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Engenharia Agrícola: uma profissão com diferentes campos de trabalho

Carla Cepik | Engenharia Agrícola

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Carla Cepik é Engenheira Agrícola formada pela ULBRA/RS. Graduou-se em 1994. Estagiou em várias empresas como CEASA, CESA e na Iochpe-Maxion, atuando, desde 1993, na área de máquinas agrícolas. Foi efetivada assim que concluiu o curso. Combinou a carreira do setor privado com os cursos de mestrado e doutorado, pela UFRGS, em Ciência do Solo com ênfase na relação solo-máquina. Considera que participar da comunidade científica lhe permitiu contato direto e ágil com inovações tecnológicas na agricultura, além de lhe ajudar a integrar conhecimentos e de contribuir para seu amadurecimento pessoal e profissional.

Com a experiência adquirida no setor privado, aprendeu sobre a importância da agilidade, responsabilidade e organização. Nesse período também surgiu o gosto pela docência, e é a isso que se dedica atualmente. Carla dá aulas na ULBRA/RJ, no setor de agrárias, na UFRGS, nas disciplinas de "Máquinas Agrícolas" e "Projeto de Máquinas Agrícolas" e ainda na Escola Técnica de Agricultura em Viamão. Veja o que ela tem a dizer sobre Engenharia Agrícola.

Como foi a escolha pela Engenharia Agrícola ?

A escolha ocorreu por afinidade mesmo. Sempre comento que não tenho familiares envolvidos em agricultura, mesmo assim, meus pais não tiveram restrições ao ingresso no curso. Quem me conhece, sabe que sou muito feliz com a profissão que escolhi.

O que faz o engenheiro agrícola, onde pode trabalhar e com quem trabalha?

O engenheiro agrícola é capacitado para criar soluções que afetem o desenvolvimento do meio rural. O curso fornece os conhecimentos de engenharia necessários à agricultura. O profissional pode atuar nas seguintes áreas: processamento agroindustrial, energização rural, engenharia de águas e solos, edificações e ambiência rural e mecânica agrícola.

O profissional pode trabalhar no campo, diretamente nas unidades agrícolas ou ainda em fabricantes de equipamentos agrícolas. Temos também engenheiros agrícolas atuando em órgãos de pesquisa agrícola, como EMBRAPA, EMATER e IAPAR. Atualmente, os profissionais das mais diferentes áreas, trabalham em grupos heterogêneos, como por exemplo, os grupos técnicos de projetos, onde o engenheiro, o administrador, o economista, o especialista em qualidade, atuam juntos com um objetivo claro, de desenvolver ou alterar um produto.

Qual é a base da formação do engenheiro agrícola?

O tempo de formação são dez semestres, as disciplinas abrangem um ciclo básico, comum às engenharias, e as demais disciplinas são específicas e referentes às áreas de atuação já citadas.

Como deve ser o perfil do engenheiro agrícola?

O perfil do profissional dessa área deve ser dinâmico e com muito foco nas aplicações no campo. Sempre digo que os profissionais devem ouvir o agricultor, o produtor rural, pois nele, conseguimos o entendimento e a dimensão dos problemas a serem resolvidos. O profissional que não tem esse contato, limita a dimensão do entendimento.

A profissão tem características marcantes como horário diferente do padrão, local e ambiente de trabalho específico (externo, por exemplo), falar bem outro idioma, etc?

Hoje, para qualquer área, é imprescindível o bom entendimento de inglês. Muitas empresas solicitam o profissional já com fluência. O período da graduação é um tempo que deveria ser aproveitado para desenvolver essa habilidade. O conhecimento de ferramentas de projeto, para quem tem em vista atuar em desenvolvimento de equipamentos também é um diferencial, mas já não tão diferencial assim.

Quando falamos em envolvimento com o campo, devemos considerar a dinâmica do local. Horários diferenciados ocorrem sim, pois as operações agrícolas dependem das variações climáticas, como por exemplo, chuvas, incidência de ventos, entre outros.

Qual a diferença entre engenharia agrícola e agronomia?

O engenheiro agrícola fornece soluções para as áreas de processamento agroindustrial, mecanização agrícola, incluindo aí a sistematização de uso da mecanização, bem como as áreas de energização rural, engenharia de água e solos (projetos de irrigação e drenagem) e edificações e ambiência rural. Já o agrônomo é responsável pela produção e processamento vegetal e animal, em harmonia com o ecossistema, respeitando a qualidade de vida e o meio ambiente.

Como está o mercado de trabalho pro engenheiro agrícola?

Quem trabalha com o setor agrícola tem que ter em mente as variações de mercado, que em determinadas situações limitam a oferta de vagas. Como temos cinco grandes áreas de interesse, acho que é contornável.

Cite o que você considera uma vantagem e uma desvantagem da profissão.

Para mim, a vantagem maior é o contato com a agricultura, com as pessoas envolvidas no meio agrícola e com novas tecnologias que estão sempre surgindo. Como desvantagem? Talvez quando ocorrem variações muito significativas no mercado agrícola. Claro que já temos muitas ferramentas de controle e programação, inclusive de monitoramento climático, mas ainda assim, as pessoas que trabalham ou dependem do mesmo, são afetadas.



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