Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Game Designer

Nicholas Souza | Game Designer

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O mercado de videogames está em franca expansão, e os valores arrecadados pelo setor inclusive já ultrapassaram os da multimilionária indústria do cinema. No Brasil, o desenvolvimento de games ainda está em fase embrionária, mas algumas empresas e bons profissionais já se destacam. Conversamos com Nicholas Souza, game designer, para entender melhor o setor e a formação.

Em 2004, Nicholas começou a carreira profissional como estagiário na área de marketing da Level Up criando os eventos in-game e atuando como moderador da comunidade. Recebeu o prêmio de “Destaque de Marketing (2004)” por ações in-game e interação com a comunidade. Em  2006, foi promovido para assistente de projetos, analisando possíveis games a serem comercializados no Brasil.

Chegou a hora do próprio negócio, e em 2007 ele fundou uma empresa de desenvolvimento de soluções interativas, a Imagine Play, onde atuou como diretor encarregado do design dos projetos. Desde 2008, Nicholas trabalha na Ubisoft como Game Designer. Participou do desenvolvimento do jogo Imagine Detective para a plataforma Nintendo DS, que vendeu mais de 200 mil cópias no mundo. Atualmente, trabalha com outros projetos para portáteis.

O que o levou ao curso de Design de Games?

Eu gostava muito da área como jogador, e  queria seguir por este caminho. Até o terceiro colegial, não existiam cursos do tipo no Brasil. Pensei em fazer lá fora, mas a Universidade Anhembi Morumbi abriu o primeiro curso de Design de Games no Brasil, e me inscrevi no processo seletivo, sendo selecionado para a primeira turma do curso.

O que faz o Designer de Games?

Um game designer  atua na concepção das mecânicas do jogo, primeiro projetando, e posteriormente prototipando-as com a equipe até o ponto de que estejam com qualidade.  Ele também é responsável pela progressão e sua coerência no jogo.

Que tipos de produto esse profissional pode produzir, por exemplo?

Todos os tipos de jogos. No entanto, esta é uma profissão que exige atualização constante e o profissional precisa de bastante experiência para conseguir criar jogos maiores, experiência que só se adquire fazendo jogos menores.

Onde esse profissional pode trabalhar?

Em qualquer empresa de games, tanto nacional quanto internacional.

Como é a formação desse profissional?

Geralmente os cursos no Brasil levam de 2 a 4 anos. No caso da Anhembi, o curso tem 4 anos de duração. As matérias mais importantes são aquelas que lidam com a criação de projetos de jogos, tanto teórico quanto prático, ergonomia e usabilidade. Há várias empresas no Brasil que procuram estagiários de games.

Ao final de cada semestre, os alunos criam um pequeno projeto de jogo.

Que aptidões o candidato já deve trazer para o curso?


O  candidato deve não somente gostar de jogar jogos, mas ter um olhar analítico, identificar padrões e realmente pensar no funcionamento do jogo. Criar um jogo é diferente de jogá-lo.

Como está o mercado de trabalho? (Este profissional compete com algum outro de formação similar?)

O mercado de trabalho para game designers é um pouco complicado no Brasil. Você precisa se dedicar muito para conseguir uma vaga, pois as que existem são muito concorridas. Mas, quando começa a se envolver com isso, é muito promissor. Um game designer pode começar em uma empresa como tester. É uma ótima forma de entrar no mercado e analisar jogos diariamente.

Qual a perspectiva salarial?

Um game designer no Brasil deve ganhar em média uns 2 mil reais (mas é uma estimativa...não tenho nenhum dado para comprovar isso).

Quais as especializações possíveis?

O game designer pode procurar cursos que abranjam o seu conhecimento para ter mais embasamento técnico. Podem ser cursos de ergonomia e usabilidade e lógica de programação.

Existe alguma peculiaridade profissional, do tipo horário especial de trabalho, mercado restrito a grandes centros, trabalho autônomo etc?

Trabalhar com games é estar preparado para às vezes ter que trabalhar dobrado, por conta dos períodos de “crunch time”. Fora isso, você trabalha no horário normal. Algumas empresas mandam os funcionários para treinamentos no exterior e para participar de encontros de desenvolvedores.



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