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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Comunicação Social com foco em Publicidade e Propaganda

Julianna Guimarães | Comunicação Social

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Formada em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso, no RJ) com MBA/Pós Graduação em Marketing pelo Coppead /UFRJ, Julianna Guimarães, nos primeiros seis anos de sua carreira, trabalhou em agências de propaganda de médio a grande porte. Sua experiência se estendeu da área de Atendimento e Planejamento às áreas de Contas de Varejo, Consumo e Institucionais. Fez trabalhos para empresas como Duloren, Banco Boavista, Editora Bloch, Pontapé, Yen e Daissen (concessionárias da Mitsubishi Motors), Casa&Vídeo, Funarte, CEL-Centro Educacional da Lagoa, SINAF Previdência, entre outras.

Depois, Julianna passou para “o outro lado do balcão” e virou cliente. Quis deixar de ser fornecedora porque já acreditava que apenas anúncios, filmes para TV, spots de rádio, enfim, a mídia convencional, que tradicionalmente as agências de propaganda fazem, não é suficiente para a construção de uma marca. Ela entende que uma boa estratégia de comunicação deve passar necessariamente por outras ferramentas de comunicação, como eventos, endomarketing, treinamento de funcionário, relações públicas (RP), investimento social e cultural. Daí buscar um ambiente/empresa em que pudesse ter contato com tudo isso.

Assim, o primeiro passo foi trabalhar num escritório especializado em Planejamento Estratégico de Marketing e Comunicação. Na Planning Projetos de Marketing e Comunicação teve um ótimo aprendizado sobre Estratégias de Comunicação. Enquanto isso, Julianna investiu numa especialização no Coppead, pois sabia da importância de ampliar sua formação. Há oito anos ela trabalha na Fundação Roberto Marinho e há três, responde pela comunicação do Canal Futura, que envolve propaganda, publicidade, eventos, relacionamento com parceiros (Relações Públicas), pesquisas de mercado, promoções, etc.

Como você descobriu sua vocação?

Não fiz testes vocacionais e nem tive na família ou no grupo social alguma influência direta. Como eu sempre gostei de me comunicar, achei que, por ser uma pessoa “tagarela”, Comunicação combinava comigo. Mas, não é bem assim. Ser tagarela ou ser uma “pessoa criativa” não é suficiente para trabalhar em comunicação. Criativo é preciso ser em qualquer profissão, mas, para Comunicação  é preciso mais: saber se expressar, se colocar, defender com bons argumentos suas ideias, já que, em geral, se trabalha com persuasão, seja para vender um produto, seja para convencer internamente sobre uma nova ideia ou convencer o público-alvo, final, sobre seu produto.

Que aptidões e interesses um aluno de Publicidade e Propaganda deve ter?

Aptidões com imagens (fotos, vídeos, manipulações), textos, internet (boa navegação, bom faro, busca de novos ambientes de navegação e interação), aptidão no  relacionamento com pessoas. Interesse por cultura geral, pela cultura brasileira, por cinema, por teatro, por leitura (demasiadamente!). Interesse pelo coletivo, pelos anseios das pessoas. Ser curioso e investigativo do comportamento humano, conseguir estabelecer uma visão antropológica do comportamento humano.

Onde esse profissional pode trabalhar?
 
Agências de propaganda, escritórios de designer, produtoras de vídeo, empresas de eventos, empresas (nas áreas de Marketing, Comunicação e Relações Públicas), TVs e Rádios (nas áreas Comerciais ou de propaganda).

Existem características especiais no trabalho desses profissionais como horário, ambiente e local de trabalho, forma de se vestir, etc.?

De modo geral, todo o mercado de trabalho na área de Comunicação é bem informal no vestir, é bem flexível na carga horária. Normalmente se tem um horário que pode oscilar na entrada e na saída. Há dias que dá para se “cumprir” um horário mais certinho, mas há outros que se fica até mais tarde por conta de algum trabalho de virada. É muito comum também o trabalho de fim de semana, por causa de algum evento ou de um trabalho que surgiu. Como se costuma dizer, essa não é uma área que “se bata ponto”.

