Jorge Pedro Mario Vargas Llosa nasceu em Arequipa, no Peru. Seus pais já estavam separados quando nasceu, e só viria a conhecer o pai aos dez anos. O encontro significou uma mudança na sua educação e Llosa ingressou no colégio militar.

Mais tarde, estudou Letras e Direito na Universidade Nacional de San Marcos. A escolha dos cursos não foi aceita pelo pai, o que dificultou a vida do escritor. Aos 18 anos decidiu casar-se com sua tia, Julia Urquidi, aumentando suas necessidades em termos financeiros. Paralelamente à faculdade, ele exerceu diversos trabalhos. Entre eles, atuava como redator de notícias na Rádio Central (atual Rádio Panamericana) e revisava nomes de tumbas em um cemitério.

Em 1959, tendo obtido uma bolsa de estudos, foi para a Espanha cursar doutorado em Filosofia e Letras na Universidad Complutense de Madrid. Na cidade, Llosa exerce vários trabalhos para poder sobreviver. Sua persistência na literatura recebe o primeiro reconhecimento em 1959, com o Prêmio Leopoldo Arias, pelo livro de contos "Los jefes".

Na década de 1960 regressou ao Peru, divorciou-se e casou-se novamente, teve três filhos e residiu em vários países da Europa. Em 1987 assumiu seu lado político pelo Movimiento Libertad. Três anos mais tarde candidatou-se à presidência da república do Peru pela Frente Democrática. Perdeu as eleições e retornou a Londres.

Vargas Llosa é um dos inovadores do romance realista e foi premiado diversas vezes. Ao longo de sua trajetória literária, foi jornalista e escreveu críticas de cinema e arte. Entre seus livros está "A Guerra do Fim do Mundo", sobre a Guerra de Canudos, que dedica a Euclides da Cunha, autor de "Os Sertões".