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Arqueologia: profissão ainda pouco conhecida

Deisi Farias | Arqueóloga

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A arqueologia é uma formação ainda desconhecida da maioria dos estudantes, embora desperte curiosidade especialmente devido a personagens carismáticos como Indiana Jones e outros filmes de sucesso.

Para entender melhor esta fascinante carreira, entrevistamos a profissional Deisi Farias.

Deisi é graduada em História pela UNISUL/TB/SC e fez especialização em História e Geografia pela mesma instituição. Depois, concluiu o Mestrado e doutorado em História com área de concentração em Arqueologia, na PUCRS, onde pesquisou os grupos caçadores-coletores da Mata Atlântica de Santa Catarina, definindo seu padrão de assentamento, mobilidade e demais pontos importantes para definir a ocupação da encosta de Santa Catarina.

Por que você decidiu ser arqueóloga?

Desde a graduação sentia atração pelo estudo dos povos indígenas brasileiros. Quando professora sempre levava os alunos para visitar os sítios próximos da escola, ou em municípios vizinhos.

Um arqueólogo trabalha no lugar de pesquisa o tempo todo?

Não, fazemos o trabalho de campo e a maior parte do nosso trabalho é em gabinete, quando realizamos análise dos dados dos materiais coletados em campo; catalogação, higienização e análise do material arqueológico resgatado, como lítico cerâmico, ecofatos, bioantropológicos, entre outros.

Que profissões interagem com a arqueologia no cotidiano?

História, Geografia, Biologia, Geologia, Pedagogia e Ciências Sociais são as profissões com maior contato diário com a arqueologia.

Onde estão as melhores oportunidades no Brasil? É preciso sair do país para qualificação?

Temos boas universidades no Brasil, como a PUCRS, UNISINOS, FURG e UFPEL noSul do Brasil.

Em outras partes do Brasil temos bons cursos na USP e MN/UFRJ.

Filmes como Indiana Jones colaboram ou prejudicam a imagem dos profissionais?

Se por um lado ele difunde a imagem do profissional em arqueologia, por outro ele distorce o nosso objeto de estudo, que não é a cultura material propriamente dita, mas as relações sociais imbricadas na produção desses materiais.

Que dicas você deixaria aos interessados em seguir a formação?

Os interessados devem ter como foco a pesquisa e a preservação dos sítios arqueológicos, entendendo que somente com pesquisa de qualidade poderemos entender o passado pré-colonial brasileiro.

O primeiro passo para isso é estudar muito e ir a campo, para conhecer a diversidade das paisagens e populações que ocuparam nosso país.



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