Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), conflito entre a França e a Prússia que sinalizou o crescimento do poder militar e do imperialismo alemão. Foi provocada por Otto von Bismarck (chanceler alemão) como parte do plano de criar um Império Alemão unificado.
O surgimento da Prússia como o principal poder alemão e a crescente unificação dos Estados alemães foram vistos com apreensão por Napoleão III, após a vitória da Prússia na guerra Austro-Prussiana de 1866. Bismarck, ao mesmo tempo, alimentava o crescimento do conflito entre França e Prússia, buscando uma união nacional centre os Estados da Alemanha. Ele se assegurou da neutralidade russa, italiana e britânica. As preparações para a guerra foram notadas em ambos lados, com uma ineficiência notável na França e com uma eficácia espantosa na Prússia.
O pretexto imediato para a guerra apresentou-se quando o trono da Espanha foi oferecido a um príncipe da casa de Hohenzollern-Sigmaringen, primo do rei da Prússia. A oferta foi recusada após forte protesto da França. Bismarck, através do famoso telegrama de Ems, inflamou ainda mais os sentimentos franceses e, no dia 19 de julho, a França declarou guerra a Prússia. Acreditando que a França era o agressor, os estados da Alemanha uniram-se na Confederação Alemã do Norte, como esperava Bismarck. Coube a Helmuth Karl Bernhard von Moltke conduzir as tropas alemãs.
No lado francês, Napoleão III assumiu o comando, mas logo o entregou ao Marechal Bazaine. Em 4 de agosto de 1870, os alemães cruzaram a fronteira da Alsácia. Eles derrotaram os franceses em Wissembourg, empurraram os franceses, sob o comando do Marechal MacMahon, para Châlons-en-Champagne, forçando a separação entre as forças de MacMahon's e Bazaine, que ficou isolado em Metz.
Bazaine tentou se unir a MacMahon, mas foi derrotado em Vionville e em Gravelotte. Em setembro, a tentativa de Napoleão III e MacMahon de salvar Bazaine terminou com mais uma derrota, em Sedan. O imperador e 100 mil de seus homens foram capturados. Napoleão foi deposto e um governo provisório de defesa nacional foi formado com General Trochu, Léon Gambetta e Jules Favre. No dia 19 de setembro, Paris foi cercada pelos alemães.
Gambetta fugiu de Paris em um balão e começou a organizar a resistência no interior, mas a rendição do Marechal Bazaine acabou com as esperanças francesas. Paris, no entanto, continuou resistindo até 28 de janeiro de 1871, quando Adolphe Thiers, político francês assinou o armistício. Thiers foi nomeado chefe do poder executivo da França e foi prevista a eleição de uma Assembléia Nacional Francesa.
No dia 1 de março, a Assembléia aceitou o acordo preliminar de paz, que foi formalizado pelo Tratado de Frankfurt, ratificado em maio do mesmo ano. A França concordou em pagar uma indenização de 1 bilhão de francos e cedeu as regiões de Alsácia e Lorena para a Alemanha. Os resultados da guerra geraram um desejo de vingança nos franceses.
O triunfo do militarismo prussiano preparou a Alemanha para novas ações imperialistas. Os Estados Papais, sem a proteção de Napoleão III, foram anexados pela Itália, que completou sua unificação. A guerra também alimentou as rivalidades européias, que iriam explodir na Primeira Guerra Mundial.
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