Patrícia Pitta de Abreu, formada em Medicina há dois anos, ainda lembra bem de como se decidiu pela área e do estresse do vestibular. Não fez o convencional teste vocacional, mas se dispôs a pesquisar e a avaliar pessoalmente o curso com a qual parecia se identificar.
Mas, na hora H... vacilou! O estresse e o medo de perder um ano de muito estudo levou-a a se inscrever no vestibular para Fisioterapia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), justamente a universidade pública na qual fez o número de pontos necessários para entrar em Medicina...
Sobre este aprendizado e o curso de Medicina é que ela nos fala nesta entrevista...
Formação e experiência profissional
Formei-me em Medicina em dezembro de 2003 pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques/RJ. É uma faculdade particular, que oferece bolsas de até 30% e planos de financiamento das mensalidades para serem pagos após a formatura.
Em 2004, iniciei a residência médica na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Agora vou para o terceiro ano da residência e estou começando a trabalhar com ultra-sonografia.
A hora da escolha
Optei por fazer Medicina no segundo ano do colégio. Sempre gostei muito de Química e Biologia e cheguei a pensar em fazer Engenharia Química, porém, em pouco tempo, percebi que não tinha nada a ver comigo; foi quando uma amiga do colégio me falou que a irmã tinha acabado de entrar na faculdade de Medicina.
Comecei então a acompanhar essa menina algumas vezes quando ela ia pra faculdade. Conheci o Anatômico, conversei com outros alunos e com alguns médicos, e a partir daí resolvi fazer Medicina. Não cheguei nem a fazer teste vocacional.
Mudanças em cima da hora e arrependimento
No meu primeiro vestibular em 1996/1997, não passei em nenhuma faculdade (nem as particulares). Na verdade, eu não tinha noção de o quanto era difícil e achava que entraria tranqüilamente para uma faculdade particular, o que não aconteceu! Entrei então num cursinho (Miguel Couto) e comecei a estudar muito, fiquei até meio estressada...
Daí, resolvi fazer Fisioterapia e fiz inscrição para a UFRJ. Essa foi uma das maiores besteiras, porque fiz pontuação pra Medicina e não pude entrar!!! Acabei não passando em nenhuma outra faculdade pública, embora tenha ficado muito perto. Passei para a Gama Filho e para a Souza Marques e optei pela segunda por ser mais perto (no Catete). Agora a Souza Marques foi transferida para Cascadura.
Acho que quem quer fazer Medicina deve insistir até conseguir entrar porque a maioria das pessoas que eu conheço que optou por outra carreira porque não conseguiu passar para Medicina, se arrependeu e, agora, está tentando vestibular de novo.
O curso de MedicinaA faculdade de Medicina tem duração de 6 anos, sendo que os dois últimos são de internato, que é um tipo de estágio supervisionado no qual os alunos passam por várias especialidades, sendo obrigatório fazer Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia.
Depois que você se forma, pode fazer Residência, que não é obrigatória, é um tipo de pós-graduação remunerada pelo MEC. Atualmente, a bolsa de residência é de cerca de 1.400 reais. Para entrar na Residência, é como se fosse outro vestibular: você faz prova para diversos hospitais na especialidade que escolheu.
Quem não faz Residência pode fazer pós-graduação (algumas são de graça, outras são pagas) ou trabalhar em hospitais de emergência, por exemplo. Não é difícil arrumar emprego, geralmente pessoas conhecidas te levam para trabalhar em determinado lugar, os empregos são mais por indicação.
Durante a faculdade é difícil trabalhar porque o curso é em tempo integral e ainda precisa tempo pra estudar. Há estágios em hospitais de emergência e CTI, que geralmente o pessoal começa a fazer a partir do quarto ou quinto ano, mas a remuneração, quando existe, é baixa (cerca de 400 reais).
Escolha da especialização (nova decisão!)
A especialidade que escolhi, como citado, foi Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Pensei em fazer diversas coisas na faculdade: Cardiologia, Anestesia... mas sempre acabei mudando de idéia. Muitas pessoas não sabem o que o Radiologista faz de fato. Ele é o profissional que interpreta e sugere o diagnóstico para o médico assistente, baseado em exames como Raio X, Mamografia, Ultra-sonografia, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.
É uma especialidade muito legal, pois você estuda todas as partes do corpo, e para poder correlacionar com as imagens que está vendo é necessário o conhecimento das patologias que acometem aquele determinado órgão! Não é apenas descrever imagens como algumas pessoas pensam.
Outra vantagem é que o radiologista pode optar por ter um horário mais convencional de trabalho, e não fazer plantões, por exemplo. Ideal para pessoas que querem ter um estilo de vida mais tranqüilo. Mas não pensem que é moleza porque se trabalha muito!
Vantagens e desvantagens da Medicina
A principal vantagem de ser médico é ter sempre emprego, mesmo que a remuneração não seja a ideal. Os principais problemas da profissão são relacionados, a meu ver, às dificuldades de condições de trabalho, como falta de material, e às remunerações que, pelo grau de responsabilidade exigida de um médico, deveriam ser bem mais altas.
Ozana Hannesch
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