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Sempre uma entrevista com um
grande profissional!

A Carreira de Piloto e o Sonho de Voar

Luiz Felipe Cintra Martirez | Piloto

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Desde os tempos mais remotos o ser humano sonha em voar. Hoje podemos realizar esta fantasia, obviamente dentro dos limites impostos pela natureza: com a ajuda de aviões. Mas algumas pessoas podem se vangloriar de contar com os vôos em suas profissões, indo e voltando diariamente dos mais diversos destinos. São os pilotos, aeromoças e comissários de bordo, profissões vistas com glamour e freqüentemente relacionadas à diversão e tranqüilidade.

A realidade é bem diferente, como atesta nosso entrevistado, Luiz Felipe Cintra Martirez, 41 anos, Piloto Comercial. Ele nos conta um pouco sobre sua carreira e as dificuldades para quem deseja enfrentá-la.

Luiz Felipe entrou na aviação em 1982 através da EAPAC - Escola de Aperfeiçoamento da Aviação Civil, onde lá concluiu cursos de formação de piloto para avião. Tinha apenas 18 anos e as opções eram seguir carreira militar - FAB - ou aviação civil, que foi a adotada por ele. Iniciou-se como piloto privado para depois chegar à categoria comercial.

Quais os principais requisitos necessários para quem deseja se tornar um piloto?

Dentro da parte teórica há também cursos para operação em vôo por instrumentos (IFR), multimotores (aeronaves com mais de um motor) e simuladores de vôo. É recomendável que se faça primeiramente o exame médico exigido para essa atividade, pois sem aprovação não há como seguir na carreira.

Após conclusão dos cursos você é submetido aos exames teóricos junto ao órgão do MAER, hoje Comando da Aeronáutica. Além disso, vem a parte prática, que é mais cara, onde se aplica todo o conhecimento adquirido em sala de aula. Todo esse processo é avaliado por inspetor de vôo credenciado pelo DAC - Departamento de Aviação Civil que fará o "cheque" em vôo real. Essas avaliações ocorrerão no decorrer de toda a sua vida profissional você sempre terá que se mostrar apto para a atividade aérea.

Com a extinção de algumas empresas de transportes aéreos, a carreira está menos estável do que antes? Como diferenciar-se neste cenário?

Sim, a instabilidade aumentou. Mas uma vez habilitado, pode-se concorrer às vagas para seguir na profissão. Hoje existem universidades com curso específico para formação de pilotos, denominado Ciência Aeronáutica. Este é um item a mais que favorece a obtenção de vaga em empresa aérea.

O dia-a-dia dos pilotos sempre é visto com glamour, com diferentes países, pessoas... Como é a realidade?

Posso lhe garantir que é uma profissão diferente que exige dedicação e sacrifícios. Tenta-se viver no equilíbrio do prazer profissional e a ausência familiar. Não se tem regularidade de dias livres em feriados ou fins de semana, por exemplo. Esse fato tem que ser bem assimilado pelo pretendente a piloto. As viagens serão uma constante em sua vida. Alguns colegas foram voar em empresas no exterior acarretando um afastamento ainda maior em seu convívio.

Como está o mercado para pilotos brasileiros no exterior?

Acho que o Brasil tem espaço para ampliar a sua aviação doméstica, assim como a internacional e a partir daí surgirão novas oportunidades de absorção de mão de obra qualificada para esse fim.

Que dicas você dá para quem deseja seguir esta carreira?

As oportunidades de trabalho são maiores para quem tem mais experiência de vôo (horas e equipamento voado). Na verdade, o que dita os caminhos a serem seguidos é a necessidade do setor, que se preciso qualifica um piloto recém-habilitado oferecendo-o todas as condições de aperfeiçoamento.



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