A formação em Direito sempre foi bem vista nos concursos vestibulares. A popularização do curso e a conseqüente explosão das faculdades na área superlotaram o mercado com profissionais dos mais diferentes níveis, fazendo com que a qualidade média dos profissionais caísse. A diferenciação passava então por uma formação sólida e por constantes cursos de atualização, separando os advogados formados "por obrigação" daqueles que realmente vêem o Direito como uma importante ferramenta da cidadania.
Eurivaldo Neves Bezerra é advogado desde 1997, tem um MBA em Direito da Economia e da Empresa pela Fundação Getúlio Vargas e atualmente cursa a pós Graduação em Direito Ambiental na PUC do Rio de Janeiro. Com extensa participação em seminários e congressos, encontros importantíssimos para qualquer carreira, ele hoje é sócio-diretor do Neves Bezerra Advogados Associados.
Confira a entrevista abaixo:
O Direito é uma das áreas mais concorridas atualmente, o que torna o mercado extremamente competitivo. Qual o segredo para diferenciação?
O comprometimento com a qualidade das informações prestadas ao cliente e a segurança sobre o assunto na hora do atendimento são fatores muito importantes. Infelizmente o cliente transfere ao advogado toda sua angústia e desespero na solução de seu problema, e esta tarefa não é fácil de administrar. Nesta hora, deve o advogado ter condições de informar ao cliente sobre o andamento de seus processos, e ainda fazer um exercício de futurismo para a solução de seu problema.
O diferencial reside na forma do atendimento, na linguagem utilizada para explicar o vasto linguajar jurídico e no acompanhamento do processo.
Quais as áreas mais "quentes" do Direito na atualidade?
Após o boom do Direito Tributário, surgiu o interesse pela administração do contencioso de grande porte, onde grandes escritórios administram processos em todas as áreas do Direito, e ainda fazem importante trabalho preventivo para reduzir as demandas existentes.
Como você vê a recente "oxigenação" de órgãos onde advogados ocupam lugar de destaque, como o MP, por exemplo?
Existem dois tipos de profissionais: o que será advogado e aquele que opta pela carreira pública. Sou advogado por vocação e escolha, e por esta razão não vejo qualquer interesse na carreira pública que justifique maior interesse na área. Espero apenas que, com melhores salários e melhores condições, tenhamos melhores profissionais ocupando o cargo de Juízes, Promotores e Defensores.
O atual sistema de aprovação na OAB pode melhorar o nível dos profissionais?
Sim. Com a crescente exploração do ensino brasileiro, a faculdade de Direito tornou-se banal. Péssimos profissionais são formados todos os anos, e estão completamente despreparados para defender os interesses de quem quer que seja. A prova da OAB ainda é uma importante peneira, mas sustento que ela deva ser analisada ainda com o histórico escolar do bacharel.
Que dicas você daria aos interessados em concorrer à formação?
Muito estudo, muita paciência e perseverança são requisitos essenciais para a continuidade na carreira. Administrar o problema dos outros é uma tarefa para poucos, e a cobrança dos clientes é muito, mas muito grande, o que pode levar o profissional "romântico" do Direito a uma grande desilusão. Atrelado a isto ainda existem milhares de péssimos advogados que gastam seu tempo em fiscalizar a atividade dos demais, enxovalhando a OAB com reclamações sobre o código de ética, etc.
Mas, apesar das dificuldades, é uma grande profissão. O profissional (competente) do Direito tem uma visão global de todas as áreas e desenvolve um senso crítico muito elevado. Mesmo não atuando na advocacia, será um profissional em vantagem aos demais em qualquer outra área que venha a escolher.
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