mãos, têm vagas muito limitadas. No interior, esses veículos compram material (colunas, artigos e até reportagens) dos veículos das capitais. Com isso, as vagas na chamada grande imprensa (rádio, jornal e televisão) são bem restritas. As áreas que mais se expandem no mercado de trabalho são as assessorias de imprensa para empresas em geral.
 
A não-exigência do diploma para exercer a profissão é saudável para a classe?

O jornalista é um generalista. Ele tanto pode ter que escrever sobre uma competição de esgrima quanto sobre o processo de geração de energia atômica. Daí a importância dele reconhecer que não é especialista em nada e que precisa aprender, apurar, checar todas as informações a respeito de qualquer assunto que vá abordar.

Diante disso não vejo razão para a existência de um curso formal de Jornalismo. Acho que poderia ser uma especialização aberta a qualquer pessoa com nível superior.

Para você, qual o impacto da Internet como nova mídia para os jornalistas?

A Internet revolucionou o campo da informação, antes restrita aos profissionais de comunicação. Ela permite não só a propagação das informações na velocidade exata em que os fatos acontecem como ela democratiza esse fluxo fazendo com que qualquer pessoa com acesso à rede consiga se comunicar através dela.

É claro que isso também mexe com a atividade do jornalista e principalmente com a imprensa escrita, porque os jornais quando chegam aos leitores já estão "velhos". Mas a revolução que a Internet causou no mundo vai muito além da atividade da imprensa.
 
Que conselhos você daria para quem pensa em seguir a carreira?

Nunca escreva ou noticie nada que você não tenha entendido. Parece óbvio, mas a coisa mais comum hoje em dia é o jornalista escrever ou botar numa reportagem de rádio ou TV informações que nem ele entendeu direito o que significam. Apenas porque a fonte disse. Esse é um grande equívoco: jornalista não é para dizer o que a fonte disse. É para reportar fatos, checar informações e dar uma versão aos seus leitores/ouvintes/espectadores o mais próxima possível da realidade.

Outro conselho é que sejam abolidos dos textos jornalísticos os adjetivos. Eles costumam limitar a informação e, de modo geral, carregam a notícia de preconceitos.



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