Em tempo de internet e tecnologia de ponta, ou museus parecem ser o tipo de espaço condenado ao esquecimento? Pelo contrário! Estes espaços fazem cada vez mais sucesso com as crianças e preservam nossa história e nosso passado. A tecnologia, em vez de substituir o prazer de uma visita presencial, ajuda a torna-la mais atraente e rica em detalhes. Conversamos com Maria Angélica Mayall para entender melhor a formação em museologia. Neta do colecionador de arte Jaime Leal Costa, ela passou a infância ouvindo as histórias sobre os objetos de arte da casa do avô.
Acabou estudando História na Pontifícia Universidade Católica do Rio e Museologia na Unirio. Hoje, ela é museóloga conservadora do Museu Villa-Lobos. Por 15 anos, trabalhou como responsável pelo processamento técnico do acervo do Museu da República. Também já foi chefe de educação do Museu Histórico Nacional e da Superintendência de Museus da Funarj.
Ela conta que só estudou História porque na época não sabia da existência do curso de museologia, mas não se arrepende de ter cursado a primeira faculdade. Pelo contrário, acha que o curso de História lhe deu uma ótima base para aproveitar a segunda faculdade. Entre as matérias que ela estudou, estão: História das artes, antropologia, técnicas de processamento e conservação de acervo.
O que a levou a escolher museologia?
Passei a infância entre objetos de arte. Meu avô comprava uma peça e me explicava tudo sobre ela. Eu cresci nesse ambiente e sempre soube que faria algo nessa área. Mesmo quando ainda estudava História, eu sempre buscava estágios em museus.
Como está o mercado de trabalho para o recém-formado em museologia ?
A situação é complicada. No Brasil, a maioria dos museólogos trabalha em órgão públicos porque quase todos os museus estão ligados ao Ministério da Cultura e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O campo de trabalho para o museólogo aumenta com a valorização da arte brasileira no exterior ?
Sim. A tendência é termos cada vez mais trabalho e passarmos a montar uma exposição considerando a possibilidade de ela vir a rodar o mundo. O que falta na nossa área não é trabalho e sim emprego. Estamos sobrecarregados de trabalho. Eu gostaria de ter hoje mais três pessoas trabalhando comigo.
Quais as habilidades que o estudante de museologia deve tentar desenvolver no seu dia-a-dia ?
Não existe uma fórmula para montar uma exposição ou aprender a trabalhar com acervo. O museólogo sempre terá que ter muita cultura geral e saber aliá-la à técnica. Ao analisar um objeto de arte, ele deverá ser capaz de buscar nos livros as informações necessárias para datá-lo.
Que tipo de conhecimento o estudante deve buscar além do que está no currículo da faculdade ?
O conhecimento de línguas é fundamental para o estudante de museologia, principalmente o inglês e o francês.
Ozana Hannesch
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