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Engenharia Civil e suas possíveis áreas

Elaine Peixoto | Engenheira Civil

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Elaine Peixoto Borin formou-se em Engenharia Civil pela Universidade do Estado do RJ - UERJ, fez MBA em Engenharia econômica na UERJ, mestrado em Engenharia de Produção na Universidade Federal Fluminense - UFF e doutorado em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do RJ - UFRJ.

Assim que se graduou foi contratada pela empresa onde estagiava e ali ficou trabalhando por oito anos como engenheira civil na área de cálculo estrutural. Mas, nunca parou de estudar e desde 2000 é professora da Faculdade de Engenharia da UERJ. Atualmente, dá aula de Resistência de Materiais Básica, disciplina comum aos cursos de graduação de Engenharia. É também professora colaboradora do mestrado de desenvolvimento local da Unisuam, onde orienta dissertações e ministra aulas. A opção pela vida acadêmica se deve ao prazer pelo estudo contínuo, e com isso estar sempre adquirindo novos conhecimentos, e pela possibilidade de ter um horário de trabalho um pouco mais flexível.

Por que se decidiu pela Engenharia Civil?

Sempre gostei muito de tudo. Fiquei entre duas escolhas antagônicas: Direito e Engenharia. Interessava-me por leis e, ao mesmo tempo, tinha uma enorme facilidade para a área de exatas, considerada por quase todo mundo como a mais difícil. Acho, então, que fui atraída pelo desafio, porque sempre fui estudiosa. Para se ter uma ideia do que estou dizendo, o meu Coeficiente de Rendimento (CR) foi o segundo maior do curso de Engenharia na minha época. A opção específica pela Engenharia Civil talvez tenha sido influenciada pelo conhecimento que possuía, por ter pessoas da família trabalhando nesta engenharia.

O que faz o Engenheiro Civil?

O engenheiro civil precisa ter vários olhares, por isso o curso da UERJ oferece diferentes ênfases: em transportes (no caso de ênfase em Transportes), em gerenciamento de obras civis e edificações (ênfase em Construção Civil), em saneamento e hidráulica (ênfase em Sanitária) e em estrutura (cálculo estrutural).

Eu, por exemplo, optei por estrutura, que exige muita habilidade em cálculo e é bastante difícil. Quem trabalha com estrutura passa mais tempo no escritório. Vai à obra para tirar alguma dúvida, mas seu trabalho é mais no escritório. Os desenhos com os cálculos são enviados para o engenheiro que acompanha a obra.

Já o engenheiro de obra fica direto acompanhando os trabalhos no local. Ele precisa ter um olhar abrangente que envolva desenhos, materiais, logística, planejamento, etc.

Mas o engenheiro civil tem que ser muito flexível, pois, por mais que se dedique a apenas uma especialização, não pode perder as demais ênfases de vista.

Como anda o mercado de trabalho para esse profissional?

A Engenharia Civil ganhou um novo pulmão por conta dos investimentos do governo em obras públicas e do estímulo à construção de residências. Na década de setenta, o país experimentou uma prosperidade semelhante. Depois, por quase duas décadas houve estagnação. O mercado agora está bastante favorável e já se pode sentir a mudança no aumento do número de alunos em sala de aula no curso de Engenharia Civil.

Mas temos que lembrar que a formação do engenheiro requer um perfil mais empreendedor e pró-ativo em razão da própria atividade, mesmo quando o profissional atua dentro de uma empresa. Nos períodos menos promissores do mercado, esse perfil e o conhecimento ajudam a criar alternativas, como montar uma pequena empresa para executar reformas, ou para atender às demandas de empresas maiores.

O profissional para evoluir tem que estar também atento ao que o mercado está pedindo. Não existe mais isso de parar na graduação. Se a escolha for pela vida acadêmica, então o estudo fica definitivamente integrado a vida da pessoa. Tem que se estar lendo, pesquisando e estudando o tempo todo.

O que você recomendaria a um vestibulando?

Ao escolher uma profissão atente para:

1 - escolher o que gosta e tem prazer de fazer, enfim, aquilo que lhe desperta interesse realmente;

2 - olhar o mercado, ou seja, olhar para onde você vai se encaixar. Não precisa ser como empregado, pois sendo um bom profissional você é abraçado de uma forma ou de outra pelo mercado;

3 - ampliar o leque de conhecimento. O conhecimento não pode ficar numa linha só.

No meu doutorado tive uma experiência multidiciplinar e com isso estudei disciplinas que tinham um olhar na sociologia, na filosofia e que ampliaram minha visão e conhecimento e melhoraram a minha forma de comunicação. Quando se entra no mercado de trabalho é importante manter aceso esse desejo de crescimento constante.



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