Profissionais de Sucesso

Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

Boa formação garante as melhores oportunidades em mercado que está na moda

Luís Carlos Moreira Rocha | Publicitário

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Luís Carlos Moreira Rocha praticamente nasceu no meio de anúncios e peças publicitárias. Com isso, desenvolveu um olhar especial para as artes visuais. Foi o que o conduziu para um mercado que hoje está muito em moda entre a garotada: o design gráfico.

Luis Carlos foi editor de arte do Jornal do Brasil por mais de 12 anos, e trabalhou para grandes empresas como a Coca-Cola. Ele viveu de perto a transformação que a informática provocou nas redações e como os profissionais que faziam a parte gráfica dos jornais e revistas - os diagramadores e editores de arte - tiveram que se preparar para a nova realidade da profissão a partir da chegada do computador.

Nessa entrevista, o designer fala da profissão, do mercado de trabalho e das aptidões que a pessoa deve ter para fazer essa escolha. Confira.

O que fez você se decidir pela profissão de designer?

Não foi difícil pois fui criado em um ambiente propício para desenvolver essa aptidão. Em minha casa, sempre convivi com pincéis, tintas, desenhos e peças gráficas como layouts de anúncios e de diversas publicações. Meu pai era diretor de arte de agência de publicidade e de empresa editorial. Além disso, ele e minha mãe pintavam nas horas vagas.

Onde você estudou? O que você acha importante priorizar na hora de escolher a faculdade?


Me formei pela PUC do Rio de Janeiro. Na hora de escolher em qual faculdade/universidade estudar deve-se levar em conta a tradição da instituição como um todo e, em específico, as condições que o curso escolhido oferece, tais como quais são as disciplinas oferecidas, quem são os professores, salas, oficinas e laboratórios, equipamentos etc. Uma visita a cada uma das instituições é fundamental para verificar esses itens, além de conversar com profissionais formados por elas.

Que habilidades você destacaria como fundamentais para quem quer seguir nessa área?

Os mais importantes são: raciocínio abstrato, visão espacial, sensibilidade estética e noções básicas de desenho. Essas características são muito importantes para o futuro designer.

Qual a diferença entre o trabalho de quem vai para o jornalismo, e de quem escolhe a publicidade?

As linguagens são bastante distintas: a publicidade valoriza muito a forma e utiliza a persuasão e o apelo formal como elementos primordiais. Já o jornalismo privilegia o conteúdo e precisa comunicá-lo com consistência, clareza e concisão. Ou seja, a forma é muito importante para ambas as atividades, porém em publicidade a forma supera em muito o conteúdo e no jornalismo ela está (ou deveria estar) a serviço de se obter a melhor comunicação possível. Diria que é bastante difícil encontrar um mesmo profissional que trabalhe bem com as duas linguagens, tal a diferença de objetivos e recursos que elas empregam.

Em qual dessas áreas você acumulou mais experiência? Por quê?

Na área de jornalismo, pois trabalhei em empresa jornalística nos últimos 12 anos. E neste período fiz muitos contatos e surgiram diversas oportunidades de trabalho na área editorial, que é bem ampla, envolvendo a produção de revistas, newsletters, livros, etc. Por isso, acabei me envolvendo mais nesta área, mas, sem dúvida, isso não teria acontecido se eu mesmo já não tivesse uma vocação maior para essa atividade.

Como está o mercado de trabalho hoje?

É uma situação paradoxal, pois devido a praticamente todas as empresas desenvolverem atividades de comunicação visual que necessitam da participação do designer, o mercado deveria ter maiores oportunidades. Infelizmente, ainda não está acontecendo na proporção desejada. Isto porque, em geral, o empresário brasileiro, na busca incessante por custos, recorre à mão de obra mais barata, não especializada e não preparada adequadamente para o desempenho dessa atividade.

O que aconteceu na rotina de vocês, designers, com a introdução do computador no dia a dia da profissão?

Primeiro, tivemos que aprender rapidamente como utilizar os programas. Saímos do concreto para o virtual, e isso exigiu uma mudança total nos procedimentos. Depois, a situação se agravou bastante no mercado de trabalho, pois com a introdução da informatização nesta área, com um computador de perfil doméstico e alguns programas gráficos, qualquer pessoa passou a desenvolver nosso trabalho.

É óbvio que a qualidade desta "produção" é discutível, mas parece que a miopia de alguns empresários não lhes permite perceber. Basta olharmos à nossa volta para atestar a baixa qualidade de muitas peças gráficas (cartazes, revistas, folhetos, homepages etc.). Mas por outro lado, isso mostra também como é importante investir na boa formação, que poderá dar ao futuro profissional o fator diferencial que lhe abrirá as portas para as melhores oportunidades de trabalho.

Se tivesse que começar hoje, que vertente do design gráfico escolheria?

A internet, pois ela abriu muitas possibilidades para o designer. Recentemente passou-se a valorizar a forma de apresentação nos sites e homepages e, por consequência, a importância de um novo profissional especializado: o webdesigner. É para essa área que eu direcionaria minha formação, como, aliás estou fazendo. Mas não abriria mão, por questões de afinidade e de mercado de trabalho, de atuar por um período nas áreas editorial e de imagem corporativa (a identidade visual das empresas /instituições e todas as suas decorrências, tais como a criação de marcas e logotipos, de projetos de sinalização).


O que você está fazendo hoje em dia?

Estou trabalhando em áreas de que mais gosto: editorial, com projetos de publicações diversas (revistas e newsletters); imagem corporativa, atendendo a clientes tais como uma empresa de eventos e uma instituição cultural em todas as suas necessidades de comunicação com seu público (cartazes, boletins, folders, identidade visual para eventos, relatórios, etc.); e internet, com projetos para sites e homepages.



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