Que Dia é Hoje?

14/7/1789
Tomada da Bastilha

Como símbolo do absolutismo, Bastilha, fortaleza e prisão de Paris,era odiada e tinha uma importância estratégica. Em 14 de julho de 1789, uma multidão parisiense tomou a Bastilha, na esperança de conseguir munição. O governador foi morto e os sete prisioneiros foram libertos. A tomada da Bastilha marca o início da Revolução Francesa e 14 de julho, o "Dia da Bastilha", tornou-se feriado nacional da República Francesa.

A Revolução Francesa começou em 1789. O rei Louis XIV, buscando consolidar a monarquia absoluta, tinha destruído as raízes do feudalismo. Porém, a França ainda era governada por grupos de privilegiados - a nobreza e o clero - enquanto as classes produtivas foram taxadas pesadamente para pagar guerras estrangeiras, extravagâncias da corte e a crescente dívida pública. Métodos agrícolas atrasados e tarifas internas causavam faltas recorrentes de alimentos. Além das dificuldades econômicas e sociais, o ancien régime foi subvertido intelectualmente pelos apóstolos do Iluminismo. Voltaire atacou a Igreja e o absolutismo. Diderot e a Encyclopédie atacaram os costumes religiosos. O mais direto e influente pensador revolucionário foi J. J. Rousseau, especialmente devido a seu dogma de soberania popular.

A causa direta da Revolução foi o caótico estado das finanças do governo. O diretor geral de finanças Jacques Necker tentou, em vão, restaurar a confiança pública. A participação francesa na Revolução Americana aumentou enormemente a dívida e o sucessor de Nacker, Charles Alexandre de Calonne, convocou a Assembléia dos Notáveis, esperando resolver os problemas financeiros, mas as classes privilegiadas recusaram-se a perder seus privilégios econômicos.

O rei Luis XVI nomeou novamente Necker e convocou a Assembléia dos Estados Gerais, em 1788. O objetivo principal era obter o consentimento da Assembléia para uma reforma fiscal geral. Cada um dos três estados - o clero, a nobreza e o terceiro estado - apresentou suas queixas particulares à coroa. As aspirações da burguesia foram expressas por Abbé Sieyès, em um panfleto amplamente divulgado que defendia a união dos três setores da sociedade em uma nova legislatura. Receosos que Louis XVI dissolvesse a Assembléia, os deputados do Terceiro Estado proclamaram-se em Assembléia Nacional e muitos membros do baixo clero e alguns nobres uniram-se a eles e juraram não se separar até terem escrito uma nova constituição.

No dia 27 de junho, o rei reconheceu e legalizou a Assembléia. Ao mesmo tempo, ele cercou o Versalhes com suas tropas e demitiu Necker. No dia 14 de julho de 1789, os parisienses se mobilizaram e tomaram a Bastilha. A guarda nacional foi organizada pelo marquês de Lafayette. Essa primeira eclosão de violência marcou a entrada das classes populares na Revolução. Mobilizados pelos boatos de falta de alimentos e pela depressão econômica e temendo uma conspiração da aristocracia, os camponeses saquearam e queimaram palácios, destruindo registros de obrigações feudais. Essa reação ficou conhecida como "O Grande Medo".

No dia 4 de agosto, a nobreza e o clero em Assembléia, guiados por temor e por uma explosão de idealismo, desistiram de seus privilégios, abolindo a estrutura feudal da França. Logo depois, a Assembléia adotou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Em 1791, foi apresentada a nova constituição que limitava o poder da monarquia e implantava uma legislatura unicameral, eleita pelo voto dos proprietários de terras e burgueses. As terras da igreja foram nacionalizadas. Vários nobres já haviam fugido para o exterior e Luis XVI decidiu juntar-se a eles para conseguir ajuda internacional e restaurar sua autoridade.

No dia 21 de junho, o rei e a rainha foram descobertos tentando fugir e obrigados a regressar. Luis XVI aceitou a nova constituição. Os emigrantes incitavam as cortes da Europa a reagirem contra a Revolução da França. Em 20 de abril, a Assembléia Legislativa aprovou uma declaração de guerra contra a Áustria e as Guerras Revolucionárias francesas começaram. Na França, a guerra foi defendida pelos monarquistas, como um meio para restaurar o antigo regime, mas também por muitos republicanos, que desejavam espalhar a revolução em outros países. Rumores de traição do rei levaram mais uma vez as multidões às ruas.

Em agosto de 1792, foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris (Comuna de Paris). Sob pressões da Comuna, a Assembléia suspendeu os poderes do rei e ordenou uma eleição por sufrágio universal. Logo depois a mesma foi dissolvida. Criou-se uma nova Assembléia Nacional Constituinte (a Convenção Nacional). As apreensões em massa de simpatizantes da monarquia foram seguidas pelas matanças de setembro, onde cerca de dois mil prisioneiros foram assassinados. No dia 21 de setembro de 1792, a Convenção organizou seu primeiro encontro.

Imediatamente a monarquia foi abolida e a República proclamada. Luis XVI foi acusado de traição e executado. A Convenção era dividida entre Girondinos e a Montanha (Jacobinos de extrema esquerda). Os Jacobinos chegaram ao poder em junho de 1973, ao prender os principais líderes girondinos. Em vez da democracia, estabelecida pela Convenção, foi instaurada uma ditadura de guerra, comandada pelo Comitê de Segurança Pública, pelo Comitê de Segurança Geral e pelas numerosas agências, tais como o Tribunal Revolucionário. Esse período ficou conhecido como o "Reino do Terror".

Georges Danton e Maximilien Robespierre dominaram o novo governo, com Robespierre gradualmente concentrando mais poder. Um número enorme de suspeitos foi preso e milhares foram executados, incluindo Maria Antonieta. Danton e seus seguidores também foram executados. Temendo que o Terror se virasse contra eles, membros da Convenção prenderam Robespierre e o condenaram a guilhotina. Muitos membros da Comuna também foram executados.

A Convenção montou uma nova Constituição, estabelecendo o Diretório e a Legislatura Bicameral. O governo do Diretório foi marcado pela corrupção, dificuldades financeiras e forte dependência do exército para manter o controle. Em 1799, Napoleão Bonaparte, o herói da campanha italiana, retornou de uma expedição no Egito e, com o apoio do exército e de vários membros do governo, suprimiu o Diretório, no golpe do 18 Brumário, estabelecendo o Consulado. Era o início da Era Napoleônica.

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