No trato com as pessoas, o ambiente também é bastante informal. Não existe muito “senhor”, “doutor”... As pessoas se chamam pelo nome, seja o presidente, o diretor ou o office boy da empresa. Tudo é bem descontraído, bem informal.

Como anda o mercado de trabalho para esse profissional?

Em agências de propaganda especificamente é mais difícil de ingressar pois trabalha-se muito com indicação, embora isso não seja um empecilho para ingressar no mercado. Eu mesma, por exemplo, entrei sem conhecer ninguém. Na época fiz a prova para seleção de estagiários que a J.Walter Thompson promovia (não sei se ainda promove). Fui bem nas provas e entrei. Em empresas não é tão difícil entrar, pois há programas de estágio e de trainee em diversos lugares, portanto ter alguém conhecido nessas empresas não é uma premissa para o ingresso no mercado de trabalho. É muito importante buscar um estágio logo no início do curso para ganhar experiência e fazer contatos. Como esse mercado é muito ativo, é muito comum você ir mudando de uma empresa para outra.

Uma área que está muita aquecida é a de WEB / Internet. Tudo que diz respeito à criação, produção, implementação, novas ideias na chamada “era das Novas Mídias” está “bombando”!

Quantos anos de curso e quais as matérias consideradas fundamentais para a prática profissional ?

Os cursos de Publicidade, Propaganda, Radialismo, Marketing e Desenho Industrial, que são os mais procurados para trabalhar no mercado de Comunicação, duram em torno de 4 anos. As matérias fundamentais são aquelas ligadas à marca, planejamento de comunicação, mídia, produção gráfica, criação, novas mídias, ou seja, que dão uma visão genérica de tudo.

Que cursos paralelos ou habilidades ajudam a decolar na profissão?

Com certeza cursos complementares ajudam. Sempre. Acredito inclusive que isso aconteça em qualquer profissão. Na área específica de Comunicação, cursos de programas de imagem e vídeo (exemplos: Adobe, Ilustrator, Corel Draw, Photo Shop, After Effects, Final-Cut); cursos de Produção Gráfica; cursos ligados à produção de eventos, cursos ligados à criação e realização para o ambiente de Internet, são sempre boas opções de conhecimento. Fazer tais cursos pode ser um diferencial para desempate de um candidato no momento de uma seleção / entrevista.

Que conselhos você daria para os interessados na área?

A área é bastante ampla, há oportunidades em vários segmentos e em diferentes portes de empresa. Das menores às maiores sempre há uma área de Comunicação.

Dependendo do porte da empresa as funções são mais divididas, com as pessoas fazendo tarefas específicas. Por exemplo, se uma empresa é grande, as áreas de propaganda, mídia, endomarketing, marketing, eventos, relações públicas, investimento social ou cultural, são separadas - embora dentro de Comunicação -subdivididas, com cada profissional fazendo só uma natureza de atividade.

Há, por outro lado, as empresas que concentram mais atividades num profissional só. Assim, uma mesma pessoa cuida da propaganda, dos eventos, da relação com a imprensa, do marketing da marca, da presença na WEB.

Acredito que isso seja uma ótima oportunidade para se renovar ao longo da carreira: mudar de tarefa para não enjoar, ter novas oportunidades de atuação e consequentemente mudar de cargo e de salário. Enfim, acho que é uma área que abre muitas portas de atuação. Por tudo isso, quanto antes começar melhor. A dica que eu deixo, por experiência própria, é que o graduando busque um estágio logo no início da faculdade, entre o 3º e 4º períodos, viva o mercado na prática para quando estiver perto de se formar ter mais bagagem para escolher de fato a área da Comunicação que quer atuar.
 



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