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Eliane Amaral Pereira | Médica Veterinária

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Formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a médica veterinária Eliane Amaral Pereira dedica sua vida aos animais. Desde criança ela sempre gostou de bichos. A escolha da carreira para ela não foi nenhuma imposição, mas a concretização de sua vocação.

Depois de cinco anos de graduação ela se formou em clínica de pequenos animais e atualmente trabalha na Clínica Veterinária Centauros, em Nova Iguaçu, depois de ter passado por outros consultórios.  

O curso de medicina veterinária dá muita ênfase na parte prática. Nos dois primeiros anos, o aluno tem aulas de anatomia, microbiologia, genética, nutrição e produção animal, além de matemática e estatística. Os estudantes também têm muitas atividades de laboratório. Em seguida, começam a estudar doenças e a aprender técnicas clínicas e cirúrgicas.

Um conselho de Eliane para quem deseja seguir essa profissão: “Estudar sempre, atualizar-se constantemente para ficar por dentro das novidades do mercado em relação a medicamentos e cursos”.

Por que você escolheu cursar medicina veterinária?

Desde bem pequena eu já dizia que iria ser veterinária. Sempre tive bichos em casa e gostava de lidar com eles. Ninguém me impôs nada, eu sempre tive essa vontade.

Qual a sua especialização?

Minha especialização é em clínica de pequenos animais. Cuido de cães e gatos.

Como deve ser o perfil de um estudante que pretende cursar veterinária?

Não existe um perfil determinado, qualquer pessoa pode fazer o curso. Existem muitas áreas de atuação, mas acredito que é preciso gostar dos bichos. Algumas pessoas preferem a parte de fiscalização de alimentos. Existe um leque muito grande de opções de trabalho para todo mundo.

Em quais áreas um veterinário pode atuar?

Como disse o campo é bem grande. Apesar da clínica de pequenos animais estar saturada, um veterinário pode trabalhar com animais de grande porte, animais silvestres, fiscalização sanitária, na parte de produção controlando a saúde dos rebanhos e fiscalizando produtos de origem animal. Muita gente acha que veterinário apenas cuida de cachorrinho de madame. E não é nada disso. Na faculdade aprende-se de tudo e o estudante depois direciona o aprendizado para a área que quer se especializar.

Quais são as especialidades de um médico veterinário?

São muitas. Em clínica de pequenos animais, por exemplo, ele pode se especializar em ortopedia, homeopatia, em ultra-sonografias. Muita gente não sabe, mas a carne que se come é fiscalizada por um médico veterinário. Ele vai ao abatedouro checa os materiais usados e tudo que tem origem animal. Ovos, queijo de minas, pescado, sardinha, presunto, atum enlatado, tudo isso é fiscalizado por um veterinário.

Quais as mudanças que ocorreram no campo da veterinária que facilitaram sua área de atuação?

A área laboratorial cresceu bastante. Muitos exames que eram difíceis de se fazer agora são mais comuns. O eletrocardiograma, por exemplo, ajuda muito a dar o diagnóstico de um bichinho que a gente sabe que tem sopro no coração. O ruim é que ainda são muito caros. Acredito que com o tempo os exames vão ficar mais baratos e facilitar ainda mais para quem clinica. No que diz respeito aos medicamentos, também melhorou muito. Antes tínhamos que prescrever remédios da linha humana e muitos deles tinham dosagens altas para os bichos. Agora encontramos remédios específicos para os animais.

Quais as maiores dificuldades no seu dia-a-dia?

Em alguns aspectos o proprietário do animal é um problema. Às vezes para dar o diagnóstico é preciso realizar algum exame e eles não querem fazer, ou porque é caro ou porque acham que o cão não precisa. Outros donos também demoram para levar o bichinho ao consultório quando estão doentes, o que dificulta o tratamento. Na parte de material não tenho queixa. Trabalho com o que tenho.

Como anda o mercado de trabalho para o veterinário?

O mercado não está muito bom, mas isso está acontecendo em outras áreas também. Alguns profissionais se formam e não conseguem trabalho. A parte de clínica de pequenos animais está muito cheia. Outras partes da veterinária, como a que faz rações oferece bastante trabalho. O governo tenta incentivar o trabalho, porém existem poucos concursos públicos. Está difícil para todo mundo, mas estudando nada é impossível.

Como é o retorno financeiro na sua profissão?

Veterinário não vai ser rico mesmo. Na clínica onde trabalho recebo por comissão. Quando atendo um animal, recebo uma porcentagem do valor da consulta. Mas quando não vem nenhum, não ganho nada. Os veterinários são como os médicos, precisam ter vários empregos para se manter. Fazem plantões, trabalham em feriados e alguns ainda pegam plantões de 24 horas. Principalmente quem está começando. No meu caso tive sorte, e trabalho no mesmo lugar, todos os dias da semana.

Qual a principal dificuldade que o recém-formado enfrenta para entrar no mercado de trabalho?

Como o recém-formado tem pouca experiência, demora um pouco para ele ganhar a confiança do proprietário do animal. Muitos têm dificuldades para conseguir emprego. Na parte clínica, pelo menos, são poucas vagas. Quando se encontra uma clínica com vaga é apenas para um dia da semana ou para plantões de 24 horas, que veterinários com mais experiência não querem fazer mais. Quem sai de uma faculdade bem conceituada, já consegue mais respeito.

Que dicas você daria para quem está ingressando na faculdade e quer seguir a sua área?

Que só se aprende fazendo, então estagiar é fundamental. Na faculdade a gente aprende tudo de uma forma geral e quanto mais tempo o aluno tiver para estagiar ele vai conseguir tirar suas dúvidas e aprender. A melhor coisa também é se dedicar. Estudar sempre, atualizar-se constantemente para ficar por dentro das novidades do mercado em relação a medicamentos e cursos. Tudo isso é muito importante.



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