Que Dia é Hoje?

31/5/1961
Independência da África do Sul

A Companhia Holandesa das Índias Orientais enviou os primeiros colonizadores ao Cabo da Boa Esperança em 1652, fundando ali uma colônia, que no fim do século XVIII tinha uma população de aproximadamente 15 mil pessoas.

Conhecidos como Bôeres ou Africâner, falavam um dialeto holandês conhecido como Afikaans. Em 1795, os colonizadores tentaram estabelecer uma república independente. Em 1815 a Grã Bretanha tomou posse definitivamente da Colônia do Cabo, levando cerca de cinco mil colonizadores. O governo anglicano e a libertação dos escravos, em 1833, levaram aproximadamente 12 mil Africâners a fazer a "grande jornada" pelo norte e leste do território tribal africano, onde eles estabeleceram as repúblicas Transvaal e o Estado Livre de Orange.

A descoberta de diamantes gerou um crescente fluxo de pessoas para estas repúblicas e estimulou o primeiro-ministro da Colônia do Cabo, Cecil Rhodes, a conspirar a anexação destes territórios. A guerra os expansionistas britânicos chamavam de “inevitável" contra os Bôeres eclodiu no dia 11 de outubro de 1899. A derrota dos Bôeres, em 1902, levou à união da África do Sul, que passou a ser composta por quatro províncias, as duas repúblicas anteriores e as antigas Colônias do Cabo e Natal. Louis Botha tornou-se o primeiro-ministro.

A organização das atividades políticas africanas foi estabelecida no Congresso Nacional Africano, em 1912.

Jan Smuts, sucessor de Louis Botha, colocou a nação na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados e, em 1945, a África do Sul tornou-se membro das Nações Unidas. No entanto, o primeiro-ministro recusou-se a assinar a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O Apartheid, separação racial, passou a dominar a política do país. Os nacionalistas impuseram severas restrições aos Bantus (africanos negros), asiáticos e Coloreds (pessoas não brancas). Os eleitores negros foram proibidos de votar. Por mais de meio século, a população não branca foi forçada a abandonar as “áreas brancas”.

O Ato das Terras Nativas retirou, entre 1950 e 1986, cerca de 1,5 milhão de africanos das cidades, enviando-os para a zona rural, onde viviam na completa pobreza e sob severas leis. A supremacia branca do Partido Nacional continuaria pelas próximas três décadas.

Em 1960, setenta manifestantes negros foram mortos durante um ato pacífico em Shaperville. O Congresso Nacional Africano (ANC), a principal organização antiapartheid, entrou na ilegalidade e seu líder, Nelson Mandela, foi condenado à prisão perpétua. Os protestos contra o regime racista cresceram e ficaram cada vez mais violentos. Em 1976, uma rebelião, no distrito negro de Soweto e em outros municípios, terminou com 600 mortos.

No começo dos anos 60, a oposição internacional contra o apartheid foi intensificada. A ONU impôs sanções e diversas nações romperam com a África do Sul. A pressão contra o apartheid começou a dar resultados quando F. W. de Klerk substituiu P. W. Botha na presidência do país, em 1989. Klerk retirou o ANC da ilegalidade e libertou Nelson Mandela, após de 27 anos de prisão.

Em 1991, um fórum multirracial dirigido por Klerk e Mandela, a Convenção para a Democracia da África do Sul, começou a elaborar a nova constituição. Em 1993, a constituição foi aprovada, acabando com o apartheid e estabelecendo uma democracia multirracial. Neste mesmo ano, Mandela e Klerk ganharam o Prêmio Nobel da Paz. A eleição presidencial de 1994, a primeira multirracial do país, deu a vitória a Nelson Mandela.

Uma nova Constituição Nacional foi aprovada e adotada em maio de 1996.

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