Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Correria pela notícia

Marjorie Guedes | Jornalista

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O jornalista está sempre de olhos e ouvidos bem abertos atrás da notícia, não importa onde esteja, se está trabalhando ou não. Com o surgimento da internet, as opções ficaram ainda maiores para os jornalistas, que podem ficar conectados 24 horas do dia em suas fontes de informação. Profissional da área, Marjorie Guedes conta os prazeres do dia a dia de um jornalista, explica a importância da faculdade para o jornalista e ainda analisa o papel da internet na profissão.

Como é o dia a dia de um jornalista?

Bom, é uma grande correria. Uma corrida contra o tempo sempre, aonde parece que nunca vai dar tempo e uma grande conquista a cada momento que nos vemos conseguindo entregar uma matéria a tempo. Estou nessa profissão por acaso, nunca havia cogitado a carreira no meu dia a dia. Sou também atriz profissional, formada, só que aos 25 anos senti falta de ter uma faculdade e escolhi o jornalismo, e quando tive a oportunidade de conhecer o que um jornalista fazia, me apaixonei por tudo. Na empresa em que trabalho, no momento, estou envolvida também com produção, mas é incrível como a produção e o jornalismo se complementam.

A faculdade de jornalismo é importante para o desenvolvimento do profissional?

Bom, eu cursei e me formei na Facha e, no meu caso, foi muito importante, pois como nunca havia passado pela minha cabeça de um dia me tornar jornalista, foi na faculdade que tive a oportunidade de conhecer realmente o que e como fazer e também, o mais importante, o que não se deve fazer. Então, eu acho que a faculdade é sim, de fato, importantíssima para o profissional. Mas, uma coisa é verdade: só aprendemos mesmo na prática, como tudo na vida.

O surgimento da internet deixou o trabalho mais fácil para o jornalista ou aumentou o trabalho?

Olha, acho que os dois. Tornou o trabalho mais fácil pelo acesso às informações mais diversas, e justamente por isso, somos mais cobrados. Porém, aumentou o trabalho de filtrar e verificar a veracidade das informações. Na minha opinião, o maior vilão pro jornalismo é o “ctrl c + ctrl v”, o famoso copia e cola. Isso sim prejudica um pouco o trabalho.

Outra questão relevante que a internet trouxe é a do profissional que, antes vinculado a um determinado jornal/veículo, precisava se policiar ao tratar de determinados assuntos, e agora pode falar abertamente em seu blog ou site. Com seu próprio canal, ele agora lança sua opinião sem se preocupar com a linha de pensamento do veículo para o qual está escrevendo.

Quais são as características necessárias para o profissional se tornar um bom jornalista?

Não existe receita básica. Mas, pra mim, o fundamental é a pessoa gostar do que faz. Partindo desse princípio, o céu é o limite!  Mas pra ser um bom jornalista, precisa ler, ler muito jornal, saber escrever, aprender a respeitar os famosos deadlines, enfim, não dá pra listar. É necessário entender as prioridades da rotina e respeitá-las sempre.

Como está o mercado para quem está se formando em jornalismo?

Difícil. Muita gente boa tem se formado, mas o mercado ainda é muito escasso para a quantidade de pessoas que se forma por ano. A tendência tem sido uma grande adaptação do profissional em outras áreas. Trabalho é o que não falta. Agora, o que cresceu bastante para a comunicação social foi a oferta de concursos públicos. Só que, como qualquer concurso, tem muita gente buscando bons salários e estabilidade financeira. Os cursinhos particulares, pelo menos, devem estar conseguindo esta estabilidade, pois não são nada baratos (risos).

Quais são as perspectivas para o futuro na área?

Uma grande diversidade jornalística. Tem sido comum uma articulação em torno de uma reformulação geral, tanto nas questões visuais, como de linguagem resultando numa forma mais atual e dinâmica de se estabelecer a comunicação  com leitores/espectadores, em que estes passam a reagir quase que instantaneamente aos estímulos, provocando um feedback imediato. E a internet é a grande motivadora dessa mudança enorme nos meios. Pra se tentar entender o que pode ser o futuro precisamos ver o que está acontecendo agora. Muitos tentam falar na extinção do jornal impresso, no fim da televisão, no fim do cinema. Mas todos esses veículos ainda existem, sobrevivem e se reinventam. E o futuro é isso, à medida que surgem novos pensamentos, novas formas de se expressar, tudo se adapta, e com o jornalismo não será diferente.



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