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José Galarza conta um pouco sobre sua carreira de 21 anos na Petrobras

José Galarza | Engenheiro Mecânico

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Há 21 anos trabalhando como engenheiro mecânico da Petrobras, José Antônio Galarza, de 43 anos, coordena hoje uma equipe de 20 funcionários. Ele é gerente de implantação de empreendimentos para o Campo de Roncador, na Bacia de Campos. Também é responsável pela execução, contratação e fiscalização de todos os serviços solicitados à Engenharia da Petrobras pela área de exploração e produção (E & P) para os campos localizados ao norte da Bacia de Campos, como o de Roncador e o de Albacora Leste.

Formado em 1979 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Galarza diz que a área de engenharia ligada ao Petróleo está em expansão no Brasil, com a quebra do monopólio da Petrobras em 1998. Apesar da necessidade da especialização - ele fez Pós-Graduação em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina - , Galarza diz que o engenheiro deve sempre ter uma visão global do que está acontecendo no mundo.  

Por que você escolheu a faculdade de engenharia?

Como a grande maioria dos vestibulandos, eu cheguei ao último ano do segundo-grau sem uma definição de que vestibular fazer ao final do ano. Até um ano antes eu sempre tinha pensado em fazer Medicina, fruto do convívio com minha família, onde diversas pessoas são médicas e/ou trabalham junto à área de saúde, porém devido a minha maior afinidade com as matérias vinculadas às ciências exatas (Matemática, Física, etc), acabei optando pela Engenharia. Na época, 1976, escolhíamos a especialização quando entrávamos na faculdade. Escolhi a Mecânica porque era fascinado por automobilismo; minha segunda opção foi o Bacharelado em Física.

A situação do mercado de trabalho da época influenciou a sua decisão?

Em nenhum momento pensei em mercado de trabalho e/ou sofri pressão de alguém, nem mesmo familiar, para optar por esta ou aquela profissão. Foi uma opção pessoal sempre tendo em mente que ela não seria necessariamente definitiva, já que era muito jovem (17 para 18 anos) e que caso por alguma razão me frustasse, teria condições e tempo para tentar alguma outra profissão.

Como é o currículo deste tipo de curso e quando ocorre a especialização?

O Curso de Engenharia Mecânica da UFRGS, na época, era bem geral dando alguma ênfase à parte de Mecânica dos Fluidos e em Motores. Não existia uma especialização específica e, por isso, era um curso um pouco diferente de outros da época, como o da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá, o vestibular era para Engenharia de forma geral e a opção pela área de especialização era tomada só após o básico. Hoje em dia, creio que existam cursos de graduação bem mais especializados dentro da própria Engenharia Mecânica, como Produção, Mecatrônica, Engenharia Biomédica, Mecânica dos Fluidos, etc; A opção pela especialização deve ser adotada ao longo do curso de Engenharia, em torno do segundo ano.

Como era o mercado de trabalho na época em que você se formou e como está hoje?

O mercado de trabalho para engenheiro mecânico não era dos melhores o país estava começando a passar por uma grande crise, época do Governo Figueiredo. Os investimentos eram pequenos e as oportunidades de trabalho também. O engenheiro mecânico disputava mercado com administrador de empresas.

Antes mesmo de me formar, comecei a trabalhar numa empresa de processamento de dados, como analista de sistemas, que era uma área nova, com grandes oportunidades. Assim que me formei continuei trabalhando e me inscrevi na Pós-Graduação em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que era a opção que os formandos de engenharia tinham para a falta de emprego. Também me inscrevi num concurso nacional da Petrobras.

Na época, a Petrobras fazia estes concursos visando suprir seus quadros e era uma grande oportunidade para engenheiros e geólogos recém- formados. Os profissionais aprovados faziam cursos de formação internos voltados especificamente para as atividades de petróleo. Em 1979, quando fiz o meu concurso, a Petrobras contratou mais de 300 profissionais para realizar seus cursos de formação durante o ano de 1980 e posteriormente começarem a exercer suas atividades propriamente ditas.

Eu fui aprovado no Curso de Engenharia de Instalações Marítimas - CIM, tendo realizado o mesmo entre fev/80 a jan/81; durante a ano de 1981, também pela Petrobras e com dedicação exclusiva, eu cursei todos os créditos referentes ao Mestrado em Estruturas da COPPE-UFRJ; a partir de jan/82 até meados de 1983, trabalhei como fiscal da Petrobras nas instalações das primeiras plataformas fixas de grande porte na Bacia de Campos (Enchova, Namorado 1 e 2, Cherne 1 e 2 e Pampo), em 1983 fui trabalhar no Centro de Pesquisas da Petrobras - CENPES, na Divisão de Projetos de Exploração, executando projetos estruturais de plataformas marítimas de produção, projetos de engenharia de instalações marítimas e de equipamentos submarinos de produção; em maio/94 fui transferido para Gerência de Engenharia da Petrobras Internacional S.A., tendo trabalhado em diversos projetos de sistemas de produção onshore e offshore e desde nov/00 assumi uma das gerências de implementação de empreendimentos da área de exploração e produção (E&P) da Engenharia da Petrobras.



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