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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Muitas ideias e pouca rotina na vida de um publicitário

Márcio Juniot | Publicidade

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Quando entrou para a faculdade de Comunicação Social na UFRJ em 1993, Márcio Juniot não imaginava que, em menos de 10 anos, estaria trabalhando em uma das principais agências de Propaganda do país: a Leo Burnett. Naquela época, recém-aventurado no Curso de Engenharia Civil, Márcio não conhecia o mercado de publicidade, mas sabia que não queria ter uma profissão monótona.

Monotonia é tudo o que o redator publicitário Márcio Juniot não tem em sua vida. O publicitário chega a trabalhar 14 horas por dia, inclusive nos finais de semana e feriados. O seu maior desafio, como publicitário, é ter que ter ideias ousadas e vendedoras  todos os dias. “Pensar em ideias novas com prazo para entregar é um trabalho complicado, mas muito prazeroso” afirma.

Em pouco tempo de profissão , Márcio já acumula muitos prêmios. Foi ganhador do Prêmio Abril em 2000, com campanha para a empresa aérea Varig, e em 2001 com campanha para a Lee. Ganhou o Prêmio O Globo em 2000, a Lâmpada de Ouro no Festival da ABP – Associação Brasileira de Propaganda  e a medalha de bronze do Festival de Nova York no mesmo ano.

O redator acredita que a principal qualidade de quem quer entrar na profissão é saber ver o inusitado no cotidiano. Mas alerta que, ao contrário do que muitos jovens pensam, o publicitário não é um artista. “Publicitário é, antes de tudo, um vendedor” enfatiza.

Márcio Juniot diz que a universidade foi  importante na sua formação, mas acha que a parte prática é muito diferente da realidade da agência. Por esse motivo, aconselha  aos estudantes procurarem estágio logo nos primeiros períodos de faculdade. “Ingresse logo em uma agência, nem que seja para servir cafezinho.”

Por que você decidiu ser publicitário?

Eu sou uma pessoa muito curiosa, sempre quis saber um pouco de tudo. O meu maior medo, antes de começar, a trabalhar era ter uma profissão monótona, daquelas que o trabalho vira mecânico e repetitivo. Aí você não tem perspectiva, fica desanimado e acabase transformando em uma pessoa triste. Deve ter sido por isso que eu larguei a Engenharia. Na Publicidade, eu estou sempre colocando a cabeça para pensar. É estimulante, você sempre esbarra com o novo.

De que forma a faculdade contribuiu para a sua formação?

A ECO  foi muito importante, principalmente nos primeiros períodos quando se estuda Filosofia, Sociologia, Antropologia e outras matérias teóricas. Num primeiro momento, a gente não se dá conta dessa importância, mas lá na frente, com o passar do tempo, percebemos que essas matérias abrem a nossa cabeça para o mundo e nos ajudam a entender melhor o que acontece na vida.

Já os últimos períodos não adiantaram muita coisa. A tal da parte "prática" é que é o grande problema. O que a Faculdade ensina (no caso, a ECO) e o que acontece nas agências são realidades completamente diferentes. As ementas são defasadas, os equipamentos são arcaicos e os professores, na sua grande maioria, são despreparados.

Quais são as principais dificuldades para quem quer ingressar na profissão?

A primeira é conseguir entrar numa agência. Ainda mais se você não tem um "padrinho". O mercado é muito restrito. Outro problema é quando você consegue um estágio. É muito difícil você provar seu valor num lugar onde ninguém tem muita paciência com um estagiário, que fica do lado perguntando tudo o que ele está fazendo.

Como é o dia a dia de uma Agência de Publicidade?

Corrido, muito corrido. Tudo é “pra ontem”  e a cobrança pela qualidade é muito alta. Por isso, não é de se estranhar que eu trabalhe 12, 14 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados. Mas também tem o outro lado da moeda. Em alguns períodos o trabalho fica bem mais leve.

Como é o trabalho do redator?

Não é nada fácil. Ao contrário do que muita gente pensa, o trabalho do redator não se resume a escrever textos. O redator tem que ter ideias. Ideias diferentes, ousadas, inéditas, e principalmente, que sejam vendedoras. E pensá-las em curto prazo para entregar é um trabalho complicado e tenso. Esse desafio é muito prazeroso. Muita gente acredita que o publicitário é artista, é doidão. Mas não é. Publicitário é, antes de mais nada, um vendedor.

Qual foi a sua maior alegria na profissão?

A maior delas é estar aprendendo sobre tudo. Nós somos expostos a uma quantidade imensa de informação. Isso nos faz ser melhores para nós mesmos e para os outros. Outra satisfação é ter conhecido as pessoas maravilhosas que conheci. Os prêmios que eu ganhei também são muito importantes. Eles são o reconhecimento do trabalho.

Qual deve ser a principal qualidade de um publicitário?

É saber ver o inusitado no cotidiano. E isso você consegue absorvendo muita informação.

Que dicas você dá para quem está se formando?

Seja perseverante e paciente. Não espere se formar para procurar um estágio. Ingresse rapidamente numa agência, nem que seja para servir cafezinho. Assim você vai ter muito mais experiência e sair à frente daquele seu colega de classe que deixou para procurar estágio depois de se formar.



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