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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Estilista

Maria Fernanda Lucena | Estilista

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A primeira escolha profissional não foi a melhor. Maria Fernanda Lucena, estilista, percebeu isto ainda na faculdade, mas mesmo assim concluiu o curso de Direito.

Quando teve oportunidade de trabalhar em produção de arte e figurino descobriu o verdadeiro prazer no trabalho. Buscou, então, a formação específica. Não se assustou em começar uma nova faculdade  pois acreditava na máxima de que "só se é bom no que se gosta de fazer".

E tinha razão. Com apenas três anos de formada, já vai para seu quarto desfile no Fashion Rio!

Faça um breve resumo sobre sua formação e carreira.

Sou formada em Direito pela Cândido Mendes de Ipanema/RJ, mas nunca trabalhei na área. Escolhi o Direito porque estava cheia de dúvidas na ocasião do vestibular e achei que este era um curso mais abrangente,  com várias possibilidades de trabalho.

Depois de formada, arrumei emprego na TV Globo em produção de arte e figurino. Como gostei  muito de trabalhar com moda, fui fazer o curso de moda na Universidade Veiga de Almeida-UVA, no Rio de Janeiro. O meu primeiro trabalho na área, depois de formada,  foi como assistente de estilo da "Maria Bonita".

Hoje em dia sou empresária e estilista da minha própria marca, que leva meu nome "Maria Fernanda Lucena". Acho que o mercado de moda está crescendo cada vez mais em função dos cursos de moda que surgiram em todo o Brasil. Eu tenho 3 anos de formada e sempre gostei de moda, só que quando eu saí da escola não existia o curso no Rio de Janeiro. Comecei a me interessar pela profissão na TV Globo.

Quantos anos tem o curso e que tipo de matérias vocês aprendem?Afinal, o que é ser estilista? 

O curso da Veiga de Almeida é de quatro anos. Aprendemos arte, técnicas de modelagem e costura, produção de moda, cultura, marketing, figurino etc... Uma estilista precisa saber costurar e modelar para poder orientar sua mão de obra (sua técnica não precisa ser tão apurada quanto a de uma costureira profissional). Uma estilista cria conceito (formas de estilo) e peças propriamente ditas.

Mas a Faculdade de Moda oferece outras especializações além da de Estilista, como por exemplo, Figurinista de Tevê  e Cinema, Produtor de Moda (que orienta, no caso de uma revista, sobre as tendências do momento, pesquisando as marcas que seguem o estilo, orientando penteados, pinturas, etc para as fotos) e Jornalismo de Moda (uma especialização para os graduados em Jornalismo).

Quais as habilidades mais importantes para quem quer trabalhar com moda? Tem que andar sempre super arrumada?

Tem que se vestir com o tipo de roupa que traduz melhor o seu estilo, ser o mais verdadeira possível. É muito importante que  goste de arte, de conceito, de construção das peças e é fundamental ter a cabeça muito "aberta" e antenada nas pessoas em geral.

Como está  o mercado para este profissional?  Dá para sobreviver com moda, mesmo sem se tornar um Ocimar Versolato,  Alexandre Herchcovitch, Francisco Costa, etc?

Hoje em dia as empresas que produzem moda estão cada vez mais profissionais. Todas querem profissionais formados em moda  e com qualidade, personalidade e estilo próprio. A experiência é sempre levada em conta como funciona em qualquer outra área profissional. O estágio  sempre  conta ponto.

Acredito que o mercado de moda está aberto e existe ainda muito espaço  para os novos estilistas (famosos ou não, não tem diferença na minha opinião). O mercado quer moda com identidade, por isto que a moda brasileira está crescendo lá fora, porque depois que se profissionalizou, está mostrando sua personalidade.

Quem gosta e tem talento encontrará espaço. Tanto para o estagiário  quanto para o profissional fica mais fácil quando se tem um diferencial, como cursos fora da faculdade, etc.

Você  está preparando roupas para apresentar este mês no  Fashion Rio?  Este espaço é para qualquer um que tenha vontade de apresentar seu trabalho ou há alguma seleção? Quem custeia as despesas com a confecção, tecidos e manequins?

O Fashion Rio é o evento oficial da Moda, no Rio de Janeiro. Meu desfile foi no último dia, 19/06, com 25 manequins. Os estilistas e grifes consagrados, que estiverem interessados, são automaticamente convidados, mas há um espaço também para os novos.

Na primeira vez que me candidatei, apresentei um projeto, uma espécie de currículo, não só com  meus croquis (desenhos), minha estrutura,  mas também com meus produtos para que fossem avaliados acabamento, confecção, condições, etc. Então, fui uma das selecionadas pela Comissão. Agora, estou no 4º desfile e, embora, ainda tenha que concorrer para me apresentar, fui avaliada pelos meus desfiles anteriores.

Quanto às despesas, uma parte é do evento, outra ajuda vem dos patrocinadores que você conseguir e outra é sua.

O trabalho do estilista depende muito do profissional que faz a costura?

O estilista depende da costureira e também do modelista. É tudo um pacote. Eu desenho (há quem modele direto no corpo), o modelista transforma a roupa em papel e depois passa para a costureira.

Esta é uma profissão cheia de glamour, pelo menos é o que parece para quem assiste às passarelas. O que tem de verdade e de fantasia nisto?
 
Acho que é muita fantasia. O que importa é estar feliz com o que faço. O glamour faz parte do marketing, necessário para vender o trabalho. Eu prefiro não me expor, mas nem sempre é possível, já que a divulgação do trabalho depende de fotos, entrevistas e, às vezes, de uma certa exposição.

Moda está muito na moda. No Brasil, principalmente, porque é uma coisa nova,  mas Estilista é uma profissão como outra qualquer.



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