Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Carinho com pacientes é fundamental

Marcos Ventura | Médico

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Com apenas 26 anos, e um ano e quatro meses de formado, o médico residente Marcos Ventura, que está se especializando em pneumologia não gosta de ver a mecanização da medicina.
Ele se queixa da maneira como muitos médicos tratam seus pacientes, esquecendo o laço de confiança e amizade que deve haver entre os dois. Sentimentos são substituídos por exames intermináveis que às vezes não resolvem o problema.
A rotina estressante de muitos empregos também prejudica o bom trabalho do médico. Mas para ele, com o mercado dos grandes centros saturado, esta é a única saída. Marcos se divide entre o trabalho em dois hospitais e ainda faz plantões de fins de semana.

Por que você escolheu cursar Medicina?

Sempre gostei de trabalhar com pessoas e desde garoto tenho essa vontade. Uma vez houve um problema de saúde na minha família e me interessei ainda mais pelo assunto.

O que levou você a se especializar em pneumologia?

Quando se está no meio médico você tem contato com diferentes áreas e a pneumologia me interessou porque é um campo bem aberto. Queria fazer algo que tivesse a ver com oncologia, mas de uma forma mais ampla. A pneumologia trata de asma, tuberculose, bronquite, pneumonia e há muita pesquisa para quem decide seguir a área acadêmica.

Como deve ser o perfil de um estudante que pretende seguir esta carreira?

O profissional tem que ser humano e ter muito carinho com as pessoas. Infelizmente nos últimos anos o que se vê são médicos querendo faturar e pouco escutam o paciente. São consultórios lotados e é mais fácil encher o paciente de exames do que conversar com ele sobre seu problema. Saber suas angústias, dar conforto, enfim, a verdadeira relação que médicos devem ter com seus pacientes.

Quais as mudanças que ocorreram no campo da Medicina nos últimos anos que facilitaram sua área de atuação?

As mudanças foram boas e muitas. Existem muitos equipamentos e medicamentos que ajudam a diagnosticar e tratar o problema, mas volto à questão de que isso não basta. É preciso que o médico converse com seu paciente.
 
Qual é sua maior realização como médico?

A realização vem a cada dia. Estou formado há um ano e quatro meses e ainda pretendo fazer um mestrado. Tem muitas coisas que trazem felicidade como ver a recuperação de um paciente.
 
Como anda o mercado de trabalho para o médico no Brasil?

Em muitos estados do nordeste e no interior do Brasil há lugares precisando de médicos. Nos grandes centros o mercado está saturado e o que se oferece são plantões que pagam pouco e que, se você recusa, logo tem outro querendo. Um programa interessante que é levar o médico para o interior do Brasil poderia dar certo se o salário fosse bem remunerado.
 
Como é o retorno financeiro na sua profissão?

O nordeste, por exemplo, paga-se três ou quatro vezes mais do que nos grandes centros, como Rio e São Paulo. O salário por aqui está muito baixo e o médico tem que ter muitos empregos para ter uma situação financeira boa. E aí ele fica exausto e pode até fazer um diagnóstico errado. Geralmente quem atende em consultórios consegue ter uma renda fixa.

Qual a principal dificuldade que o recém-formado enfrenta para entrar no mercado de trabalho?

O que acontece é que tem muita gente procurando emprego e se aparece alguém que tenha um pouco mais de experiência acaba pegando a vaga. É importante estar sempre estudando e atualizado.

Que dicas você daria para quem está ingressando na faculdade e quer seguir a sua área?

Quando a pessoa começa medicina ela não tem noção da sua especialização. Ela acaba decidindo quando tem contato com a matéria, mas ela deve se dedicar, estudar muito e passar o máximo de carinho e respeito ao seu paciente.



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