A formação em fonoaudiologia busca desenvolver e solucionar problemas com a comunicação humana. Para saber mais sobre a profissão, conversamos com Elisa de Oliveira Marques, formada em 1977 na segunda turma de fonoaudiologia do IBMR - Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação.
Desde o ingresso na faculdade, Elisa sempre participou de congressos, seminários, palestras e cursos de atualização e complementação acadêmica, não somente sobre temas específicos de fonoaudiologia, mas qualquer área que enriquecesse seus conhecimentos sobre o indivíduo como um ser integral (neurologia, neuropsiquiatria, psiquiatria, psicologia, musicoterapia, educação pré escolar, etc..).
Em 1978, com um grupo de mais quatro fonoaudiólogas e um médico, fundou a CEMPRE - Clínica Médica Psicológica e Reabilitação Ltda. Desde então, realiza trabalhos em diversas áreas, como atendimento com bebês, grupo de grávidas, idosos acometidos por AVC, crianças, deficientes mentais, autistas e com síndromes diversas.
Atuou como supervisora de estágios e coordenadora técnica de equipe, além de participar de diversos trabalho em parceria com escolas e prefeituras, como o Projeto Rio com Saúde - ganhando o título de Amiga da Escola pelos dez anos de dedicação a causa da saúde e educação - Ação da Cidadania, entre outros.
Atualmente, Elisa dedica-se ao atendimento em consultório, domicílio e projetos empresariais, como SIPAT, Semana de Saúde e atendimento regular.
Quando e como você percebeu que queria ser fonoaudióloga?
Na época que cursava o Ensino Médio, não havia as facilidades de informação dos dias atuais, buscávamos informações sobre as profissões por meio dos próprios profissionais. Eu sabia que queria atuar com crianças e participar de sua formação, mas não sabia qual seria esta profissão.
Nessa procura, entrevistei pessoas de diversas áreas de atuação em saúde e educação, quando, minha mãe ouviu numa fila uma conversa sobre uma faculdade que estava com suas inscrições abertas do concurso vestibular para uma nova profissão, ainda nem reconhecida, a fonoaudiologia.
Após uma entrevista com o diretor da faculdade, buscando maiores esclarecimentos sobre esta nova profissão, tive certeza que encontrara o que tanto procurara. ainda assim, procurei profissionais que já atuavam na área, o que só ratificou minha escolha.
O que faz e como trabalha uma fonoaudióloga?
Um fonoaudiólogo possui um vasto campo de atuação, podendo atuar nas diversas patologias da fala, voz, audição, aprendizagem e desenvolvendo psicomotor, como também em Fonoaudiologia Hospitalar (principalmente em neonatologia), etc. Ele pode trabalhar, seja na área clínica seja na preventiva, em consultório, em clínicas e hospitais, postos de saúde, unidades básicas de saúde, escolas e em domicílios.
Que outras profissões podem auxiliar o dia-a-dia de uma fonoaudióloga, trabalhando em parcerias?
Na minha opinião é fundamental o trabalho em parceria. Há necessidade de contatos regulares com todos os profissionais que de alguma forma estejam envolvidos no caso, como professores, pediatras, psicólogos, neurologistas, otorrinos, foniatras, ortodontistas , fisioterapeutas e psicopedagogos. É importante ressaltar que envolver a família, orientando-a e dando suporte também é fundamental.
Quais as maiores dificuldades que a profissão apresenta hoje em dia?
As dificuldades financeiras tanto da clientela quanto para o profissional manter um consultório ou clínica, uma vez que planos de saúde e a maioria das empresas não cobrem este tipo de tratamento, que é seriado e de média e longa duração. Se falarmos de portadores de deficiência então, fica bem mais complicado. Os concursos públicos são poucos e oferecem um número de vagas muito aquém da necessidade da demanda.
Qual a melhor parte da profissão? E a pior?
Sem dúvida alguma, acompanhar o progresso não só do cliente (seja ele bebê, criança, jovem, adulto ou idoso), mas também ver a família mais consciente e estruturada para lidar com aquela dificuldade ou patologia, é maravilhoso. A pior é a falta de uma política de saúde adequada, onde se dê o verdadeiro valor à prevenção e não se enfatize apenas o tratamento de patologias.
Como está o mercado nessa área e como diferenciar-se?
O mercado está cada vez mais se expandindo, embora as oportunidades ainda sejam insuficientes. Há um mercado novo chegando ao Brasil, que é a área jurídica, com a preparação para as provas orais de concursos públicos.. Para diferenciar-se, é preciso especializações e cursos extra curriculares, não esquecendo dos princípios éticos.
Você tem algumas dicas para quem deseja cursar fonoaudiologia?
Se você tem a convicção de sua vocação, corra atrás, não desista. Busque e vá em frente. É importante escolher o que realmente gosta. Trabalhe naquilo que te dá prazer, pois assim vencemos os obstáculos e dificuldades do caminho.
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