Ariano Vilar Suassuna (1927 – 2014) foi um dramaturgo, romancista, poeta, ensaísta, professor e defensor incansável da cultura popular brasileira. Suassuna morreu aos 87 anos, em 23 de julho de 2014, na capital de Pernambuco, por complicações de um AVC (acidente cerebral vascular).

Sua carreira literária começou cedo, aos 18 anos, com a publicação do seu poema “Noturno” no Jornal do Commercio do Recife. Em 1946, Ariano ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde conheceu o escritor Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro de Estudantes de Pernambuco. Com "Uma Mulher Vestida de Sol", sua primeira peça, ganhou o Prêmio Carlos Magno de 1948.

Militante defensor da cultura brasileira, principalmente da nordestina, fundou o Conselho Federal da Cultura, o Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco e o Movimento Armorial. Entre 1975 e 1978, foi Secretário de Educação e Cultura do Recife.

A miséria do sertão nordestino, a luta de classes, críticas sociais, a relação do homem com a terra, o céu e o inferno são elementos presentes nas obras de Suassuna. Destas, a mais conhecida é a peça “O Auto da Compadecida” - que já foi encenado inúmeras vezes no teatro, virou filme e minissérie de televisão - foi escrito em 1955 e projetou nacionalmente o autor. Por esta peça, Ariano recebeu a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Ariano Suassuna foi eleito, em 1989, para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira 32. Entre os outros títulos escritos por ele estão: “O Santo e a Porca” e romance “d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.

Na ocasião da morte do autor,  inúmeras pessoas manifestaram a admiração pelo seu trabalho. O também renomado escritor Luis Fernando Veríssimo declarou que "O Ariano era um tesouro nacional, era mais do que escritor, compositor, era um ícone da cultura brasileira".