Ana Albano Amora é arquiteta desde 1978 e a partir de então tem se envolvido cada vez mais com desenvolvimento e planejamento urbano. Assim, tornou-se Mestra e Doutora, sempre focada em urbanismo, seja no trabalho de pesquisa ou participando de projetos como o de diagnósticos ambientais e tecnologias alternativas de saneamento em áreas de baixa renda, realizado junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente. Ana Amora também integrou a equipe técnica do Projeto Corredor Cultural, de preservação do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro.
Ela é professora adjunta no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, desde 1993, onde coordenou o Laboratório de Documentação e Acervo, dedicado à pesquisa da arquitetura e do urbanismo regional, e integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História, Urbanismo e Arquitetura da Cidade. Atualmente encontra-se cedida à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, além de atuar como pesquisadora de vários grupos de estudos sobre Arquitetura e Urbanismo.
Veja o que Ana Amora tem a dizer sobre a carreira de arquiteto...
O que o candidato ao curso de Arquitetura deve trazer como "bagagem"?
Acredito que para o estudante em arquitetura e urbanismo o principal é treinar o “olhar”, para tal precisa criar um repertório e assim o estudo da História da Arquitetura do Urbanismo e das Cidades é fundamental. Isso sem negligenciar o treino do desenho de observação à mão livre, o que possibilita também a compreensão do objeto arquitetônico no seu contexto.
Quantos anos leva para se formar um arquiteto?
São muitos os anos de formação! Digo que o curso e a carreira requerem muita paixão e um treino ininterrupto... Alguns arquitetos só chegam à maturidade e a uma linguagem projetual própria depois dos 50 anos. É o caso de Frank Gehry, autor do Museu Guggenheim de Bilbao, que foi um verdadeiro sucesso. Isso não quer dizer que você não tenha sucesso financeiro e profissional, mas para ser uma estrela na constelação arquitetônica, um arquiteto premiado, o caminho é longo.
Quais são as opções profissionais para o arquiteto?
Há muitas especializações! Desde aquelas de cunho acadêmico até a prática de ateliê. Algumas áreas como a hospitalar, são superespecializadas. Os cursos de pós-graduação são mais de cunho acadêmico, mas também têm suas especificidades e vale se direcionar a uma área de pesquisa dentro do que se pretende trabalhar. Na graduação acho que o estudante deve fazer um pouco de tudo, inclusive para ter uma ideia da área onde pretende atuar. Desde iniciação cientifica, monitoria como estágio em escritório de arquitetura e urbanismo.
Em que tipo de empresa o arquiteto pode trabalhar?
Em muitas! Os arquitetos têm uma formação ampla. Podem trabalhar em empresas de engenharia pesada, como em pequenos ateliês voltados para arquitetura de interiores, passando pelo ensino e pesquisa, patrimônio e restauro. Assim podem atuar desde empresas privadas de construção até organismos estatais e de ensino.
Como está o mercado de trabalho para esse profissional? Existe alguma especialização mais procurada pelo mercado?
O mercado hoje em dia para qualquer profissional é bem mais complicado do que quando me formei – nós saíamos empregados. Mas o profissional que investe na sua formação – o bom profissional - este tem mais chances. No interior, sempre se tem mais necessidade de profissionais, entretanto acho que no início da profissão vale ainda trabalhar junto a profissionais com mais experiência para adquirir mais prática.
É difícil arrumar estágio? E emprego?
Estágio é fácil! Principalmente para o aluno que domina as ferramentas de desenho no computador. Emprego... bem isso é uma coisa que, como disse, depende da formação e do empenho do profissional. Minha orientanda de graduação – ótima aluna e profissional - colocou o currículo e cartas de apresentação e bateu à porta de alguns escritórios paulistas e está empregada.
Qual a perspectiva salarial?
Não tenho ideia do salário inicial. O estagiário ganha por volta de R$ 300 a R$ 500.
Como a arquitetura está muito próxima da arte e também do dinheiro existe um certo glamour associado à profissão. O que tem de real e de fantasia nessa percepção?
O real é muito trabalho e investimento! Você falou certo, aí está o nó da arquitetura: ela é arte e é técnica e fazer bem as duas coisas não é fácil. Mas quem faz isso e tem aptidão para a carreira, participa de concursos e premiações, pode chegar – trabalhando muito - ao star system, pelo menos no nosso país. Bem, um pouco de sorte também é fundamental, mas um caso como o do Oscar Niemeyer – que recebeu inúmeras obras públicas no inicio de sua carreira - não é mais possível. Só para se ter uma ideia, dos muitos e excelentes arquitetos brasileiros que temos ao longo da nossa História da Arquitetura, só dois – Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha - alcançaram a honraria do prêmio Pritzker, o Oscar da arquitetura. Porém, inclusive os laureados, nem sempre fazem uma boa arquitetura.
Ozana Hannesch
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