Desde que a República foi proclamada e o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo provisório, a relação do presidente com as oligarquias foi tensa. Isto porque com a ascensão das oligarquias ao poder nos estados, o presidente precisou decidir a que lado daria seu apoio. Assim, conquistou inimizades que, no momento da eleição, demonstraram seu descontentamento elegendo para o cargo de vice-presidente o candidato da oposição, marechal Floriano Peixoto .
Em seu curto período de governo, 9 meses, marechal Deodoro destituiu todos os governadores de oposição e nomeou para seus lugares políticos nos quais confiava. Entretanto, as bancadas estaduais do Congresso não mudaram de posição e continuaram contra o presidente.
Enfrentando uma crise econômica, o Congresso tentou aprovar a "Lei de Responsabilidades" que diminuía os poderes do presidente. Em resposta, Deodoro decretou a dissolução do Congresso, prisão dos líderes oposicionistas, censura à imprensa e o país entrou em estado de sítio. Durante 20 dias o Brasil foi governado somente pelo Poder Executivo.
Insatisfeitos com a situação, a oposição e uma parte da Armada brasileira, se revoltaram. A pedido do Floriano Peixoto, o almirante Custódio de Melo que estava a bordo do Encouraçado Riachuelo na Baia de Guanabara, ameaçou bombardear o Rio de Janeiro, na época capital da nação, caso o marechal Deodoro não renunciasse. Cedendo às pressões, o presidente renunciou ao cargo, que foi assumido por Floriano Peixoto.