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Designer e Diretor de Arte: duas profissões ligadas à propaganda

Radael Junior e Vladimir Paiva | Designer e Diretor de Arte

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As formações ligadas à propaganda vêm ganhando novos interessados a cada concurso de vestibular, com as disputas deixando estes cursos entre os mais concorridos todos os anos.

As agências de publicidade são o pouso inicial para muitos destes profissionais. Conversamos com Radael Junior e Vladimir Paiva, estabelecidos em uma agência de Vitória-ES, para entender melhor como trabalha um designer (Radael) e um diretor de arte (Vladimir), apresentando as diferenças entre as duas áreas de atuação.

Faça um breve resumo de sua formação e carreira.

Radael: Eu me formei pela Universidade Federal do Espírito Santo em Desenho Industrial com ênfase em programação visual. Ainda na época em que fazia faculdade já comecei a trabalhar como designer em uma revista de surf publicada no estado. Além disso, esporadicamente, produzia ilustrações para algumas empresas de Web design e publicidade. Trabalhei também em uma agência de comunicação por um breve período. Hoje trabalho na Fire Comunicação, onde sou responsável por parte do design gráfico produzido na empresa.

Vladimir: Sou formado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), mas antes de qualquer coisa, sou um Ilustrador. Tudo que fiz foi em prol de gostar de desenhar, e que me abriu caminhos tanto para o Design, quanto para a Publicidade. Os reflexos fundamentais da Faculdade foram os contatos que tive. Falo isso, pois o que sei sobre Designer e Publicidade, devo às pessoas com quem trabalhei. Pessoas que me foram fundamentais tanto profissionalmente quanto pessoalmente, e muito estudo na busca de referências (Archive, Communications Arts, livros de marcas, ilustrações, etc...). Passei por várias agências, mas estive por mais tempo na Percepttiva Publicidade (Rio) e estou desde o ano passado na Fire propaganda (Vitória).    

O que faz um designer gráfico? Quais os desafios da profissão?

Radael: O que define um designer gráfico é a palavra projeto. Muito mais do que a manipulação de elementos estéticos (tipografia, imagens, cores etc) o designer deve trabalhar sob uma metodologia projetual bem estruturada, sempre procurando estudar os anseios e necessidades de seus clientes e, a partir desse estudo, produzir algo que melhor lhes atenda (seja isso uma peça gráfica, uma ilustração, um display de uma máquina, uma foto ou uma tipografia, além de muitas outras coisas). Deve sempre ter em mente que a sua profissão atende a outras pessoas (e não somente a ele próprio), melhorando de alguma forma sua a comunicação dessas com o mundo.

O que faz um diretor de arte? Quais os desafios da profissão?

Vladimir: Sou designer, mas trabalho como Diretor de Arte, que tem a função de passar pro papel o conceito de uma ideia, da forma mais sintética possível. Tento pensar que é como se fosse um quadro, uma pintura, um filme, só que com um prazo apertado...Talvez seja esse o grande desafio do diretor de arte... PRAZO, PRAZO!!!!

Em sua opinião, quais elementos essenciais para um bom designer?

Radael: Acho que o principal é que o profissional da área esteja antenado com o que acontece no mundo a sua volta. Outra coisa muito importante é trabalhar com informação. O máximo que ele conseguir. Se ele vai criar uma identidade visual, por exemplo, deve procurar conhecer a empresa em questão, sua história, sua posição no mercado, seus concorrentes, o que é ou não relevante no seu funcionamento, seu relacionamento com os clientes, enfim, tudo que lhe diz respeito. Se precisar conversar com o faxineiro ou com o peão de obra para saber algo, faça-o. Por sinal, o profissional de design deve procurar sempre ter contato com esses funcionários. Eles sempre têm algo a acrescentar ao projeto desenvolvido.

Vladimir: Referência e estudo. Devorar livros de bons trabalhos, como citei acima: Archives, Workbooks, Anuários e além de tudo, se ligar um tudo que possa virar idéias e formas. Ver Filmes, ir ao teatro, ler quadrinhos, livros, etc.

Como você vê o mercado de design nacional?

Radael: Conheço apenas o mercado capixaba. Nesse caso vejo que o designer tem pela frente um trabalho de divulgação da profissão, já que aqui ela é muito recente.

Sua mudança de cidade ocorreu devido a melhores oportunidades em Vitória? Você acha que o mercado dos grandes centros está saturado de designers? Como se diferenciar?

Vladimir: Minha mudança pra Vitória foi pelo salário e por uma qualidade de vida melhor. Claro que no Eixo Rio-São Paulo existem milhares de agências brigando por um pedaço no mercado, e em Vitória, o mercado está começando a expandir e já  começam a despontar grandes agências, com padrão de grandes agências do Rio-SP. Ainda não há como comparar o dinheiro investido nesse eixo com o ES, mas há um grande crescimento.

Que dicas você daria aos interessados em cursar design/ direção de arte?

Radael: Que ele procure ler muito. Desenvolver seu conhecimento o máximo que puder. Além disso, que assista a bons filmes e estude muita História da Arte. Aprenda também a vender sua profissão (já que no caso do designer, na maioria das vezes, quem vende é ele mesmo). Aprenda a se comunicar bem (tanto visualmente, com uma boa imagem própria, quanto verbalmente). O que o designer vende é comunicação, então ele deve fazer isso bem.

Vladimir: Estudar e ter referências, saber o que se faz e tentar sempre fazer diferente. Outra boa dica é sempre quebrar paradigmas. Existe uma rixa entre Publicitários e Designers, um falando que é melhor que outro. Eu penso que sou um ilustrador que faz design e Publicidade. Misturo tudo, já que uma área completa a outra.
 



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