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grande profissional!

Geólogos recebem treinamento para ver a natureza com outros olhos

Ricardo d’Orsi | Geólogos

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Ricardo d’Orsi olhava para uma montanha e queria saber por que a rocha tinha aquele formato e não outro. Quando via uma cachoeira, ficava curioso para descobrir onde ela iria dar. Foi essa curiosidade pela natureza e por seu funcionamento que o levou a escolher, em 1978, o curso de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Era também uma maneira de manter contato com a vida ao ar livre que sempre havia sido uma constante em sua vida.

Atualmente com 41 anos, Ricardo trabalha na Gerência de Programas Especiais da Diretoria de Estudos e Projetos da Fundação Geo-Rio. Hoje, ele trabalha diretamente com problemas de encosta, obras de contenção e mapeamento de áreas da cidade. Também cuida da elaboração e da manutenção de bancos de dados geotécnicos e da manutenção e gerência do sistema de alerta de chuvas e deslizamentos, implantado em dezembro de 1996 no órgão.

Por que você optou pelo curso de Geologia ?

Sempre gostei de acampar e queria estudar algo que me desse a possibilidade de ver a natureza com outros olhos. Acho que essa é a maior recompensa do curso de Geologia. Na minha profissão, eu tenho acesso a lugares aos quais o cidadão comum dificilmente iria.

 

Em linhas gerais, como é o currículo do curso ?

No curso básico, estudamos junto com alunos de Engenharia, Astronomia, Física, Cálculo, Álgebra e Química. Depois começamos a ter aulas de Geologia Geral, como Estratigrafia, Mineralogia, Petrografia e Geologia Estrutural. E, por fim, no último ano, fazemos uma especialização. São ao todo cinco anos de estudos. Uma característica interessante desse curso é o número de cadeiras ao ar livre. Também fazemos estágios em que somos obrigados a viajar e passar semanas longe de casa. Com isso, os estudantes acabam ficando muito próximos uns dos outros.

O estudante de Geologia precisa ter alguma habilidade específica ?
 
Em primeiro lugar, ele tem que gostar de viver ao ar livre. Ao mesmo tempo, deve ter vontade de estudar porque o curso exige muita leitura e estudo. Hoje em dia, o geólogo também precisa saber línguas, sobretudo o inglês, e também conhecer Informática.
 
Como era o mercado de trabalho para o geólogo na época em que você se formou ?
 
Quando eu me formei, no final da década de 70, o mercado era excelente. A Vale do Rio Doce, a Petrobrás e as mineradoras internacionais estavam crescendo e havia trabalho e emprego para todos. Também foi a época das grandes barragens e estradas. Com a crise dos anos 80, as mineradoras saíram do Brasil e houve uma diminuição na oferta de vagas. Já a década de 90 foi a fase da Geologia Ambiental. A demanda por relatórios de impacto ambiental cresceu muito. Essa preocupação com a preservação do meio ambiente começou no fim dos anos 70 e início dos 80, mas a solicitação de estudos só aumentou mesmo nos últimos anos.
 
E como está esse mercado hoje, para quem está saindo da faculdade ?
 
Atualmente, estão em evidência as especializações em Geologia de Engenharia, Hidrogeologia — prospecção de água subterrânea — e Geologia de Petróleo. Há ainda uma subárea bastante restrita, mas em ascensão. É a de Desenvolvimento de Programas Computacionais para Geologia.
 
Como é a remuneração para esse tipo de profissional ?
 
Igual a qualquer outra área. Há bons e maus profissionais; há os que ganham bem e mal. Existem pessoas que nascem com tino comercial e são verdadeiros fazedores de dinheiro. Tudo vai depender da determinação pessoal de cada um.



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