Conto
- Os Prisioneiros (1963)
- A Coleira do Cão (1965)
- Lúcia McCartney (1969)
- O Homem de Fevereiro ou Março (1973)
- Feliz Ano Novo (1975)
- O Cobrador (1979)
- O Romance Negro e outras histórias (1992)
- O Buraco na Parede (1993)
- Histórias de Amor (1997)
- A confraria dos espadas (1998)
- Secreções, excreções e desatinos (2001)
- Pequenas criaturas (2002)
- Diário de um Fescenino (2003)
- 64 Contos de Rubem Fonseca (2004)
Romance
- O Selvagem da Ópera
- O Caso Morel (1973)
- A Grande Arte (1983)
- Bufo & Spallanzani (1985)
- Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos (1988)
- Agosto (1990)
Novela
- O doente Molière
- Do meio do mundo prostituto, só amores guardei ao meu charuto (1997)
Prêmios Literários
- Pen Club do Brasil, A coleira do cão.
- Fundação Cultural de Brasília, Lucia McCartney
- Jabuti (Conto), da Câmara do Livro de São Paulo, A coleira do cão
- Associação Paulista de Críticos de Arte, O cobrador
- Prêmio Estácio de Sá, O cobrador
- Prêmio Goethe (Brasil), A grande arte
- Jabuti (Romance) A grande arte
- Prêmio Pedro Nava do Museu de Literatura, Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos
- Prêmio Giuseppe Acerbi (Mantova, Itália), Vaste emozione e pensie imperfeti
- Jabuti (Conto) O buraco na parede
- Prêmio Machado de Assis (Biblioteca Nacional), E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto
- Prêmio Eça de Queiroz (contos) da União Brasileira de Escritores, A confraria dos Espadas
- Prêmio de melhor romance do ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), para O doente Molière (2000)
- Prêmio Luis de Camões, considerado o "Nobel" da língua portuguesa, concedido pelos governos do Brasil e Portugal, pelo conjunto da obra, anunciado em 13-05-2003.
- 14º Prêmio de Literatura Latinoamericana e Caribe Juan Rulfo, concedido durante a Feira Internacional do Livro de Guadalajara - México, em 2003.
Rubem Fonseca conta-nos histórias de personagens urbanos, muitas vezes do submundo, envolvidos em situações de extrema violência: bandidos protagonizam uma verdadeira carnificina no último dia do ano ao assaltarem uma casa em um bairro nobre do Rio - os ladrões que descem a favela e invadem uma festa de réveillon, o milionário que sai à noite caçando vítimas para atropelar, o jovem aniversariante que come, com as quatro tias, o corpo da amante assassinada.
Pós-Modernismo – Literatura Contemporânea
Nos cinco contos de Feliz Ano Novo, um best-seller nacional, o escritor consagrava um estilo: linguagem seca, cortante, cinematográfica sobre o real.
O estilo de Rubem Fonseca vem reafirmar a tendência urbana que a literatura brasileira adquire após os “anos de chumbo”. Saem a narrativas regionais e entram os romances policiais, a violência das favelas, os seqüestros, o trânsito e o caos que acomete as cidades após a década de 1950.
Essencialmente urbanos, os contos de Rubem Fonseca dão destaque ao medo, ao sentimento de culpa e impotência, indecisão diante da vida que paira na cabeça dos cidadãos que vivem no ambiente, muitas vezes, claustrofóbico e mórbido das cidades.
Feliz Ano Novo é a história de um crime (ou vários) contada pelo ponto de vista dos criminosos – daqueles que não escrevem a História. Agressor ou agredido, o cotidiano é marcado pelas tensões geradas a partir das relações de poder como mestre/aluno, chefe/funcionário, adulto/criança, homem/mulher.
Em Feliz Ano Novo todas as coisas são esvaziadas de beleza, sentido, esperança e prazer, revelando um mundo sem sentido, sem propósito e sem conteúdo – uma morte do mundo da essência, na qual resta apenas a funcionalidade impessoal da morte. A “aproximação negativa” é índice do esmaecimento dos afetos na cultura pós-moderna.
Conceituando “Anos de chumbo”
Comparando “Anos de chumbo” - TV Cultura
Anos Rebeldes, de autoria de Gilberto Braga com direção de Dennis Carvalho; minissérie, Rede Globo, estreou 14/07/1992 – é contra o autoritarismo e a intolerância, exemplificados pela ditadura militar.
Feliz Ano Velho, primeiro livro de Marcelo Rubens Paiva, lançado em 1982. É um desabafo emocionante em que ele – jovem - expõe as mudanças drásticas ocorridas em sua vida com a perda do pai, o deputado Rubens Paiva, e o acidente que o deixou paraplégico aos 20 anos.
Ano Novo - letra de música – dança gaúcha
Rubem Fonseca desperta um sentimento interessante na crítica.
Feliz Ano Novo (1975) foi proibido pela censura, durante o regime militar - um símbolo da época de arbitrariedade e intolerância na qual o Brasil estava mergulhado.
Suas temáticas e estilo lembram, a toda hora, o seu jeito de contar histórias. O certo é que as “viagens literárias” do velho escritor andam por toda parte. Pelas praças, ruas e ônibus há sempre um seguidor do homem que tenta desvendar os mistérios da caótica vida na metrópole.