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Emmanuel Paiva: engenheiro de produção lida com seres humanos

Emmanuel Paiva de Andrade | Professor

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Durante cinco anos o professor Emmanuel Paiva de Andrade foi coordenador do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF). Deixou o posto no início de 2000, mas continua dando aulas, no mesmo curso, para quatro turmas de graduação e duas de pós-graduação, além de coordenar os Núcleos de Pesquisa e de Estudos em Inovação, Conhecimentos e Trabalho (NEICT). Fez graduação, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também é diretor administrativo da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro).

O que diferencia a Engenharia de Produção das outras engenharias?

As outras engenharias são mais voltadas para a ciência, já a de produção é mais organizacional, com ferramentas de qualidade, estratégia, processos de fabricação, fundamentos de material. O engenheiro de produção é um profissional que conhece as dimensões sociais e econômicas da área onde está atuando.

Há quantos anos existe esse curso?

A engenharia de produção é a caçulinha das engenharias, que já existem há 300 anos. Deve ter por volta de 30 anos. No Brasil, a mais antiga de que se tem conhecimento é a da USP, mas que era de produção mecânica. No início dos anos 70, a UFRJ lançou o primeiro curso só de produção. Foi uma das pioneiras no Brasil. Aqui na UFF, a primeira turma se formou em 95, mas logo virou um dos cursos mais procurados dentro da Escola de Engenharia. Hoje é o curso com o maior numero de alunos.

Quais são as aptidões que um estudante deve ter para abraçar essa profissão?

A princípio: ter uma boa base matemática, pois há muitos cálculos no decorrer do curso e da carreira. Mas é importante que ele tenha ainda sensibilidade social, uma base humana para compreender que a engenharia é feita por pessoas, e, principalmente, para as pessoas, e que são elas que vão operar os artefatos tecnológicos. O aluno precisa compreender que a tecnologia é um fator imerso no social.

E como está o mercado de trabalho para esse profissional?

O mercado de trabalho é muito amplo, o enfoque é muito extenso. Desde fábricas, em que ele atua fazendo estudos de trabalho, em bancos (como o BNDES, que oferece várias vagas para esses profissionais), até Nos Correios, organizando a parte de logística de operações e distribuição, e na área de recursos humanos das empresas como as multinacionais, por exemplo.

Um conselho para quem está pensando em seguir essa carreira.

Esse profissional deve ter capacidade e curiosidade de acompanhar os avanços tecnológicos, e não só da própria área. Duas coisas muito importantes: estar aberto para as inovações e para a sensibilidade humana. Creio que a melhor definição desse profissional é a adotada pela ABEPRO:

"Compete ao engenheiro de produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia".

Qual a diferença básica entre a Engenharia de Produção e a Administração? Os dois cursos têm muito em comum?

Sim, há muitas coisas em comum. A diferença básica é que enquanto a Administração volta-se para a área de recursos humanos, a Engenharia de Produção é mais voltada para os processos produtivos em geral. Nesse curso, o aluno também estuda todas as técnicas de recursos humanos. Por isso, há até uma polêmica sobre os engenheiros de produção estarem tomando o lugar dos administradores. Não é bem assim, pois na Engenharia de produção o profissional tem uma visão mais completa de várias áreas diferentes.

Quais são as aptidões que um estudante deve ter para abraçar essa profissão?
 
A princípio: ter uma boa base matemática, pois há muitos cálculos no decorrer do curso e da carreira. Mas é importante que ele tenha ainda sensibilidade social, uma base humana para compreender que a engenharia é feita por pessoas, e, principalmente, para as pessoas, e que são elas que vão operar os artefatos tecnológicos. O aluno precisa compreender que a tecnologia é um fator imerso no social.
 
E como está o mercado de trabalho para esse profissional?
 
O mercado de trabalho é muito amplo, o enfoque é muito extenso. Desde fábricas, em que ele atua fazendo estudos de trabalho, em bancos (como o BNDES, que oferece várias vagas para esses profissionais), até Nos Correios, organizando a parte de logística de operações e distribuição, e na área de recursos humanos das empresas como as multinacionais, por exemplo.
 
Um conselho para quem está pensando em seguir essa carreira.
 
Esse profissional deve ter capacidade e curiosidade de acompanhar os avanços tecnológicos, e não só da própria área. Duas coisas muito importantes: estar aberto para as inovações e para a sensibilidade humana. Creio que a melhor definição desse profissional é a adotada pela ABEPRO:
 
"Compete ao engenheiro de produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia". 



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