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Fascínio pelo mar

Carlos Leandro | Oceanógrafo

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Carlos Leandro sempre gostou do mar e foi essa paixão que o transformou em oceanógrafo. O garoto curioso que vivia nas praias de Niterói virou empresário. Carlos é diretor e presidente da Oceansat Peg, empresa de coleta de dados que estuda o oceano via satélite, permitindo a melhora da qualidade da pesca brasileira e protegendo o meio ambiente.

Antes de fundar a Oceansat Peg, Carlos fez muito trabalho de pesquisa em vários estados do país, foi à Antarctica quatro vezes, ministrou palestras e workshops e se tornou mestre em oceanografia via satélite.

A profissão é encantadora. O oceanógrafo investiga os seres, o ambiente e os processos marinhos. Desenvolve técnicas de exploração dos recursos naturais e minerais dos mares e avalia os efeitos das atividades humanas sobre o ecossistema, buscando preservar a flora e a fauna oceânica. O profissional coleta e interpreta informações sobre as condições físicas, químicas, biológicas e geológicas.

O curso é completo e exige do aluno conhecimento nas áreas química, física, biológica, geológica, cartográfica e meteorológica. 

O que o levou a escolher a carreira de oceanógrafo?

Sempre tive uma interação muito grande com o mar. Nasci em Niterói, no bairro São Domingos, e gostava de surfar e pescar. Mas gostar de oceano é diferente de gostar de praia. Ir para o oceano é passar dias no mar, só vendo o horizonte. Eu gostava dessa vida aventureira. Aos 17 anos entrei na faculdade de Oceanografia, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na primeira turma, no ano de 1977. Posso dizer que sou um dos pioneiros da oceanografia no Brasil.

É preciso ter algum perfil definido para cursar Oceanografia?

Não é preciso ter nenhum perfil específico. O aluno tem que ser eclético e ter conhecimento de muitas ciências. Mas é necessário fazer uma especialização, a pessoa sempre tem que optar em algum momento.

Que papel você desempenha em benefício do meio ambiente?

A Oceansat Peg executa estudos de impacto ambiental voltados para o licenciamento de atividades sísmicas, de exploração e produção de óleo e gás. A empresa usa a oceanografia aplicada à pesca e subsidia empresas para evitar derramamento de óleo

Quais são as angústias da sua profissão?

A falta de um conselho regional. Tenho sempre que contratar engenheiros para assinar os projetos porque não podemos fazer isso. Acho errado, pois o oceanógrafo tem um conhecimento global e poderia agregar valores às outras áreas.

Como anda o mercado de trabalho para o oceanógrafo no Brasil?

O mercado de trabalho é muito bom. Posso dizer que essa é a área do presente e do futuro porque trabalha com questões ambientais, gestão, segurança, análise de dados, entre outras. A demanda é incrível e o oceanógrafo desempenha um papel muito importante. O profissional tem uma formação muito forte, ele entende matemática, química, física, biologia, cartografia, computação, etc.

Qual a dificuldade de um recém-formado para entrar no mercado de trabalho?

Ele encontra dificuldades dependendo da área que escolher. Mas se ele tiver conhecimento ambiental e souber computação, o mercado vai absorvê-lo. Costumo dizer, e ouso, que os oceanógrafos são customizáveis, porque eles se adaptam às áreas e absorvem conhecimento rápido. O profissional tem back ground. Na minha empresa tenho muitos estagiários e contrato muitos deles no quando se formam.

Que dicas você dá para quem está ingressando na faculdade e quer seguir sua área?

É importante se aplicar muito e procurar estágio. O estudante tem que estar antenado porque a quantidade de informação é muito grande.



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