Você é a sua voz. Essa frase clichê é uma maneira resumida de dizer uma verdade bastante conhecida pelos fonoaudiólogos. A de que a voz não é algo isolado do corpo humano, mas resultado direto dele e de seu estado de saúde. A fonoaudióloga Denise Maria Vasconcelos Gonçalves escolheu essa profissão um pouco por acaso - ela cursava Educação Física quando teve um problema no joelho e acabou mudando de curso - , mas se apaixonou pela área de tal forma que emendou vários cursos de especialização logo depois de se formar.
Na semana que vem, ela estará participando como coordenadora de Três Rios na Semana Nacional da Voz, um evento que vai ocorrer em todo o Brasil e visa a conscientizar a população sobre o uso da voz e a necessidade de procurar um especialista quando ela começa a falhar. É por falta deste tipo de atitude que o Brasil é hoje o vice-campeão em câncer de laringe, com oito mil casos por ano. "Se as pessoas fossem a um fonoaudiólogo assim que detectassem alguma alteração na voz, o problema poderia ser revertido a tempo", diz Denise.
Denise formou-se em 1983 na Universidade Católica de Petrópolis e fez Pós-Graduação em Motricidade Oral no Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica (Cefac). Atualmente, ela atende numa clínica em Três Rios, Estado do Rio de Janeiro.
Como você decidiu que queria estudar fonoaudiologia?
Foi um pouco por acaso. Eu estudava Educação Física em Volta Redonda e jogava vôlei. Até que rompi um ligamento e não pude mais jogar. Naquela época, não existia cirurgia para este tipo de problema. Pensei então em fazer fisioterapia, mas as aulas só começariam em seis meses. Como eu não queria ficar um semestre sem estudar, entrei em fonoaudiologia. Minha intenção era ficar só o tempo suficiente para conseguir a transferência para fisioterapia. Mas eu me apaixonei pelo assunto e não quis mais largar.
O que lhe atraiu nesta profissão?
Comecei a descobrir problemas que eu sempre tive, mas que até então eu desconhecia. Percebi que eu poderia melhorar a mim e aos outros. Por exemplo, eu sempre fui respiradora bucal. Quando era pequena, gostava de todos os esportes, exceto natação. Acabei descobrindo o porquê disso. Uma pessoa que tem dificuldades para respirar não consegue fazer natação. Saber respirar é um das coisas mais importantes para se manter a qualidade de vida.
Quais são os problemas mais comuns apresentados pelos pacientes?Há crianças que trocam as letras na hora de escrever. Geralmente, isto acontece com as letras p, b, t, d, s, z, f e v. Ou seja, aquelas que são auditivamente semelhantes. Há também o caso dos disléxicos, que têm dificuldades para ler e escrever porque trocam palavras inteiras num frase, mudando o sentido da mensagem. Mas há como aprender a lidar com essas dificuldades. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de vez em quando troca algumas palavras.
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