Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

O gosto pela fantasia deu asas à imaginação de Leonardo Lima.

Leonardo Lima | Analista de Sistemas

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Primeiro ele queria mexer com aviões. Aí, descobriu os games, ainda na época do Atari. O gosto pela fantasia deu asas à imaginação de Leonardo Lima, que acabou se tornando um analista de sistemas.

Ele vê no que faz – desenvolvimento e criação de sistemas computacionais – um trabalho de arte. Com razão, pois seu negócio é mesmo criação. Leo Lima, como é mais conhecido, hoje trabalha em um grande site educacional e mantém atualizada, por conta própria, uma página com inúmeros programas testados — todo o tipo de programa freeware e shareware que você imaginar, de versões atualizadas de browsers a antivírus.

Não se espante nessa entrevista se no meio das respostas você encontrar uns símbolos que não reconhece como :). Isso significa um sorriso na linguagem dos analistas e dos micreiros (gente viciada em microcomputadores e suas proezas!).

E não deixe de visitar a página do Leo, a www.lemon.com.br. Com certeza, você vai encontrar lá algo de que precisa.

Por que você escolheu essa profissão de Analista de Sistemas?

Curioso, nunca tinha parado para pensar sobre isto... Durante minha infância, até o fim do período ginasial, tinha desejo de ser piloto de avião. É verdade!  O fascínio sobre esta máquina era incrível. A liberdade de voar é uma coisa que mexe com muitos de nós... E foi isto que percebi, na realidade o que me levava a gostar de aviões e seguir uma possível carreira aeronáutica era o lado da fantasia, desprovido de aspectos chatos e complicados, muito longe da disciplina, seriedade e responsabilidade que esta profissão exigiria.

Enquanto sonhava com os céus, aqui na Terra curtia outras atividades. Sempre gostei de computadores e videogames, e de desmontar todos os aparelhos eletrônicos. Por fim, descobri que eletrônica não era muito a minha área, mais destruía coisas do que consertava. Com o Atari tive o primeiro contato com o mundo digital. Daí fui apresentado ao TK-85, meu primeiro micro pessoal. Tenho certeza que na época quis um micro só para ficar jogando.

Com este pensamento, fui logo para o MSX e MSX 2, que tinham jogos maravilhosos. Foi neste período que comecei a me interessar por criar pequenos programinhas, tudo muito simples, mas que pareciam obras de arte aos meus olhos. É muito interessante você escrever uma coisa e a máquina fazer o que você pediu. No final do processo, é muito bom ver o resultado das suas instruções, a gente se sente realizado. É como uma conquista! Uma obra de arte (por que não?).

Daí meu desejo por programar, baseado pelo desejo de criação e na vocação de gostar de resolver problemas, principalmente aqueles que envolvem a pura e simples lógica, foi só aumentando. Daí eu me decidir a fazer vestibular para informática, nem sequer precisou dar um passo. Eu já estava envolvido demais com a área.

Na ocasião o mercado já era tão concorrido?

As faculdades de informática sempre foram concorridas. Mas creio que, no fundo, mais porque a informática sempre gerou muitas vagas no mercado de trabalho. O bom profissional, atualizado, sempre teve boas oportunidades de emprego, e as vagas aumentam cada vez mais.

Como você analisa o mercado de trabalho? Há ofertas suficientes de emprego?

Hoje o mercado está mais do que promissor. Há muitas vagas vazias, precisando ser ocupadas. Mas apesar da oferta, vejo muitos profissionais formados completamente despreparados. O bom profissional certamente consegue emprego ou trabalho (há uma demanda igualmente grande por trabalhos subcontratados). Porém, é uma área que requer disciplina, cumprimento de prazos e atualização constante. Creio que não há profissão mais ingrata em termos de tecnologia do que a informática. O que você sabe hoje provavelmente poderá jogar fora no próximo semestre. Atualizar-se é fundamental! Uma dica para todos profissionais do ramo, principalmente para os iniciantes, entrem de cabeça na área de tecnologia internet/intranet. Aí está o futuro, que já é presente, no mercado de informática.

Informática é um universo muito amplo. Que setores hoje são mais promissores para quem vai escolher a profissão?

Como disse anteriormente, sem dúvida alguma, são as áreas de redes voltada à internet/intranet. Para os analistas de sistemas e programadores, é fundamental adaptar-se para desenvolver sistemas do mundo real nesta plataforma. Outro mercado que vai acompanhar este é o de infraestrutura de redes, que mexe mais com a parte de equipamentos e administração de sistemas de rede.

Como foi o seu caminho desde que saiu da faculdade e o que está fazendo hoje?

Desde a saída da faculdade, meu envolvimento com a comunicação online sempre esteve presente. Fui chamado, ainda no período de faculdade, para montar um BBS (sistema de quadro de mensagens), em que os usuários ligavam para um telefone e trocavam mensagens e arquivos. É como se fosse uma mini internet, em que só os usuários do seu bairro participavam. Um ano mais tarde, começou a surgir a internet comercial no Brasil. Foi aí que comecei a me envolver, meio que por acaso, com a WEB.

No inicio do segundo ano da WEB, meu desejo por montar era grande. Queria fazer algo que pudesse ser útil para toda a comunidade. Surgiu então a ideia de montar um site de programas úteis para todos e que eu recomendasse para uso. Mas aí surgiu um desafio: como montar este site? Eu sabia que seriam muitos programas, e que gerar conteúdos estatísticos seria um grande problema para sua manutenção.

Comecei a estudar mais a questão de sistemas WEB, e como poderia fazer para integrar com um banco de dados, e assim desenvolver realmente uma aplicação que levaria tudo aquilo que aprendi sobre o desenvolvimento de sistemas tradicionais (não web) para a grande rede. Foi assim que criei a Lemon Collection (minha empresa de fim de semana) e comecei a desenvolver muitos outros produtos para este mercado.

O que você destaca como característica essencial para quem quer se aventurar nessa área?

Gostar de atividades que envolvam lógica é fundamental. Tudo nesta área baseia-se neste princípio. Um conselho para quem está prestes a fazer o Vestibular para Análise de Sistemas.

Para quem quer fazer desta área seu ganha pão, é fundamental simpatizar com os aspectos que a envolvem. Esta é uma área de trabalho que vai exigir muito de você, sempre precisando estar em movimento para se atualizar, cumprir prazos e tudo o mais. O analista também é uma pessoa que conhece muitos processos de todas as áreas envolvidas.

Aqueles que vão montar um sistema odontológico, por exemplo, vão terminar o projeto sabendo muita coisa sobre odontologia (para montar qualquer sistema tem que saber como o negócio em si funciona).

Quanto à remuneração, considero a faixa salarial para os profissionais no mínimo razoável. O bom e experiente profissional tem um bom salário, e creio que a tendência é melhorar, devido à importância e à necessidade de fidelidade que as empresas começam a preservar.



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