O estudante Edson Luís de Lima Souto foi morto durante conflito entre estudantes e policiais no restaurante Calabouço, no centro do Rio de Janeiro. O Calabouço era um restaurante popular, mantido pelo governo, para atender os estudantes e se tornou um foco importante de oposição ao regime militar instaurado em 31 de março de 1964.
A má qualidade da alimentação fomentava manifestações constantes e numa dessas reivindicações um grupo de policiais invadiu o local. No enfrentamento, Edson Luís foi baleado e seu corpo foi levado pelos estudantes até a Assembleia Legislativa e velado à noite. Mais de 50 mil pessoas compareceram ao enterro, gritando slogans contra o governo e a violência: "Mataram um estudante. Podia ser seu filho!", "Bala mata fome?", "Os velhos no poder, os jovens no caixão".
As manifestações de pesar e revolta se sucederam: greve nacional dos estudantes, luto por 3 dias no Rio de Janeiro, paralisação de espetáculos teatrais. O jovem virou um símbolo na causa estudantil, que se intensificou a partir daí, quando ficou clara a incapacidade do governo em lidar com as reivindicações dos jovens e sua disposição para reagir de forma violenta às manifestações de oposição ao regime.
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