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Estudar muito é o segredo do sucesso

Gabriela Lima | Advogada

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A advogada Gabriela Lima, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não acha exagero a posição que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tomou essa semana aprovando apenas 28% dos cursos de Direito do país. A intenção da instituição é de apontar as melhores faculdades da área em todo o país. Para a advogada, o ideal é que as universidades façam seleções rigorosas em seus vestibulares para escolher melhor seus alunos.

Quem pretende seguir a carreira de advogado deve saber antes de tudo que é preciso muito estudo e dedicação, não só no último ano para a prova da Ordem. O curso permite que o graduado atue em áreas jurídicas, como representante de um cliente perante a lei ou em novas áreas como as relações jurídicas na internet. E para ser advogado também é preciso passar nos exames da OAB.

O currículo do curso enfatiza as ciências humanas. Nos três primeiros anos são essencialmente teóricos, com aulas de português, sociologia e economia, além de matérias com Direito como direito civil, constitucional, penal, comercial e medicina legal. Nos trabalhos práticos o aluno atua como juiz ou advogado em simulações de julgamentos. A definição da carreira deve começar na faculdade, na escolha das disciplinas de formação específica.

O que você achou a posição da OAB em relação às faculdades de Direito brasileiras?

Concordo com a posição da Ordem, pois a baixa avaliação reflete a realidade dos cursos de Direito. Acho que algumas instituições foram injustiçadas, mas a maioria tem alunos de baixa qualidade e que não gostam de estudar. A qualidade das aulas cai porque um professor não consegue seguir com a matéria porque a turma não consegue acompanhar, o conteúdo atrasa e fica superficial. A saída para isso é fazer uma seleção mais rigorosa no vestibular. Tem que escolher melhor quem vai fazer um curso. Existem excelentes alunos também em universidades particulares, mas esses estudam muito e têm seu mérito reconhecido.

É preciso ter um perfil determinado para seguir essa carreira?

Qualquer pessoa que tenha ética e moral pode fazer Direito. É um meio em que muita gente se corrompe e para ser um profissional honesto é preciso ter princípios.

Que tipo de trabalho um advogado pode desempenhar?

O advogado pode ocupar diferentes funções, mas basicamente ele advoga, defende ou acusa. Um advogado atua nas áreas cível, criminal, trabalhista, e nas mais recentes áreas criadas pela necessidade de leis, como as relações jurídicas na internet. 

Nos últimos anos houve alguma mudança no campo de trabalho do advogado?

O Direito vive um momento de transição em vista da atualização das leis para solucionar problemas que passaram a existir, como a pirataria na internet, por exemplo. É um momento muito rico e estagnado ao mesmo tempo porque estudantes e profissionais estudam meios de adequar um novo código às questões da sociedade.

Quais são as maiores dificuldades que um advogado enfrenta no seu cotidiano?

A morosidade e as falhas da Justiça. Demora-se muito tempo para entrar com uma petição a um processo, depois mais tempo para se ter uma conclusão e ainda mais tempo para que isso volte para as mãos do advogado. Essa lentidão atrapalha muito o trabalho.

Como anda o mercado de trabalho da sua profissão no Brasil?

O mercado de trabalho é bom para quem estuda. Existem muitos concursos para empresas públicas e privadas que se o advogado se dedicar vai conseguir passar. Trabalho não falta.

Qual a dificuldade de um recém-formado para entrar no mercado de trabalho?

O recém-formado tem dificuldade de conseguir emprego porque ainda não fez uma especialização e as empresas acabam contratando seus próprios estagiários. Quem deixa para arrumar emprego depois de formado vai ter muita dificuldade. Os escritórios querem profissionais com MBA e experiência.

Que dicas você dá para quem está ingressando na faculdade e quer seguir sua área?

Estudar muito e desde o início. Quem deixa para estudar para o exame da Ordem na véspera não vai conseguir porque o conteúdo é todo, são os cinco anos de curso em uma prova.



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