O interesse especial que teve pela disciplina "Saneamento Ambiental" acabou transformando o Engenheiro Civil Leonardo Bravo de Martins Bastos em Engenheiro do Meio Ambiente.
De espírito empreendedor, Leonardo desde criança desejou trabalhar com projetos de construção. Oscilou entre Arquitetura e Engenharia e acabou se definindo pela última. Mas, no final do curso, ele foi cativado pela inter-relação de áreas de conhecimento diferentes que os projetos ambientais exigem. E aí, foi atrás da especialização. Aliás, na entrevista deste jovem profissional percebe-se uma constante busca por capacitação...
Faça um breve resumo sobre sua formação e experiência profissional
Fiz curso técnico de Mecânica no CEFET/RJ, de graduação em Engenharia Civil na UFRJ, o Mestrado em Planejamento Ambiental na Universidade de Otago, Nova Zelândia e estou concluindo Pós-graduação em Petróleo e Gás no CEFET/RJ.
Trabalhei como estagiário de Engenharia Civil na GAFISA por quase dois anos. Após o curso de mestrado iniciei minha carreira profissional na OCEANSAT, uma empresa de consultoria ambiental. Em seguida, trabalhei um período no escritório de licenciamento de petróleo e gás do IBAMA, com licenciamento de atividades de petróleo offshore. Este trabalho foi muito importante, pois permitiu-me conhecer melhor as atividades de exploração e produção de petróleo. Atualmente trabalho como engenheiro de meio ambiente contratado da Petrobrás, gerenciando o licenciamento de projetos de produção na Bacia de Campos.
Como foi sua escolha no vestibular? Na sua época, entrava-se para Engenharia e, durante o curso, se definia a área de preferência?
Eu fiz o curso de mecânica na época do segundo grau, mas sempre gostei de projetos de arquitetura. No entanto, achava que o curso de Engenharia Civil me proporcionaria uma formação mais completa. Eu não fiz teste vocacional, pois sempre me pareceu claro que a engenharia era o caminho. Na época em que eu prestei vestibular, todos os alunos precisavam fazer o curso básico de dois anos. Eram matérias comuns a todas as engenharias que, teoricamente, servem de base para o aluno estudar as disciplinas específicas do curso profissional. Hoje em dia o aluno já presta o vestibular para o curso específico: Engenharia Civil, de Produção, Mecânica, etc.
Por que a especialização em Planejamento Ambiental? Quais são as áreas de atuação?
O curso de Engenharia Civil na UFRJ permite especialização em Hidráulica e Saneamento Ambiental nos dois últimos semestres da faculdade. De todas as especialidades, a última foi a que mais me atraiu na época, até mais do que a construção civil. Foi quando me identifiquei com a multidisciplinaridade da matéria, que abordava estudos de impacto ambiental. Coincidentemente, na faculdade, eu tomei conhecimento sobre o programa de mestrado em Planejamento Ambiental na Nova Zelândia.
Eu tinha 27 anos, na época, e fiquei dois anos me especializando em uma área que é multidisciplinar, envolvendo aspectos sociais, técnicos e biológicos, uma vez que para planejar o ambiente em que vivemos, levando em consideração as atividades industriais inerentes ao "desenvolvimento", é imprescindível a interação entre todas as áreas. É por isso que o tão comentado desenvolvimento sustentável é importante. Hoje em dia é impensável construir uma barragem sem levar em consideração os impactos diretos e indiretos na biota e na sociedade. Este é o papel do planejador ambiental, identificar formas de fazer o desenvolvimento acontecer sem, contudo, ferir o meio ambiente.
A preocupação com meio-ambiente vem se tornando cada vez mais intensa. Como isto se reflete no mercado de trabalho de quem tem a sua especialização? Há boas chances de emprego ou ainda há um enorme descompasso entre a preocupação e a realidade?
As empresas têm se conscientizado cada vez mais da importância em proteger o meio ambiente principalmente por que os órgãos ambientais e o Ministério Público, amparado por uma Legislação Ambiental, bastante rigorosa, têm punido administrativamente, civil e até criminalmente pessoas físicas e jurídicas que causem algum dano ao meio ambiente.
Acho que essa iniciativa seja a responsável pelo crescimento da necessidade do profissional de meio ambiente nas empresas e, conseqüentemente, aumento de cursos de graduação e pós-graduação de Meio Ambiente. Acho que falaríamos de preocupação ambiental se houvesse no país uma "tradição" de educação ambiental, o que não é verdade. A Educação Ambiental começou a surgir com mais força de 99 para cá, com a publicação da Lei de Educação Ambiental. Dá para imaginar quantas gerações precisam passar para que todos saibam que andar de bicicleta é menos poluente que de carro, que não se deve poluir os rios, mares, que reduzir, reusar e reciclar são as melhores alternativas antes de dispor o resíduo...
Trabalhamos com muitas pessoas, porque o planejamento ambiental requer inter-relação com vários setores da indústria e, inclusive, contatos com consultores que desempenham outras tarefas, as quais dão apoio à nossa atividade. Ou seja, quem quiser seguir a carreira de planejador ambiental precisa ser bastante organizado, pois tem uma boa dose de planejamento das atividades, capacidade de síntese e entender um pouquinho de todo o processo que está dando apoio.
Como está a valorização dos profissionais que trabalham com meio ambiente, especialmente com planejamento ambiental?
Vem crescendo bastante, principalmente nas atividades que requerem licenciamento por parte dos órgãos ambientais.
Quais as principais vantagens e desvantagens da profissão?
A multidisciplinaridade é a principal vantagem. A desvantagem seria em alguns casos ficar oscilando entre os interesse do empreendedor e o rigor excessivo do órgão ambiental.
Ozana Hannesch
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