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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Economia, sempre presente na vida das pessoas

Gustavo Vilela | Economista

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O economista Gustavo Vilela, 24 anos, escolheu sua carreira pela ideia equivocada de que a profissão garantia um alto retorno financeiro e se resumia a números. Com o tempo ele percebeu a responsabilidade do cargo e a gama de informações que ele proporcionava. Muito feliz com o que faz, Gustavo é analista financeiro da empresa Single Market Securities (UK) LTD, no Rio de Janeiro.

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Cândido Mendes, ele entrou rapidamente no mercado de trabalho graças a sua aplicação nas empresas em que estagiou. Mesmo sendo um otimista por natureza, ele diz que o Brasil não está passando por um bom período econômico. Dependente do capital estrangeiro, o país fica cada vez mais frágil.

Para os vestibulandos que planejam estudar economia ele manda um recado: “O estudante de economia deve estar aberto a aprender tudo da teoria econômica e assim poder desenvolver a sua visão da economia a partir da sua realidade”.

O que o levou a escolher a carreira de economista?

Na verdade eu não sabia muito bem o que era e, até a metade da faculdade não gostava muito. O que realmente me levou a ser economista foi ver minha tia (economista) ganhar dinheiro e também por achar que era uma profissão em que trabalharia com matemática. Logo que entrei na faculdade, minha tinha foi demitida e descobri que economia não era matemática e sim uma ciência social em que a matemática é apenas uma ferramenta de análise. Demorei um pouco para digerir esta ideia, mas hoje adoro o que eu faço.

Como deve ser o perfil do estudante que pretende seguir esta carreira?


O mais importante para se estudar economia é não entrar na faculdade tentando imaginar o que seja estudar economia. Primeiro porque economia não é uma verdade absoluta e, como em toda ciência, existem diferentes visões do mesmo fato em que todos estão certos. Desta forma, acho que o estudante de economia deve estar aberto a aprender tudo da teoria econômica e assim poder desenvolver a sua visão da economia a partir da sua realidade.

Como é o trabalho de um economista? Que papel ele desempenha e em que setores ele pode atuar?

Não existe um papel específico para um economista até pela sua formação. Existe sim uma imagem de que o economista é aquele cara de trabalha num banco ou no mercado financeiro. Na verdade, a economia está presente na vida de todas as pessoas, do momento que você acorda ao momento que você dorme. O trabalho do economista consiste em analisar os diversos fatores produtivos que compõe o seu “mundo”, analisar o ambiente do mundo como um todo e tentar alocar os fatores de produção de maneira a obter os melhores resultados possíveis para as partes envolvidas.

Nos últimos anos houve alguma mudança no campo de trabalho do economista?

Não sou capaz de responder esta pergunta com convicção por estar no mercado de trabalho há apenas cinco anos, mas de uma forma geral o campo de trabalho no Brasil está ficando cada vez mais especializado. Isto significa que um economista só com diploma de bacharel em economia dificilmente vai conseguir um crescimento profissional satisfatório. O mercado de trabalho como um todo está demandando profissionais extremamente capazes e que busquem sempre a educação continuada. Porém, isto é uma mudança no mercado de trabalho de uma maneira geral.

Qual a sua maior realização profissional?

Sinceramente acho que ela ainda não ocorreu. Acredito que ela esteja para acontecer em um ou dois meses.

E quanto às angústias, quais são as mais freqüentes no dia a dia de sua profissão?

Especificamente na área em que eu trabalho as principais angústias estão relacionadas com o bom desenvolvimento do negócio e com a pressão pelo trabalho de melhor qualidade no menor tempo possível. Não estou dizendo que não me sinto capaz nem que isto seja um verdadeiro incômodo, mas acredito que estes sejam o principal motivo de angústias no meu dia a dia.

A economia do Brasil melhorou ou piorou nos últimos anos?


Sem dúvida piorou. O Brasil se tornou nos últimos anos uma economia dependente de capital especulativo, geralmente de curto prazo, que procuram o Brasil pelas suas altas taxas de juros. Desta forma, o investidor coloca dinheiro no Brasil simplesmente a procura de ganhos financeiros, sem nenhum aumento ou investimento na produção. Isto acaba causando uma vulnerabilidade econômica no Brasil, fazendo com que, ao menor sinal de crise, os investidores tirem o dinheiro do país agravando ainda mais a situação. Com isso, a produção entra em declínio, aumenta o desemprego e a inflação.

Existe a possibilidade de uma crise econômica?

Não só existe com estamos vivendo uma por todos estes motivos que já disse.

Como anda o mercado de trabalho para o economista no Brasil?

Como já mencionei anteriormente, bastante especializado e procurando profissionais capazes e em constante aprimoramento.

Qual a dificuldade de um recém-formado para entrar no mercado de trabalho?

Acho que a grande dificuldade é conseguir encontrar, dentro das inúmeras opções que um economista tem, uma área em que você não apenas ganhe seu dinheiro e sobreviva, mas que não seja um martírio para você sair de casa e ir trabalhar. Isto, no entanto, não ocorre no Brasil. Por não haver emprego suficiente para todos, os recém formados não podem se dar ao luxo de trabalhar com o que realmente gostam, o que acaba gerando um grande número de profissionais insatisfeitos o que prejudica o rendimento no trabalho.

Que dicas você dá para quem está ingressando na faculdade e quer seguir sua área?

Acho que os alunos devem estar abertos para aprender TUDO e não apenas o que gosta ou o que é interessante. E, principalmente que curtam bastante porque é um período que não volta mais.



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