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Engenharia Naval: cuida de projetos, construção e manutenção de embarcações

Eduardo Márquez | Engenharia Naval

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A Engenharia Naval é a área da engenharia que cuida de projetos, construção e manutenção de embarcações e estruturas oceânicas bem como seus equipamentos. Também é considerada como aquela onde todos os conhecimentos do engenheiro são testados, transformando-se em uma carreira onde a prática forma profissionais completos.

Conversamos com Eduardo Marquez para conhecer um pouco melhor a formação e o mercado.

Faça um breve resumo de sua formação e carreira

O curso de Engenharia Naval tem a duração de cinco anos e engloba as áreas de construção, estruturas, hidrodinâmica, arquitetura naval, projeto, máquinas e logística de transportes marítimos. O engenheiro naval projeta a forma, dimensiona a estrutura, os motores e demais equipamentos de barcos, navios e estruturas oceânicas como as plataformas de petróleo. Para isso tem que levar em consideração o tipo de embarcação, o uso da embarcação, a quantidade de carga a ser transportada, a distância a ser percorrida e região na qual ela irá operar entre centenas de outras variáveis.

Na área de projeto, o engenheiro naval participa desde a concepção inicial da embarcação, estudos de viabilidade econômica até o projeto da forma, arranjo, cálculo e dimensionamento das estruturas e equipamentos. Na construção, supervisiona os técnicos e operários, verifica a qualidade das matérias-primas e métodos de trabalho e acompanha toda a fabricação. Também trabalha no gerenciamento do transporte marítimo ou fluvial, controlando o tráfego de embarcações e os serviços de comunicação. Hoje há também uma grande demanda para projetos de estruturas para prospecção e exploração de petróleo.

Embora o curso de engenharia naval dê maior ênfase a navios e plataformas oceânicas, existem também disciplinas optativas voltadas para a área de náutica (veleiros e lanchas), construção em materiais compostos, embarcações de alto desempenho, entre outras.

A maioria dos engenheiros navais formados hoje trabalha em grandes estaleiros, firmas de projeto ou sociedades classificadoras (sociedades que regulamentam e vistoriam a construção de navios, plataformas e demais estruturas oceânicas). Há também espaço na área de pesquisa e tecnologia e na área de náutica.

Foi difícil encontrar oportunidades no mercado de trabalho?

Não. Em geral, durante o curso surgem diversas ofertas de estágio e mesmo antes de se formar muitos alunos já estão encaminhados em grandes empresas. No meu caso, fiz estágio em empresas de navegação, de construção de navios, mudando depois para uma empresa de projeto de veleiros e finalmente sendo contratado em um estaleiro de construção de lanchas e iates. Hoje há uma grande oferta de vagas para engenheiros navais.

Como anda o mercado para a Engenharia Naval?

A indústria naval no Brasil passou por uma séria crise nos anos 80 e início dos anos 90. A partir do final da década de 1990, com o descobrimento de novos poços de petróleo em águas brasileiras, houve um reaquecimento do mercado de trabalho impulsionado pela entrada de novas empresas estrangeiras no Brasil e pelo crescente investimento de empresas nacionais, principalmente a Petrobrás. Este quadro trouxe novas obras para a indústria de construção naval brasileira.

A ascensão da indústria de construção naval alavanca também as firmas de projeto e as sociedades classificadoras, portanto, hoje o engenheiro naval é um profissional com grande oferta de trabalho e bons salários, a grande maioria de empresas atuando direta ou indiretamente no setor de petróleo.

As mudanças de residência são comuns para os engenheiros navais. Que cidades do Brasil atualmente são as mais importantes para a profissão?

O Rio de Janeiro tem uma grande concentração de estaleiros e sedes de grandes empresas, portanto absorve grande parte da mão-de-obra disponível. Cidades como Macaé e Santos, que são bases de empresas exploradoras de petróleo, também tem tido grande demanda de engenheiros navais. Basicamente, onde há um grande estaleiro existe a necessidade da presença de engenheiros navais.

O engenheiro naval que esteja engajado na parte de manutenção e reparo de navios costuma ter que viajar com frequência para vistoriar obras em diferentes locais do país.

Na área de náutica, embora absorvendo apenas uma pequena parte dos engenheiros navais, existe diversos estaleiros espalhados principalmente nas regiões sul, sudeste e nordeste.

Que diferenciais podem ser apontados como fundamentais para um engenheiro naval?

Considero importante que o engenheiro naval tenha facilidade de lidar com números e cálculos, domine computador e tenha um bom conhecimento de Inglês (de preferência fluente) e outros idiomas. Hoje, muitas das empresas que contratam engenheiros navais são multinacionais ou lidam frequentemente com empresas estrangeiras fornecedoras de equipamentos e tecnologia.

A capacidade de resolver problemas, a criatividade e a facilidade de trabalhar em grupo também são fatores importantes nesta carreira.

Quais as maiores dificuldades enfrentadas na profissão? E quais os pontos positivos?

O curso exige uma grande dedicação do estudante e provavelmente algumas noites em claro para concluir trabalhos ou estudar para provas. Por outro lado, fornece uma ampla visão de diversas áreas da engenharia, fazendo com que o engenheiro naval seja um profissional bastante completo podendo trabalhar em diferentes áreas, não necessariamente ligadas a Engenharia Naval.

Como regra geral, o engenheiro naval estará diante de problemas e decisões envolvendo grande responsabilidade (segurança da vida humana no mar, segurança da carga, proteção do meio ambiente, etc.) e questões envolvendo altos valores financeiros.

O ponto positivo é que hoje, com a ascensão da indústria naval, há uma grande oferta de empregos.



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