Pais, Filhos e Netos

Jogo da “Baleia Azul”

O desafio que alarma o mundo.

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Um perigoso jogo tem se espalhado entre os jovens e colocado pais e educadores de todo o mundo em alerta. Disputado nas redes sociais, o jogo da Baleia Azul propõe desafios assustadores aos adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se, ficar doente e, na etapa final, cometer suicídio.

De acordo com a Safernet (associação que combate violação de direitos humanos na internet), o jogo surgiu de uma notícia falsa na Rússia e viralizou no país a partir de 2015. Naquele ano, uma jovem de 15 anos se jogou do alto de um edifício; dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Após investigações desses e outros casos, a polícia acabou ligando os fatos a um grupo que participava de um desafio com missões, em que a última era tirar a própria vida. Algumas fontes, sem confirmação, chegaram a divulgar que havia 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades online identificadas como “grupos da morte”. No Brasil já há investigações em pelo menos três estados, (Mato Grosso, Rio de Janeiro e Paraíba).

Desafios perigosos

O “jogo” ocorre através de trocas de mensagens nas redes sociais, onde são passadas as tarefas a serem feitas. Nestas conversas, os chamados “curadores” (grupo de organizadores) propõem 50 desafios macabros aos adolescentes, que envolvem isolamento social, automutilação e incentivo ao suicídio.

Como tudo na internet acaba se espalhando muito rápido, o jogo da Baleia Azul vem ganhando cada vez mais visibilidade e atraído os jovens. Em países como Inglaterra, França e Romênia, as escolas já tem promovido conversas com os pais, após alguns adolescentes aparecem com sinais de mutilação.

Mas esse não é primeiro caso de jogo com risco à vida aderido pelos jovens. Um exemplo recente é o “jogo da asfixia”, que consiste em provocar alucinações por meio de sufocamento; outro é o “desafio do sal e gelo”, em que os adolescentes queimam a pele e compartilham nas redes sociais para serem aceitos em determinado grupo.

Atenção aos sinais

O adolescente tem tendência a idealizar e maximizar. Se ele achar que alguém que entrou no jogo e se automutilou resolveu o problema que o afligia, pode achar que isso valerá para ele também.

Por isso, pais e educadores devem prestar atenção a mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, alteração no apetite, dedicação exclusiva a um único passatempo. Eles podem ser sinais de que o adolescente esteja passando por uma situação com a qual não consiga lidar.

Mais atenção ainda se o jovem surgir com inscrições nas palmas das mãos, automutilações, interesse repentino por filmes de terror, atividades no meio da madrugada ou desenhos de baleia. Com adolescentes que apresentam tendência à depressão, a atenção deve ser redobrada, pois eles costumam ser os principais alvos desse tipo de jogo.

É preciso dar espaço, em casa e na escola, para que o assunto seja discutido. O adolescente precisa de pessoas em que confia para compartilhar seus anseios. Por isso, a escola também pode auxiliar, ajudando a identificar situações de risco entre os alunos, promovendo debates sobre o assunto e incorporando no currículo atividades de valorização da vida, respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

Uma sugestão: um contra- jogo, no qual os jovens possam propor “desafios do bem”, que levem a ações positivas, de solidariedade, partilha, em prol da vida.

Para denunciar casos concretos, ligue para o Disque Denúncia – 181. Já se você precisa conversar sobre essa ou outra situação de risco, ligue para o Centro de Valorização da Vida, que atua na prevenção de suicídios– 141.

 

 

 



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